Nós, seres humanos, temos uma forte inclinação para impor rótulos. Nossa existência é pautada neles. Percorrendo os corredores do supermercado, vamos em busca de itens meticulosamente categorizados em carnes, frios, frutas, produtos de limpeza, além de subcategorias variadas como macarrão, arroz, feijão. Navegando por um grande site de notícias, encontramos as matérias separadas em “mundo”, “economia”, “esportes”, “entretenimento”… Tudo é rotulado para pertencer a um grupo específico, numa prática que se aplica a quase todos os aspectos da vida.
Estabelecer categorias propicia maior organização? Sem dúvida. Nossa rotina ganha, e muito, em praticidade. O problema é quando estendemos às pessoas o hábito de rotular objetos. O ser humano, complexo e multifacetado, jamais deveria ser tratado como uma coisa qualquer. No entanto, isso acontece o tempo todo, com gente sendo separada em gêneros e tipos, a partir de comentários superficiais que, não raro, são fruto de preconceito, ignorância e crenças equivocadas embora profundamente enraizadas. Desnecessário dizer como isso é nocivo, para além de muito, muito injusto.
Rótulos são perigosos especialmente porque é seres humanos têm a tendência de aceitar como verdade o que os outros dizem a nosso respeito. Tendemos a agir em conformidade com as qualidades e os defeitos que os outros nos imputam, ainda que essas características não passem de reflexo da personalidade daquele que nos apontou o dedo. É curioso, porém, que quem muito chama o outro de burro, azarado, fracassado ou incapaz diz muito mais sobre si mesmo do que sobre a outra pessoa que recebeu esse rótulo.
É por essas e outras que a prática de rotular deve ser evitada. Ainda mais importante, porém, é aprender a se blindar contra rótulos injustos ou impertinentes. Mas como? Bem, podemos seguir alguns passos. O primeiro é identificar a origem do rótulo em questão. Ele partiu de alguém próximo, de alguém que mal nos conhece, ou – mais grave – de nós mesmos? Depois, vem a pergunta crucial: ele reflete algum preconceito ou crença equivocada? A resposta para esses questionamentos será vital para avançarmos ao passo seguinte, que consiste em ignorar o que é mera maledicência e mesmo o que é simples mau juízo a nosso respeito. Nesse sentido, tornar-se mais seletivo nos relacionamentos e interações sociais pode ser um divisor de águas, sabe?
A complexidade surge quando os rótulos são impostos por nós contra nós mesmos, muitas vezes originados em crenças profundas, que podem remeter até aos tempos de infância. Você se surpreenderia se soubesse quantos alunos já vieram até mim convencidos de que não foram feitos para passar em concurso ou de que nasceram para ser pobres, tudo por conta de frustrações antigas e mal-resolvidas ou de erros de cálculo e avaliações que não poderiam estar mais longe da realidade. Entre os relatos mais comuns está o de que as circunstâncias ao seu redor os condenam a uma vida de dificuldades e desesperança. Um modo de ver simplista assim, para dizer o mínimo, resulta num círculo perigoso de autossabotagem. Eis por que é tão importante entender que nenhum ser humano pode ser reduzido a rótulos. Estes existem também porque seres humanos precisam ver para crer. Somos condicionados
pelo palpável, pelo tangível, e, até que alcancemos o “ter”, é como se ainda não fôssemos. Infelizmente, muitos ignoram que a fé em si mesmos, e, sobretudo, no futuro, pode conduzir à realização do seu potencial intrínseco, não importa o que os outros venham a afirmar. Em síntese, nossos limites residem em nossas crenças pessoais. A verdadeira dificuldade, então, está em começar a acreditar e, em seguida, partir para a ação. Posso afirmar isso com base em pelo menos 200 histórias de ex-concurseiros que entrevistei para o meu canal no YouTube. Seus testemunhos inspiradores demonstram como a decisão de desafiar rótulos pode fazer a diferença.
Então é isso. Rejeite os rótulos que os outros lhe tenham imposto ou aqueles que você tenha imputado a si próprio. Você não é uma coisa que possa ser categorizada. Você é você em toda sua inteireza, em todos os seus defeitos e em todas as suas qualidades. Abrace sua singularidade e transcenda as errôneas limitações que acreditava ter.
Rótulos só são úteis numa prateleira.
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