Inclusão e diversidade

Conhecimentos Pedagógicos Contextualizados

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01 de novembro14 min. de leitura

O Brasil vem de um percurso histórico de exclusão das pessoas com deficiência. O que se busca hoje é a inclusão. Entre os dois termos (excluir e incluir), existem os processos de segregação e integração, aquela notada em meados do século XX e essa mais próxima, no século XXI.

A Educação Especial, uma modalidade de ensino amplamente discutida e criada na década de 1980, é ecoada na Lei nº 7853/89, a Política Nacional de Integração da Pessoa com Deficiência, também descrita na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O objetivo do normativo era evidentemente integrar, que se constituía ainda com uma forma de segregação.

Muito se discutiu sobre a presença dos alunos com deficiências nas escolas e com a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas Com Deficiência, que o Brasil é signatário, avançamos com a ideia de educação em ambiente inclusivo, onde as crianças terão o princípio da educabilidade respeitado, onde todos atuarão juntos, no mesmo espaço, respeitando as diferenças. Tecnologias assistivas e ajudas técnicas devem favorecer às pessoas com deficiências um espaço sem barreiras, sejam físicas, comunicacionais ou quaisquer outras.

Por Inclusão Escolar, entende-se o respeito às diferenças, compreensão da diversidade (heterogeneidade) e entendimento das necessidades dos estudantes (que exigem planejamento). Garante-se assim o sucesso escolar, que advém das aprendizagens. Contudo, é preciso garantir nas escolas um ambiente atrativo, tanto para o estudante (motivado) quanto para o professor, que terá condições adequadas de trabalho.

Proposta do Novo Governo

Aqui o destaque é para a homogeneidade. O modelo de escolas militares privilegia esse entendimento. Inicia-se pelas concepções de valores postas por esses centros de ensino. No Distrito Federal há, entretanto, caminhado no sentido de se abrir às práticas de inclusão no Colégio Militar de Brasília, que se observa também no Ministério da Educação.

 

Avaliação de deficiência

Nas escolas pelo Brasil ainda se utiliza o Modelo Médico de avaliação, ou seja, apresentação de um laudo com Classificação Internacional de Doenças (CID) dos alunos, considerando, portanto, as deficiências como doenças. Por outro lado, já instituído pela Lei nº13.146/2015 (Lei da Inclusão), o Modelo Social segue ganhando maior frequência para o processo.

O Modelo Médico é excludente, encara a deficiência como tragédia humana. A deficiência aí é posta em laudo médico, com o CID. Já o Modelo Social, previsto na legislação mais atualizada, avalia, quando necessário, é de forma biopsicossocial, levando em conta a possibilidade de viver de forma plena em sociedade, a partir de da superação das barreiras.

 

Política Nacional de Educação Inclusiva

A grande crítica atualmente é que na nova política existe em defesa ao modelo de escolas especializadas para atendimento, voltando à ideia de segregação. Vale atenção para tal possibilidade, afinal, qual escola se quer? Caso se vá para o modelo de escola tradicional, haverá regresso para a ideia de educação homogeneizadora, que separa escolas regulares de escolas especiais. Porém, caso mantivermos o modelo moderno de educação, será garantido o respeito à diversidade, em que todos aprendem juntos no mesmo espaço.

 

Legislação

Entre os artigos 58 e 60 da LDB fala-se que Educação Especial, arcada com custos do Poder Público, é uma modalidade de ensino, que é transversal a todos os níveis, as etapas e demais modalidades; com oferta de atendimento educacional especializado, que acontece no modelo de sala de recurso multifuncional. O professor especialista deve estar articulado com o professor capacitado, o que está nas salas comuns, na escola regular. O início do atendimento na Educação Especial começa no nascimento e prossegue por toda a vida.

Princípios

Os princípios da Educação Especial são: Equidade (garantir o diferente na medida da diferença), Autonomia (segurança e acessibilidade), Oportunidade (mais ou diferentes tipos de ajuda), Dignidade Humana e Educabilidade (todos aprendem e devem aprender juntos).

Uma escola inclusiva recebe todos os alunos desde o começo da vida escolar, sem exceção ou imposição, no ensino regular e que promove o ensino de qualidade. Propõem um modo de organização que considera as necessidades de todos os alunos, com sistema educacional estruturado em função dessas necessidades. A proposta de ensino aqui se orienta a partir do paradigma da diversidade e dos princípios educacionais centrados nos alunos.

 

Fique ligado na Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Modalidade de ensino amparada por lei, é voltada para as pessoas que não tiveram acesso, por qualquer motivo, ao ensino regular na idade apropriada. São pessoas com conhecimentos tácitos (pela experiência) que a escola esqueceu. Destaca-se a atividade docente, pois o professor do EJA deve ser capaz de identificar o potencial do aluno.

