Anemias versus Parasitoses – o que você precisa saber?

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02 de junho1 min. de leitura

No último artigo do blog, intitulado “Simplificando a classificação das anemias”, esquematizei para você quais são as duas principais formas de classificar as anemias e quais são os exemplos mais comuns destas, corriqueiramente cobrados pelas bancas em questões de concursos e residências na área de Hematologia. Se você ainda não leu este artigo, não deixe de conferir, ok?

Agora vamos correlacionar as anemias com um problema de saúde comum em nosso país, as parasitoses, sejam elas as enteroparasitoses ou as hemoparasitoses.

As enteroparasitoses, ou seja, as parasitoses que acometem o trato gastrointestinal, são relevantes no âmbito da Saúde Pública, principalmente em locais com más condições de saneamento básico e em crianças em idade escolar. Nesta faixa etária, a presença de alguns parasitas costuma determinar o aparecimento de anemias carências ou das anemias por consumo elevado. Lembra destes conceitos trazidos no último artigo?

Nas anemias carências, que são do tipo hipoproliferativas, há um défcit dos “ingredientes do bolo”, segundo a analogia que utilizamos, já que os parasitas espoliam o organismo do paciente, prejudicando a absorção ou consumindo os estoques de ferro, por exemplo, com consequente instalação de quadros de anemia ferropriva. As principais enteroparasitoses que levam a tais situações são as infecções por Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia, Ancilostomídeos (Ancylostoma duodenale e Necator americanus) e Trichuris trichiura.

Já as anemias por consumo elevado, que são do tipo hiperproliferativas, surgem após quadros de perda volumétrica de sangue por hemorragia gastrointestinal quando o parasita danifica ou até mesmo perfura a mucosa intestinal. As principais enteroparasitoses que levam a tais situações são as infecções por Strongyloides stercoralis e Entamoeba histolytica.

As hemoparasitoses, ou seja, as parasitoses em que os protozoários são intracelulares (mais precisamente intrahemáticos), habitando a corrente sanguínea do hospedeiro), são relevantes na etiologia das anemias hemolíticas, especialmente em áreas endêmicas como o Norte do Brasil.

As anemias hemolíticas também são anemias hiperproliferativas, ou seja, quadros em que há uma proliferação de células vermelhas (hemácias) aumentada, como tentativa de reagir ao quadro de baixa na contagem de hemácias e de hemoglobina. Neste caso, elas surgem por uma destruição elevada das hemácias na circulação sanguínea, causada pelos ciclos hematológicos dos hemoparasitas Plasmodium sp (agente etiológico da malária) e Babesia sp. (agente etiológico da babésia).

Gostou das correlações? Espero que sim! E espero também que você continue a estudar com a equipe do Gran Cursos Saúde, afinal, você já sabe que nós temos cursos on line voltados para os editais dos principais concursos e residências do Brasil e que estamos prontos para lhe ajudar a consquistar a sua tão sonhada vaga, não é mesmo?

 

Um forte abraço e bons estudos!

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