A importância da feitura de provas ao longo da preparação já é de conhecimento de todos, certo?
Mas como podemos utilizar essa ferramenta da melhor forma?
Vamos analisar a questão por pontos.
1. Fazer prova específica ou todas relacionadas ao cargo?
2. Fazer provas reais ou simular em casa ou na biblioteca?
3. Fazer a prova inteira ou por partes?
Inicialmente, vou relembrar uma frase famosa: “para ganhar na loteria, a pessoa deve comprar o bilhete antes”. Drrr… Parece óbvio (e é mesmo!). Digo isso porque vejo muitos concursandos/as almejando determinado cargo público, sem, por sua vez, inscrever-se para o certame. Pode isso, Arnaldo? Não pode não.
O motivo comum é “não se sentir preparado”. Se alguém aguardar esse dia, sinto muito em afirmar que esse dia nunca chegará. Nós nunca nos sentiremos preparados para a prova. Devemos apenas fazê-la da melhor forma possível. As variantes envolvidas numa aprovação não são visíveis e nem perceptíveis e, muito menos, limitam-se à preparação. O destino não se limita aos planos traçados por nós. Às vezes esperamos A e vem B e o B pode ser muito melhor que o A. Para isso acontecer, devemos nos arriscar e fazer a bendita prova. Finalmente, vamos ao ponto 1.
Ponto 1: Fazer prova específica ou todas relacionadas ao cargo?
Fazer TODAS as provas. Se a meta for juiz federal, fará prova para defensoria, MP e procuradoria. Federal ou ESTADUAL. Isso mesmo. Misturar tudo. Em alguns casos, o que diferencia uma estadual de uma federal é a forma de cobrar as matérias. Por exemplo, na época em que fiz a prova do Banco Central, estava focada nas matérias estaduais, já que estava na fase oral da Defensoria Pública do Distrito Federal e na segunda fase do MPDFT. A prova do Banco Central do Brasil (BCB) que tem a fama de ser extremamente específica (bastante Direito Econômico e Financeiro), acabou sendo mais pesada na parte de penal e previdenciário. Como eu estava bem nessas duas matérias, porquanto estudava para a área estadual, sobressaí nessas duas matérias, que, em regra, são negligenciadas por quem estuda para Bancos. Assim, houve compensação. Fui mal nas matérias específicas, mas sobressaí nas demais. Na segunda fase do BCB, aconteceu o mesmo. Fui ótima na parte de empresarial (pedra no sapato de quem estuda para federal), o que compensou nas matérias específicas em que não fui muito bem.
Ponto 2: Fazer provas reais ou simular em casa ou na biblioteca?
As duas coisas! Fazer os concursos reais e simular, ao menos uma vez por semana, provas em casa ou na biblioteca. Lembrar que na hora de simular, deve buscar imitar o máximo possível o dia real da prova. Isso significa: sem celular, sem interferência, sem consulta; acompanhado apenas de caneta, relógio, águas e barrinha de cereais. Lembrar de cronometrar a prova, hein. Já imaginou se pudéssemos voltar no tempo e estudar aqueles pontos que caíram na prova? Acredita que isso é possível ? Sim! Explico.
A prova permite ter um feedback real. Quando simulamos as provas, vemos os pontos em que fomos bem e os que fomos mal. E, assim, conseguimos “consertar” o estudo a tempo. Por exemplo, fiz a prova A e fui mal em ambiental e empresarial. Priorizo essas matérias durante a semana e, na semana seguinte, faço outra prova simulada. Percebo que melhorei nessas matérias e fui mal em Direito Civil. Priorizo Direito Civil. Faço outra prova na semana seguinte, e assim por diante. Você perceberá que sua média aumentará. No final, você terá estudado de acordo com as suas necessidades. Não adianta fazer um plano organizado, bonitinho, colorido, dividido de acordo com o número de matérias do edital e blá-blá-blá, se ele não atender o seu caso específico.
Se você estiver bem em Direito Penal, por exemplo (média 80% nas questões), não precisará dedicar o mesmo tanto de horas de estudo igual para as demais matérias, ainda que o concurso almejado seja de promotor. O plano deve ser organizado de acordo com a dificuldade e facilidade que cada um tem. E isso é determinado de acordo com a performance de cada um nas provas. Eu mudava os meus planos de estudo semanalmente, de acordo com os resultados das provas simuladas. No final do estudo, eu havia priorizado todas as matérias. Estadual e Federal. Com isso, não havia mais surpresa.
Aconteceu comigo o seguinte caso. Fiz a segunda fase do TRF da 1ª Região e uma das questões era sobre usufruto. Fiquei surpresa com a questão e, após a prova, fui atrás do assunto. Quando fiz a segunda prova do TJDFT, adivinha o que caiu? Usufruto!!! Como havia estudado o tema a fundo, gabaritei a questão.
Qual a chance de uma prova federal cobrar a mesma matéria de uma prova estadual? Todas. Porque não há essa divisão que acreditamos existir. Se eu focasse só em estadual, não teria tido acesso a essa questão e nem me atentado a um tema que demandava maiores estudos. O estudo, portanto, se complementa.
Outro exemplo. Eu fiz duas vezes a prova do TJDFT e fiquei na segunda fase. Não consegui tirar 6 nas questões (embora tenha ficado muito próxima nas duas vezes). Nessa época, eu estudei muuuuuito Direito Empresarial, porque o TJDFT é famoso em apertar nessa matéria. Não adiantou para a prova do TJDFT, mas serviu para todas as outras que fiz, especialmente para o Banco Central (que é concurso federal!). Tinha como eu imaginar que o estudo para a estadual me ajudasse de forma determinante nos concursos federais? Não. Só descobri depois. Por isso digo que devemos simplesmente fazer. Aproveitar todas as oportunidades porque não sabemos e não temos condição de prever se vamos passar ou não.
Ponto 3: Fazer a prova inteira ou por parte?
INTEIRA!! Não basta acertar a questão, deve condicionar-se a responder variadas questões num período de 4 a 5 horas. Uma coisa é fazer 10 questões de uma única matéria. Outra coisa é responder essas 10 questões após já ter respondido 90 questões de outras matérias e sem descanso. E, na hora da prova, o cenário vai ser exatamente esse. Questões variadas, difíceis, a ser respondidas num espaço determinado de tempo, que demandam não apenas o conteúdo, mas raciocínio lógico e atenção (exemplo: marque a alternativa incorreta). Não é de um dia para o outro que ganhamos condicionamento de prova para chegar à última questão da prova com concentração (e ainda lembrando o próprio nome e o caminho de casa). Então, tem que treinar!!!! E treinar muito!! Tem que se acostumar a responder bem e de forma concentrada todas as questões da prova. Só fazendo para conseguir.
Vamos fazer prova, pessoal!! Bons estudos!!
Confira abaixo a História de Superação de Alessandra Baldini:
Alessandra Baldini
Atualmente ocupa o cargo de Juíza Federal Substituta na Seção Judiciária do Estado do Acre. Foi aprovada nos concursos de Analista do STJ (2012) e do STF (2013); Especialista em Regulação da Anac (2012); Defensoria Pública do Distrito Federal (2013); Procuradoria do Banco Central (2013); e Juiz Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (2013). Pós-graduada pela Escola Superior do Ministério Publico do Distrito Federal (FESMPDFT),
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