“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.” – Peter F. Drucker
Recentemente, ao pesquisar sobre a renda per capita no Brasil, encontrei alguns dados bem alarmantes. Segundo o IBGE, a média salarial por aqui é de apenas R$ 1.625 por mês, variando entre R$ 814 no Maranhão e R$ 2.913 no Distrito Federal. Essa estatística é para lá de preocupante, seja por causa da enorme diferença entre estados da nação, seja porque mesmo na capital do país os trabalhadores têm remuneração muito, muito abaixo da média de países mais desenvolvidos. Se baseássemos nossas expectativas futuras nessa média, estaríamos contemplando um cenário desolador. Por isso, não nos resta alternativa senão agir ativamente a fim de criar o nosso próprio futuro.
O destino de qualquer um de nós não é construído em linha reta e matematicamente predeterminada. Está mais para uma obra de arte em evolução, uma tela abstrata na qual cada pincelada conta para a composição de um todo que será, ou não, motivo de orgulho para o artista. A genialidade está em saber dar as pinceladas certas nos momentos certos, com a autoconfiança que só os mais decididos a fazer a diferença têm.
Quis usar essa metáfora para ressaltar que, embora muitas circunstâncias da vida estejam fora do nosso controle, com alguns de nós começando a jornada em significativa desvantagem, a única decisão acertada diante dessa realidade é a de agirmos como arquitetos e operários do nosso próprio destino. Arquitetos, na medida em que teremos de dedicar tempo e cuidado na elaboração de um bom projeto; operários, porque em algum momento teremos de pôr mãos à obra, levantando tijolo a tijolo as paredes do lugar que abrigará nossa felicidade.
Conheço alguém que pode ilustrar perfeitamente essa ideia. Recentemente soubemos que nossa professora Ludmilla Costa foi nomeada Consultora Legislativa do Distrito Federal, depois de ter estudado com o Gran. Ludmilla é prova viva de como um novo futuro pode, sim, ser criado. A trajetória dela revela uma trama densa digna de filme. Vinda de uma família de recursos escassos, Ludmilla enfrentou a pobreza extrema, o que incluiu alguns dias sem ter nada para comer. A mudança para Brasília, aliás, representou um ato de desespero na busca por alguma segurança financeira.
Ao recordar os desafios superados desde então, Ludmilla se emociona ao notar como tudo é diferente para ela hoje. Da falta de dinheiro para almoçar, no tempo da faculdade, à capacidade de matricular a filha em uma escola particular, o que nossa heroína viveu foi uma verdadeira epopeia de superação. Ela jamais se esquecerá de tudo que precisou vencer para chegar até aqui, entre fome, falta de abrigo e machismo, especialmente o que inúmeras vezes vitimou sua mãe. Isso sem falar no preconceito de quem sempre carregou o estigma de ser filha de uma empregada doméstica com um foragido da justiça.
O capítulo da chegada a Brasília é digno de nota. Sua mãe, sem saber onde a família dormiria na primeira noite, conseguiu um local no último minuto. Naqueles dias, Ludmilla, com pouco dinheiro, se alimentava de chá de erva-cidreira, que colhia em uma árvore na universidade. O efeito de tanta privação foram 6 quilos a menos na balança. E as dificuldades não eram apenas financeiras. Nossa heroína passou por sérios problemas de saúde que culminaram em várias cirurgias e complicações. Em dado momento, uma Ludmilla debilitada e na iminência de ser internada na UTI cogitou desistir de tudo.
Felizmente não o fez, e sua determinação lhe rendeu recompensas. Nos laboratórios de redação do Gran, por exemplo, ajudou um aluno a gabaritar a redação num concurso para a Polícia Federal, vendo nele o reflexo de sua própria jornada. Sua luta e persistência, aliás, podem ser simbolizadas no primeiro material de estudo a que teve acesso: uma Constituição já danificada, encontrada num ponto de ônibus.
A história de Ludmilla demonstra que futuroS – sim, no plural, já que estamos falamos de alguém que foi progredindo aos poucos, encarando cada raiar do dia como um novo futuro cheio de possibilidades – podem ser forjados mesmo por quem carrega uma bagagem pesada como a dela. Para tanto, há que ter clareza de pensamento sobre o que se pretende alcançar, e é crucial traçar metas específicas, assumir posição de ataque e trabalhar com consistência e constância.
Há uma frase bem conhecida de Peter Drucker, que diz: “A causa mais comum do fracasso é a incapacidade ou falta de vontade de mudar diante das exigências de uma nova posição”. As palavras marcantes, que inspiram esta mensagem, tocam na ferida, indicando o ponto fraco daqueles que se veem mais como vítimas das circunstâncias do que como protagonistas da própria história e maiores responsáveis por fazer as coisas funcionarem. Ora, criar um futuro promissor implica tomar a iniciativa e agir com propósito. O tempo todo surgem oportunidades a ser exploradas, mas fazê-lo exige capacidade de se reinventar, especialmente nas adversidades, adaptando-se a um mundo em constante ebulição.
Drucker adverte contra o modelo mental de vítima, que resulta em passividade e termina em estagnação. Em outras palavras, quem não acredita que pode assumir a direção da própria vida jamais implementará as mudanças positivas por ela impostas. Além disso, é preciso ter em mente que, apesar de muitas situações difíceis atravessarem nosso caminho de tempos em tempos, há muito que podemos controlar. Focar nisso em vez de seguir procurando problemas ou inventando desculpas para se esquivar do que precisa ser feito é o ideal para quem almeja sair do lugar ruim onde está.
Reitero: crie o seu novo futuro. O pincel está em suas mãos. Termine essa obra de arte. Ou melhor: obras de arte, no plural.
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