Estudando Engenharia de Requisitos para Concursos – Parte 03

Estude Engenharia de Requisitos para concursos com os artigos do prof Vitor Almeida!

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Estudando Engenharia de Requisitos para Concursos – Parte 03.

 

Olá, meu querido aluno e minha querida aluna! Continuando nossa série de estudos sobre engenharia de requisitos para concursos, teremos hoje nossa terceira postagem sobre o tema, focando na etapa de elicitação de requisitos.

Nas postagens anteriores que você encontra aqui no blog do Gran Cursos on-line, estudamos os tipos de requisitos e o processo de engenharia de requisitos.

No post passado, aprendemos que a “elicitação e análise de requisitos” precede a “especificação de requisitos”. Enquanto que a primeira busca conhecer e levantar os requisitos, a especificação é a escrita dos requisitos utilizando um padrão adequado.

Sendo mais direto, a elicitação de requisitos é o momento em que o analista de sistemas busca compreender qual o problema que será resolvido com a construção do sistema. É o ponto do processo de software que você levanta as funcionalidades e os comportamentos esperados do sistema.

O que cai em concurso sobre essa etapa são as técnicas de elicitação de requisitos! Vamos falar um pouco de cada uma delas a partir de agora.

A Entrevista é uma das técnicas tradicionais mais simples de se utilizar e que produz bons resultados na fase inicial de obtenção de dados. É uma discussão do projeto desejado com diferentes grupos de pessoas.

Laddering é um método de entrevistas estruturadas, muito utilizado em estudos de marketing, um-a-um, utilizado para o levantamento de conhecimento de especialistas, e que consiste na criação, revisão e modificação da hierarquia de conhecimento dos especialistas geralmente na forma de diagramas hierárquicos (ex.: diagrama em árvore). São aplicadas diversas questões simples para entender os motivos por trás de determinada atitude do entrevistado. Exemplo de sequência de perguntas: Entrevistador: “Por que x?”; Entrevistado: “Porque z”; Entrevistador: “Por que z?”; Entrevistado: “Porque b”; Entrevistador: “Por que b?”…

Diferente da entrevista, o uso de questionários é interessante quando temos uma quantidade grande de pessoas para extrair as mesmas informações. São autoaplicáveis, pois o próprio informante responde.

O Workshop de Requisitos é uma técnica de elicitação em grupo usada em uma reunião estruturada. Devem fazer parte do grupo: uma equipe de analistas e uma seleção dos stakeholders que melhor representam a organização (e o contexto em que o sistema será usado). Tem como objetivo final a construção de um conjunto de requisitos bem definidos.

Dentro dos workshops, podemos realizar um Brainstorming. Seu objetivo é uma apresentação do problema/necessidade a um grupo específico, que começa a produzir ideias e definir as informações associadas de maneira informal e sem restrições. Ao término, é feito um trabalho de síntese das ideias levantadas.

Já o Grupo Focal é um grupo de discussão informal e de tamanho reduzido (até doze pessoas), com o propósito de obter informação qualitativa em profundidade. As pessoas são convidadas para participar da discussão sobre determinado assunto.

A Etnografia é uma técnica observacional utilizada para entender o contexto social em que o software será utilizado. O analista se insere na rotina de trabalho do cliente para entender quais são as necessidades que serão atendidas pelo software. Os estudos de etnografia podem revelar detalhes importantes do processo frequentemente ignorados por outras técnicas de elicitação de requisitos.

Por outro lado, a Observação resume-se em visitar o local em foco com a finalidade de observação, permitindo a coleta de informações de acordo com o cotidiano das operações e execução dos processos diários do local.

Temos também a Análise de Protocolo, que é uma forma de levantamento de requisitos na qual o analista analisa as partes interessadas quando estão envolvidas em algum tipo de tarefa.

O Levantamento Orientado a Pontos de vista oferece um meio onde se pode reconhecer várias perspectivas obtidas de diferentes stakeholders e assim criar um framework para a descoberta de conflitos. É utilizada como uma forma de classificação de stakeholders ou outras fontes de requisitos. 

O Reúso de Requisitos é o estudo e a reutilização de especificações e glossários referentes a projetos de sistemas legados ou sistemas de mesma família (com funcionalidades de negócio similares).

O Estudo de Documentação ou Analise de Conteúdo é mais uma técnica de elicitação de requisitos. Trata-se do estudo de documentações de diferentes naturezas para a identificação de requisitos a serem implementados no sistema que se está modelando. Uma grande variedade de documentação pode ser analisada, incluindo: estrutura organizacional da empresa, padrões de mercado, leis, manuais de usuário, relatório de pesquisas de mercado, glossário de termos de negócio etc.

As Sessões JAD consistem em workshops e sessões de grupo nos quais stakeholders e analistas de requisitos se encontram para discutir as características desejadas do produto. Os objetivos dessas sessões é envolver todos os stakeholders importantes no processo de levantamento, através de reuniões estruturadas e com foco bem definido. Depende diretamente do grau de envolvimento das partes interessadas, bem como do líder das sessões JAD. O processo JAD consiste em três fases principais: customização, sessões e agrupamento. Na customização, o analista prepara as tarefas para as sessões, tais como organizar os times, preparar o material etc. Na fase de sessões, o analista marca uma ou mais reuniões com os stakeholders. No início da sessão JAD o engenheiro de requisitos provê uma visão genérica sobre o sistema e a discussão com os stakeholders continua até o fim do levantamento de requisitos. Por fim, na fase de agrupamento todos os requisitos levantados anteriormente são convertidos em documentos de especificação de requisitos.

A Prototipação é utilizada no estágio inicial do projeto, ajuda os stakeholders a desenvolver uma noção sobre a aplicação carente de implementação, pois, por meio da visualização e análise do protótipo, as partes interessadas podem identificar os reais requisitos e fluxos de trabalho do sistema. É uma técnica indicada quando os stakeholders são incapazes de expressar os seus requisitos ou não têm nenhuma experiência com o sistema.

Na técnica de Cenários, define-se um cenário de operação do sistema e levanta-se junto ao usuário detalhes que podem ser incluídos no cenário.

Por fim temos a técnica de Casos de Uso, onde os usuários do sistema são identificados e suas atividades são descritas, elaborando-se um cenário principal e outros alternativos. Um diagrama de casos de uso da UML pode ser utilizado.

É isso, pessoal! Temos quinze técnicas de elicitação de requisitos que encontrei na bibliografia especializada e apresentei elas aqui para vocês. Espero que tenham gostado da postagem e aguardem mais postagens sobre o tema no futuro! Um abraço e bons estudos!

 


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