Sobre vencer mesmo perdendo

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Olá, tudo bem? Certa vez li num livro uma passagem que dizia o seguinte: “A vitória mais difícil é saber perder. A pessoa que perde e não desanima, que não perde a garra e o entusiasmo é a verdadeira vitoriosa, porque possui, em seu íntimo, a coragem e a dignidade que, um dia, a levarão a conquistar aquilo que almeja. Saiba reconhecer nas derrotas um motivo para procurar cada vez mais ir em busca da vitória!” (John Talbot).

Pois bem, no último final de semana, eu participei do Ironman 70.3 de Maceió, Alagoas. Esse evento de triathlon consiste em nadar 1.9 km, pedalar 90 km e correr 21 km. Quando me falaram sobre a prova, eu fiquei bem animado, pois, segundo os relatos, a natação seria num mar calmo, o pedal, numa rodovia plana, e a corrida, na orla, com ventos agradáveis! Resumindo, a prova tinha tudo para ser perfeita e poderia ser finalizada da forma mais favorável possível!

Bem, como em tudo na vida existe a possibilidade de ocorrer o imponderável, meus percalços começaram no dia anterior. Ao levar minha bike para deixá-la na área de transição, notei que a bateria do meu câmbio acabou. Algo aconteceu no transporte Brasília – Maceió que fez com que ela descarregasse. O problema era que eu tinha de resolver esse “detalhe” faltando menos de três horas para entregar a bike no local de check-in.

Por sorte, encontrei um mecânico que safou a minha pane e resolvi o problema. “Ufa”, pensei, “agora é fazer o que treinei e colocar para moer amanhã”. Estava preparado, forte, treinei muito. No dia seguinte, acordei às 3h30 para tomar café e fui levar meus equipamentos (corrida e natação) para o local de prova. Fui o 4º a chegar (havia mais de 1.200 atletas inscritos para a prova) e, até então, estava tudo perfeito. De repente, o tempo virou. Rajadas fortes de vento e uma chuva forte chegaram à praia de Pajuçara. O mar, uma baía, ficou revolto. Primeiro obstáculo à vista, mas eu já passei por isso no Ironman de Florianópolis.

Saí da água me sentindo muito bem e fui debaixo de forte chuva para a bike, nesse momento ainda estava no jogo. Não sabia que, a partir do km 20 (dos 90), minha história iria mudar. Segundo relatos, alguém tentou sabotar a prova e jogou tachinhas na estrada, o que prejudicou mais de cem atletas, que tiveram pneus furados, inclusive eu. No instante que ouvi o barulho na roda e notei meu pneu furado, confesso que tive vários sentimentos negativos. Impotência, raiva, frustração, desânimo… Não foi fácil.

Naquele momento, eu comecei a trabalhar a minha mente para pensar racionalmente e me fiz duas perguntas. A primeira foi a seguinte: “Adianta você se lamentar? Não. Faça o que deve ser feito e, se não der certo, você tentou!” A segunda foi: “Mesmo que sua prova acabe aqui, agradeça por ter saúde, pela família que tem e saiba que, se quiser, poderá voltar um dia!”. A decisão foi tomada. Não iria baixar o moral. Levantei a cabeça, enchi o pneu com um spray que levei, mas que não foi o suficiente para deixar ele cheio, e consegui completar o percurso aos trancos e barrancos.

Então, depois desse percalço, parti para o evento final – a meia maratona. Com as pernas cansadas depois de ter feito muito mais força do que planejado, terminei a competição em cinco horas.

O que gostaria de deixar como recado a você, meu amigo, minha amiga, é que você JAMAIS deve desistir dos seus objetivos e sonhos. Mesmo que surjam obstáculos inusitados, o sabor de se cruzar a linha de chegada – e esta pode ser a aprovação em um concurso público – é algo que você vai guardar e saborear pelo resto de sua vida.


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