Falando assim, você pode até não entender do que eu estou falando, mas provavelmente você aplica esse método de organização de estudos de forma inconsciente. Explicarei nas próximas linhas como ele funciona.
Percebi, em anos de atendimento em coaching para concursos, que 75% dos coachees que respondem ao questionário inicial dizem não saber lidar bem com a organização entre teoria, exercícios e revisões.
E comecei a desenvolver um pensamento para tentar explicar para cada um desses meus coachees a importância de equilibrar na balança esses três itens fundamentais para seu sucesso.
Vamos a um caso de fora do mundo dos concursos para você entender que a regra dos 60, 30 e 10 está mais presente na sua vida do que você imagina.
COMO DESCOBRI O MÉTODO?
Uma vez, quando ainda fazia Ensino Médio no colégio, comecei a “bater um papo” bem despretensiosamente. Além de mim, o papo era formando por mais dois amigos de turma e um professor de Educação Física. Ele era um ex-treinador famoso de handebol que já tinha feito parte da equipe técnica da seleção feminina. Sempre que possível fazíamos uma resenha com ele porque ele tinha uma cara de sério, mas era só a cara. Gostava de contar casos e nós adorávamos.
Naquele momento da vida, ele tinha saído da vida agitada de viagens para campeonatos internacionais e treinava a equipe do colégio para jogos estaduais. Lembro que aquele papo se desenvolveu após as aulas, quando ele treinava a equipe para o primeiro jogo do campeonato.
Eu não queria e nunca tive pretensão nenhuma de ser atleta de handebol, mas as lições que ele falou perto das quatro linhas da quadra mexeram comigo e serviram de base para a tomada de decisão em várias situações de vida que exigiam a perseguição de um objetivo grandioso.
Ele falou assim, olhando para nós três: “O que vocês estão vendo aqui é só uma parte da preparação. Vocês precisam entender que um atleta, para chegar no nível de seleção brasileira, precisa dedicar 60% do seu tempo executando treinos práticos com bola (como esse que estou fazendo); 30%, fortalecendo os músculos na academia e se alongando adequadamente; e 10%, revendo táticas e posições de jogo”.
Ele complementou dizendo que a maioria das pessoas só enxerga os 60% e esquece que há outros 40% que envolvem a formação de uma atleta competitivo, ou seja, as pessoas comumente acreditam que o atleta precisa apenas treinar com bola para ser bom.
Eu percebi, no tom de ensinamento que ele usou, que existia uma base, um momento intermediário e um espaço de dedicação tão importante quanto os outros que construía o topo da pirâmide.
Nos anos posteriores àquela conversa, passei a adotar atitudes de base, atitudes médias e atitudes que significam a “cereja do bolo” para objetivos que parecem difíceis ou impossíveis para muitos.
Vejam como podemos aplicar esse método nos estudos.
COMO FUNCIONA O MÉTODO 60, 30, 10 NOS ESTUDOS?
O concurseiro iniciante logo vai perceber que o estudo não se constrói somente com teoria. Essa é a primeira regra que se aprende no universo dos concurseiros. Essa lição, geralmente, vem com uma reprovação ou não classificação para aquele concurso que se estudou por dois ou três meses com afinco.
Simples perceber que não existe um foco que precisa ser dado no planejamento dos estudos, mas um equilíbrio entre teoria, exercícios e revisão. Essa, sim, é a chave para chegar no nível de seleção brasileira e conseguir passar em um concurso de status nacional, por exemplo.
Ao se iniciar o estudo para uma carreira específica, o método funciona assim:
- Entenda quanto tempo na semana você terá para estudar;
- Distribua 60% do seu tempo no estudo em PDFs ou videoaulas ou lei seca para a teoria das disciplinas;
- Encontre em 30% do tempo da sua semana espaço para fazer exercícios e indique quando serão esses momentos. De preferência, escolha as matérias mais fresquinhas na cabeça para treinar, combinando com o dia de teoria;
- Inclua um período ou dia da semana em que você vai se dedicar a revisar a matéria de disciplinas que estão na sua grade.
O planejamento deve ser periódico. Nada de fazer um planejamento que você inicia no dia 1 e vai até o dia da prova.
O planejamento para concursos deve ser um processo, porque invariavelmente você vai modificá-lo, seja para adaptá-lo a sua realidade, seja porque imprevistos acontecem com todo mundo.
REVISÕES: ATENÇÃO AOS 10%
É muito fácil negligenciarmos as revisões para depois entender o quanto elas são importantes, mas esses 10% do tempo são fundamentais para que você consolide a bagagem de conteúdo assimilada.
O que você quer dizer com isso, professor Bruno?
Quero dizer que as revisões são, juntamente com os exercícios, muito importantes para consolidar o que Fernando Mesquita, criador do Ciclo EARA, atribuiu como espiral do conhecimento.
Concordo quando ele diz que, para muitos concurseiro, a revisão é perda de tempo. Porém, é preciso lembrar de alguns pontos:
- Revisar o conteúdo é muito mais rápido do que estudá-lo novamente. Isso significa que se preparar para fazer boas revisões por meio de bons materiais de revisão é um jeito eficiente demais na rotina de um concurseiro;
- Quando você mantém o conteúdo fresquinho na mente, há muito mais facilidade de assimilá-lo ou relacioná-los com outros conteúdos teóricos que são parte do seu plano de estudos;
- Quem não revisa demora muito mais para ser aprovado porque, quando você cria um material próprio de revisão, fica muito mais fácil de acessar a informação e manter o contato contínuo com o que realmente fará a diferença na prova.
Por isso, não esqueça: teoria, exercícios e revisões andam juntas. Entenda esses três como aqueles amigos inseparáveis do início do texto. Três adolescentes de ensino médio curiosos que estavam conversando com o treinador de handebol e tomando lições que iriam se consolidar por muitos anos na vida adulta.
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Por fim, espero que tenha gostado do texto e que esteja conseguindo manter o foco nesse período difícil, mas cheio de oportunidades em que vivemos.
Sugiro que você conheça a nossa equipe de GranXperts para te auxiliar com metas de estudo, organizar seu processo de aprendizado e acelerar sua entrada no serviço público.
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Para quem não me conhece: Sou Bruno Pimentel, Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) do Tesouro Nacional.
Realizo coaching no GranCursos Online. Sou da equipe de estrelas do GranXperts. Sou membro da Sociedade Latino Americana de Coach (SLAC) e certificado em coaching a certificação Professional Coach Certification – PCC®.
Tenho 12 anos de experiência como servidor público federal, logrando êxito em diversos certames federais e estaduais com as bancas: Cespe/Cebraspe, FCC, FGV e ESAF.
Possuo mestrado e sou especialista em discursivas com foco em Estudos de Caso e em Peças Técnicas: elaboro temas, corrijo textos e dou consultoria no tema.
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