É preciso que a sociedade compreenda os problemas vivenciados (na família e na rua) por tais estudantes: preconceito, vergonha, discriminação, críticas, entre outros.

Origem das desigualdades

É importante lembrar que inclusão e valorização da diversidade visam minimizar os impactos da exclusão histórica. O capitalismo tem várias vantagens, mas uma das suas desvantagens é a luta obcecada por benefícios individuais, que geram desigualdades sociais e um consequente abismo entre a pequena parcela de ricos e a grande quantidade de pobres. A diferença ecoa nas escolas. Antes elitistas hoje são para todos, mas muitas vezes os pobres são excluídos e marginalizados.

 

 

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 – 2018 / Prefeitura de Fortaleza – CE / Prefeitura de Fortaleza – CE / Professor – Pedagogia

Sobre concepções e práticas pedagógicas de acolhimento à diversidade no contexto da Educação Especial, marque a opção CORRETA.

  1. a) Mesmo com os estudos que vêm sendo realizados no novo contexto e com os avanços nesse campo de pesquisa, a Escola Especial continua sendo apontada como o local privilegiado para a educação das crianças com necessidades especiais.
  2. b) O sistema de avaliação para crianças com necessidades especiais deve acompanhar as respostas que dão às situações criadas na creche e pré-escola, auxiliá-las no estabelecimento de metas gradativas de desenvolvimento e mediar suas interações com outras crianças e com o meio físico e simbólico da instituição.
  3. c) As atividades de uma criança com deficiência não precisam ser compartilhadas com um professor com o qual ela tenha uma relação de estímulo e confiança.
  4. d) As atividades que constam no planejamento do professor não precisam ser revistas, pois não há necessidade de torná-las acessíveis àquelas com necessidades especiais.

 

02 – 2019 / NC-UFPR / Prefeitura de Curitiba – PR / Professor – Educação Infantil

No Brasil, a discussão sobre a inclusão no âmbito educativo tomou relevância na década de 1990, impulsionada pela mobilização internacional, como a Declaração de Salamanca (1994), que destaca, entre os princípios que configuram as políticas atuais relativas à Educação Especial, a garantia da qualificação profissional dos educadores e a valorização do outro como sujeito e como ser humano que possui diferenças dentro da imensa diversidade humana. Em 1998, o MEC publicou o Referencial Curricular Nacional, cuja finalidade era contribuir para o trabalho dos profissionais da Educação Infantil, influenciando os entendimentos sobre conceitos como diversidade, integração e inclusão. Conforme este documento, e tendo em conta educar crianças com necessidades especiais, identifique a alternativa INCORRETA.

  1. a) A integração da criança com necessidades especiais na escola é um direito que deve ser atendido e garantido como a qualquer outra criança, sem diferenciações para a sua permanência na instituição.
  2. b) Comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não excludente, a proposta pedagógica deve promover, no convívio com a diversidade, o respeito ao outro pelas diferenças pessoais, além das socioculturais, que constitui uma marca da vida social brasileira.
  3. c) A diversidade a ser considerada na escola inclui não somente as diversas culturas, hábitos e costumes, mas também as competências e particularidades de cada um.
  4. d) A inclusão consiste num sistema educacional modificado, organizado e estruturado para atender as necessidades específicas, interesses e habilidades de cada criança.
  5. e) As crianças que apresentam necessidades especiais, ao conviverem com outras crianças, são inseridas no universo social, o que favorece o desenvolvimento e a aprendizagem, além da formação de vínculos que podem estimulá-las no confronto com a diferença e o trabalho com a própria dificuldade.

 

03 – 2018 / Quadrix / SEDUCE-GO / Professor – Biologia

Acerca da educação inclusiva, Capellini e Rodrigues afirmam que se trata de um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos, inclusive aqueles com deficiência. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta uma ação do professor, em sala de aula, que traz prejuízo ao educando.

  1. a) O professor que tem alunos com deficiência intelectual na sala de ensino regular deve conduzir a aprendizagem de modo natural, sem nenhuma inserção diferenciada, pois estará dando oportunidade de aquela(s) criança(s) se desenvolver(em) normalmente.
  2. b) O professor deve articular-se com os colegas, em especial com os que têm alunos com necessidades especiais nas mesmas condições que os seus, pois a troca de informações fortalecerá sua forma de atuação.
  3. c) O professor de alunos com necessidades especiais deve conduzir a aprendizagem como um processo cooperativo e de transformação que proporcione a formação de alunos inseridos no mundo, e não mais apenas em uma comunidade local.
  4. d) Para que o professor que tenha em sua sala alunos com necessidades especiais desenvolva a aprendizagem, assegurando uma educação de qualidade a todos, deve solicitar que a escola tenha um currículo apropriado, com prescrição de estratégias diferenciadas de ensino, uso de recursos e apoio de especialistas.
  5. e) O professor deve compartilhar algumas atividades com todas as crianças, as que possuem necessidades especiais e as que não possuem, pois essa interação os auxilia a desenvolver habilidades sociais e a compreender seus limites e os limites dos outros.

