Governo Bolsonaro – Ano 1: o que esperar para os concursos?

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01 de janeiro3 min. de leitura

Olá, alunos do Gran Cursos Online!

Tudo bem?

Escrevo este artigo para conversar sobre algo que vocês, certamente, já ouviram falar: primeiro ano de governo é ano de corte de vagas. Eu diria que: não é bem assim! Vou mostrar a vocês evidências de que, longe de ser um ano de corte de concursos, o primeiro ano do governo é um período fundamental para que você comece a se preparar para os concursos que estão por vir.

Antes de falar sobre a abertura ou o corte das vagas, queria esclarecer o que acontece quando estamos diante do primeiro ano de governo. Para ajudar, queria apresentar algumas matérias que tirei da internet:

Você irá notar pontos importantes entre as matérias. O primeiro deles é que, de fato, quando temos o início de um governo, notamos uma redução no volume de concursos federais. Coloquei a palavra em grifo para que você entenda a limitação da ação do governo. Sim, ele só pode restringir as vagas da sua jurisdição. Essa redução do número de provas nos anos de 2011 e 2015 é mostrada no gráfico abaixo:

Antes que você se assuste com isso e ache que 2019 será um ano de maré baixa, queria que você olhasse de forma ampla para os anos de 2011 e de 2015.

Para que houvesse uma redução no número de provas em 2011, dê uma olhada no volume de provas em 2010. Chegamos à marca histórica de 7.823 provas em um único ano! Olhe como a barra de 2010, mostrada em verde, é destoante em relação a qualquer ano. Impressionante, não?

Assim, para o ano de 2011 especificamente, uma redução poderia ser até esperada por conta do volume de provas do ano anterior. O governo precisava dar a posse a tantas vagas que foram criadas durante 2010.

Para 2015, o raciocínio é diferente, embora o efeito seja bem semelhante em termos de volume de prova. Lembre-se de que 2015 foi o primeiro ano da maior crise econômica que já vivemos na economia brasileira recente (para saber mais, dê uma olhada nos meus cursos de economia brasileira aqui no GCOJ). Para esse ano específico, o então ministro da fazenda, Joaquim Levi, apontou uma série de ações para conter o enorme déficit fiscal e, entre elas, estava o apontamento dos concursos públicos. Não houve exatamente um grande efeito – já que a queda foi de, aproximadamente, 15,08% – mas é justificado quando eu considero que 2015 foi o primeiro ano em que o governo implementou medidas de controle do forte déficit fiscal. Além disso, na presença de resultado negativo, não existe espaço fiscal para a criação de novas vagas ou para o preenchimento das vagas dos que se aposentaram.

Assim, embora os dois últimos primeiros anos de governo tenham sido impactados por uma redução de concursos basicamente na instância federal, as causas são bem diferentes do que esperamos para 2019, já que, pra esse ano, além de ser esperado um crescimento do PIB de 2,55% de acordo com o Relatório Focus publicado pelo BACEN na última segunda, 17, essa taxa significa uma forte expansão frente ao ano de 2018, quando é esperado um crescimento de 1,34%.

Além desse crescimento, que deverá trazer mais arrecadação para o governo, a situação fiscal deverá melhorar com o processo de privatizações. Tudo isso, junto e misturado, deverá fazer com que tenhamos uma nova onda de concursos. Pode ser que não estejamos falando do primeiro ano, quando o governo eleito “arruma a casa”, mas, certamente, no ano seguinte – para verificar, basta olhar 2012. Lembre que 2016 não é parâmetro porque estávamos diante da crise, ok?

Isso quer dizer que, havendo uma redução dos concursos federais no primeiro ano, é motivo para desanimar? Claro que não! Primeiro, porque estamos falando, exclusivamente dos concursos federais, os concursos estaduais e municipais, assim como os concursos para legislativo e judiciário, seguem um ritmo próprio. Depois, o primeiro ano de governo federal é tempo de esquentar as mãozinhas porque os anos seguintes são de concursos crescentes. Viu isso no gráfico? 🙂 e, eu sei que você sabe, mas não custa reforçar, passar com edital aberto é muito mais complicado. Então, nada de desânimo! A hora é de reforçar a preparação! Muita coisa ainda há de acontecer nos próximos capítulos!

Ao trabalho?

 


Amanda Aires 

Amanda Aires Assessora de Economia do Governo do Estado de Pernambuco, autora de livros em economia. Comentarista de Economia da rádio CBN. Doutora em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco com extensão na Université Laval, Canadá. Mestra em Economia também pela UFPE com dissertação premiada no III Prêmio de Economia Bancária pela Federação Brasileira de Bancos. Economista pela UFPE, com extensão universitária na Universität Zürich, na Suíça.

 

 


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