Hoje, convido você a fazer uma reflexão profunda sobre o espaço que você ocupa no mundo. Não me refiro, é claro, a um local físico, restrito às fronteiras do seu bairro, da sua cidade ou mesmo do seu país; tampouco do “espaço” ditado pelo seu sobrenome ou por seu contexto socioeconômico. Estou falando de identidade, sabe? Estou falando daquilo que nos torna únicos no mundo.
Cada um de nós carrega algo que é só seu, que faz de si uma pessoa ímpar e que precisa ser descoberto o quanto antes. Então, nossa conversa, hoje, é mais de ordem metafísica e pluridimensional. Seguiremos em busca de respostas para questionamentos como: qual é a nossa essência, quais são os nossos valores, quais são as nossas paixões e maiores aspirações, qual é o nosso propósito?
Parto da premissa de que a chave para todas as respostas está na autenticidade. Se queremos mesmo encontrar o significado da nossa existência, a primeira decisão é agir com espontaneidade. Sócrates, com seu aforismo “conhece-te a ti mesmo”, resume bem a base dessa descoberta, que é a introspecção, a capacidade de olhar para dentro de si em busca de autoconhecimento. Nietzsche, por sua vez, com a alegoria do abismo, avança para a importância de sermos honestos ao mirarmos nosso verdadeiro eu, um ser complexo e imperfeito dotado de qualidades e de defeitos, morada de anjos e de demônios.
Definir nosso lugar no mundo começa, portanto, com a compreensão dos múltiplos papéis que desempenhamos no mundo. Somos pais, filhos, tios, sobrinhos, netos. Somos recém-formados ou profissionais experientes; chão de fábrica ou gerentes e supervisores; alunos ou professores; eleitores ou eleitos. Enfim, somos membros de comunidades locais e cidadãos do mundo, o que amplia significativamente a abrangência da nossa (auto)análise.
Depois, vem a necessidade de lidar bem com esses diversos papéis. A jornada pressupõe coragem, até mesmo para se libertar de expectativas alheias e abraçar o próprio caminho. Sejamos francos: a família e o nosso círculo social não costumam esconder suas preferências e exercem em nós uma pressão muitas vezes sufocante da qual é difícil se livrar. Num contexto como esse, manter-se firme nas próprias escolhas revela uma bravura inestimável e já é um feito notável em si, que deve ser incentivado e comemorado.
A consequência dessa complexidade toda é que muitos de nós passarão seus melhores anos apenas tentando decifrar sua verdadeira missão, num processo que envolve sobretudo humildade para reconhecer as próprias limitações e disposição para aprender mais e mais, dia após dia. Regra geral, a revelação surge apenas na maturidade, quando pode já ser tarde para muitos… Mas, verdade seja dita, não importa; fundamental, mesmo, é estar atento às pistas ao longo do percurso.
Nossa singularidade no Universo pode não ser tão óbvia num primeiro momento, mas, quando finalmente a tivermos descoberto, será fácil notar como ela se manifesta em todos os campos da nossa vida, norteando cada uma das nossas escolhas e decisões. No fundo, no fundo, nosso inconsciente é sábio e guia nossas ações mesmo quando elas parecem inconsequentes.
Mas há quem se sinta perdido a vida inteira. Sabe aquela sensação de não pertencimento, de inadequação? Ela se resolve com o reconhecimento de que indivíduos e comunidades se interconectam, formando algo maior do qual somos, sim, parte importante. Cada ação nossa tem desdobramentos, muitos dos quais jamais serão conhecidos por nós, mas isso não lhes retira a relevância. Não, mesmo.
Aliás, a noção de que todos nós impactamos o meio a nossa volta aumenta a nossa carga de responsabilidade, como anteviu Jean-Paul Sartre. O filósofo existencialista já sinalizava que a liberdade de escolha que tanto perseguimos na definição do nosso lugar no mundo está longe de ser gratuita. Ela vem associada à inequívoca aceitação das consequências dos nossos atos.
Portanto, quem quer definir o seu espaço no Universo precisa encontrar equilíbrio nas complexidades da vida. Essa busca é, em essência, uma jornada filosófica que desafia a compreensão do eu e impele a explorar a interseção entre liberdade, responsabilidade e aceitação. Não se trata meramente de moldar a própria narrativa, mas de contribuir para a tessitura do vasto tecido do Universo, sob pena de permitir que fatores alheios a nossa vontade façam isso no nosso lugar.
A responsabilidade por nossas escolhas não deve ser vista como um fardo, mas como uma oportunidade. Oportunidade de ser o arquiteto da própria existência, um dos engenheiros construtores do mundo e artífice que imprime o seu estilo na obra de arte chamada vida.
Então, DEFINA o seu lugar. Você pode e deve ocupá-lo o quanto antes. Caso deixe de fazer essa escolha, o seu lugar vai ser definido por você, e talvez o resultado não vai agradá-lo.
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