 

04 – 2019 / IF-ES / IF-ES / Pedagogo

A Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, indica em seu artigo 13, que são atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado as seguintes funções abaixo, EXCETO:

  1. a) Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial.
  2. b) Acompanhar o educando nas consultas aos demais profissionais da saúde, assim como manter atualizados os laudos médicos deste, a fim de dar continuidade no atendimento e evolução cognitiva.
  3. c) Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais.
  4. d) Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola.
  5. e) Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno.

 

05 – 2019 / FAU / IF-PR / Professor – Educação Especial

Segundo o que podemos considerar como medida adaptativa curricular para alunos com algum tipo de deficiência, avalie os itens abaixo como verdadeiro (V) ou falso (F):

( ) Flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, para atender a demanda diversificada dos alunos.

( ) A escola favorece e estimula a diversificação de técnicas, procedimentos e estratégias de ensino de modo que ajuste o processo de ensino aprendizagem às características, potencialidades e capacidades dos alunos.

( ) A escola flexibiliza os critérios e os procedimentos pedagógicos levando em conta a diversidade dos seus alunos.

( ) O planejamento é organizado de modo que contenha atividades amplas com diferentes níveis de dificuldades e de realizações.

( ) Retirada de conteúdos considerados muito extensos e desnecessários do currículo, facilitando para que a criança com algum tipo de deficiência aprenda.

( ) Seleção de técnicas e instrumentos utilizados para avaliar ao aluno.

A sequência correta de cima para baixo é:

  1. a) V, V, F, F, F, V.
  2. b) V, V, V, V, F, V.
  3. c) V, V, V, F, V, V.
  4. d) V, V, V, V, V, V.
  5. e) V, V, V, F, F, F.

 

06 – 2018 / COPERVE – UFSC / UFSC / Pedagogo – Educação Especial

Indique se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

( ) O modelo social de deficiência propõe uma crítica à noção de tragédia pessoal e compromete a sociedade com a produção da experiência da deficiência.

( ) O modelo biomédico compreende a deficiência como uma relação entre o corpo com lesão e o contexto social e sugere uma mudança no ambiente para acolher a diversidade humana.

( ) O modelo social de deficiência compreende que a experiência da condição de deficiência e o enfrentamento de barreiras são inerentes ao ciclo de vida humana.

( ) O modelo biomédico valoriza a transversalidade da deficiência, de modo a relacioná-la com categorias de gênero, raça, idade, religião e classe social.

( ) O modelo biomédico traz contribuições para a ampliação dos programas de reabilitação e campanhas para a prevenção das deficiências.

  1. a) F – V – F – V – V
  2. b) V – V – F – F – F
  3. c) V – F – V – F – V
  4. d) F – V – V – F – V
  5. e) F – F – V – V – F

 

07 – 2018 / FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Consultor Legislativo

O artigo 60 da LDB dispõe que a caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial serão caracterizadas a partir de critérios estabelecidos

  1. a) no Plano Nacional de Educação (PNE) que estabeleceu a meta de universalização da escolarização básica à população de quatro a dezessete anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e superdotação.
  2. b) pelos setores de Educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, tendo em vista a diversidade de atendimento às pessoas com deficiência.
  3. c) nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Especial, documento obrigatório aos sistemas de ensino e unidades escolares, elaborado pelo Conselho Nacional de Educação.
  4. d) pelos setores de Educação dos entes federados, a partir do cálculo do custo aluno qualidade (CAQ) para fins de suporte financeiro às entidades especiais conveniadas.
  5. e) pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino dos entes federados, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.

 

08 – 2019 / IBADE / Prefeitura de Porto Velho – RO / Professor – Letras

A educação inclusiva é um caminho para encarar o desafio de valorizar a diversidade que chega à escola sem ignorar o que há de comum entre os seres humanos.

Considere as afirmações sobre uma escola que trabalha na perspectiva da educação inclusiva.

I- Estimula parcerias entre estudantes com e sem deficiência e impede que ocorram interações entre a escola, as famílias e os profissionais de saúde.

II- Evita debates sobre situações cotidianas que envolvem intimidação vexatória direcionada aos que correm risco de exclusão.

