Responder a questões sobre personalidade pode até parecer simples. Mas quando o questionário põe em jogo anos de estudo, é preciso ter atenção redobrada, afinal, exames psicotécnicos chegam a peneirar em 20% a concorrência nos concursos públicos.
Com uma safra de pelo menos 11 concursos com inscrições abertas recentemente no Estado, os candidatos devem ficar atentos à forma de preparo. Embora o envolvimento de psicólogos seja considerado antiético pelo Conselho Federal de Psicologia, há uma série de dicas que podem ajudar quem busca um posto no serviço público. A principal é agir com naturalidade.
– O conselho básico é não tentar mascarar a personalidade. Não existe pessoa perfeita. A orientação é ser autêntico – diz o delegado Luis Henrique Gasparetto, diretor da divisão de recrutamento e seleção da Academia de Polícia Civil (Acadepol).
Antes de ser aprovado no exame da Polícia Rodoviária Federal, Vagner Silva da Silva, 28 anos, adquiriu experiência em inúmeras outras avaliações. Ele buscou informações na internet e falou com pessoas que fizeram a prova para saber o que esperar. Aprovado em três concursos, a saga ainda não terminou. Em dezembro, vai pleitear uma das 600 vagas no concurso da Polícia Federal – considerado um dos mais disputados.
– É preciso ficar atento a os detalhes do edital e da prova. Dependendo do concurso, são testes que variam de três a 20 minutos. Acaba um e começa outro. Por isso, é importante controlar o nervosismo, dormir bem na noite anterior e cuidar da alimentação – alerta Silva.
Psicóloga clínica e consultora da CPC Concursos, Júlia Cecconello entende que buscar orientação é positivo, mas alerta para as informações sobre o assunto na internet e o excesso de preocupação:
– Testes que mostram como burlar podem ser fraudes e só atrapalham o candidato. Muitas vezes as pessoas chegam treinadas demais. É para ser espontâneo. Não se faz preparação específica.
Estado permite recorrer de decisão do avaliador
A reprovação no teste psicológico, porém, não significa que o candidato seja incapaz de trabalhar, mas que ele não atendeu aos parâmetros exigidos no edital daquele cargo em questão.
– Um policial, por exemplo, não pode ser agressivo nem impulsivo em demasia, mas deve ter um nível mínimo de agressividade – explica o delegado Gasparetto.
Se o candidato reprovado discordar da decisão, é possível refazer o teste em concursos estaduais da administração pública. Uma lei prevê que o candidato, demonstrando interesse em ser submetido à nova avaliação psicológica (caso reprovado), deve requerer a providência expressamente.
A experiência na formação de policiais, no entanto, mostra que quando a pessoa não tem perfil, ela é quem sofre com a escolha errada.
– Quando alguém é reprovado no psicotécnico e consegue ser aprovado por liminar judicial, a história acaba mostrando os problemas. O resultado correto acaba aparecendo – diz Gasparetto.
Dicas para não errar
Alguns pontos avaliados
O Gran Cursos Online, em parceria inédita com a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e sua Escola Nacional dos Delegados de Polícia Federal (EADelta), elaborou e têm a grata satisfação em informar à comunidade jurídica adepta a concurso público, mormente para a carreira de Delegado de Polícia, que estão abertas as matrículas para os cursos preparatórios para Delegado de Policia Federal e Delegado de Policia Civil dos Estados e DF, com corpo docente formado em sua maioria por Delegados de Polícia Federal e Civil, mestres e doutores em Direito, com obras publicadas no meio editorial, além do material didático. Não perca a oportunidade de se preparar com quem mais aprova em cursos há 27 anos. Matricule-se agora mesmo!
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