III- Investe na organização de sala de recursos multifuncionais, oferece Atendimento Educacional Especializado (AEE) e serviços de educação especial.

IV- Matricula estudantes com necessidades educacionais especiais e considera que o trabalho a ser realizado é de responsabilidade exclusiva do professor.

V- Organiza espaços em que os professores e gestores elaboram estratégias que atendam ao grupo e às necessidades especiais.

Está correto o que se afirma, apenas, em:

  1. a) I e IV.
  2. b) I e V.
  3. c) II e III.
  4. d) II e IV.
  5. e) III e V.

 

09 – 2018 / Colégio Pedro II / Colégio Pedro II / Produtor

A formação do professor para atender estudantes com necessidades educativas específicas e desenvolver trabalhos em equipe é fator indispensável para garantir a inclusão. O inciso III do art. 59 da LDB aponta dois perfis de professores para atender às exigências da escola inclusiva: o professor da classe comum, que deverá ser capacitado, e o professor especializado em Educação Especial. Ainda segundo a lei, aos professores que já exercem o magistério serão oferecidas oportunidades de formação continuada, inclusive em nível de especialização, pelas instâncias educacionais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. No caso dos cursos de licenciatura, é necessário que o assunto esteja presente em sua matriz curricular obrigatória, já que, por lei, a inserção de estudantes com necessidades específicas é uma realidade nas escolas públicas brasileiras.

O professor de teatro que esteja inserido numa escola que atende estudantes com necessidades educativas específicas deve

  1. a) atender ao princípio da igualdade de todos, para que o acesso ao currículo seja adequado às condições dos discentes incluídos, porém deve estar atento para não prejudicar os demais estudantes ao criar condições favoráveis aos que apresentem necessidades educacionais específicas.
  2. b) dar ênfase e fazer, com o seu olhar atento, um diagnóstico clínico do estudante para que a escola possa elaborar atividades que atendam às suas necessidades específicas e, desse modo, faça um planejamento assertivo, incluindo uma avaliação que colabore com o progresso do estudante.
  3. c) pressupor que o estudante com necessidades específicas pode ajustar-se aos padrões de normalidade e acompanhar o desenvolvimento das atividades em sala, incentivá-lo a vencer o desafio de ajustar-se à diversidade da escola e trabalhar de forma igualitária juntos aos colegas.
  4. d) realizar avaliações pedagógicas dos estudantes que apresentem necessidades educacionais específicas no decorrer do processo educativo, objetivando identificar barreiras que estejam impedindo ou dificultando esse processo em suas múltiplas dimensões.

 

10 – 2018 / FUMARC / SEE-MG / Especialista em Educação – Orientação

Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, a avaliação do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com: a) a experiência de seu corpo docente, diretores, coordenadores, orientadores e supervisores educacionais; b) o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema; c) a colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho, Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário.

(Fonte: Art. 6º, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica /Secretaria de Educação Especial. MEC/SEESP, 2001).

Analise as seguintes asserções:

  1. O Art. 6º, das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), em consonância com a Declaração de Salamanca (1994), dispõe que toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas e que os sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades.

PORQUE

  1. Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a ela a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.

A respeito dessas asserções, é CORRETO afirmar:

  1. a) I e II são proposições falsas.
  2. b) I e II são proposições verdadeiras e II é uma justificativa correta de I.
  3. c) I e II são proposições verdadeiras, mas II não é uma justificativa correta de I.
  4. d) I é uma proposição falsa e II é uma proposição verdadeira.
  5. e) I é uma proposição verdadeira e II é uma proposição falsa.

 

11 – 2018 / CEPS-UFPA / UFPA / Pedagogo

De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, documento muito importante no conjunto da legislação educacional brasileira, é correto afirmar que

  1. a) a educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões e terminologias, mas atualmente defende o direito de todos os alunos de estarem juntos na escola.
  2. b) a política garante o direito dos alunos excepcionais à educação, estabelecendo que para integrá-los na comunidade esses alunos devem se enquadrar, dentro do possível, no subsistema geral de educação.
  3. c) essa política está fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determinando formas de atendimentos clínico-terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio de diagnósticos, definem as práticas escolares para os estudantes com deficiência.
  4. d) a política institucionaliza o tratamento especial para os estudantes com deficiências físicas e mentais, para os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e para os superdotados.
  5. e) a política não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e acaba reforçando o seu encaminhamento para as classes e escolas especiais.

 

12 – 2018 / FUMARC / SEE-MG / Professor – Língua Portuguesa

Numere a Coluna 2 conforme a Coluna 1, levando em consideração os recursos de acessibilidade que o estudante com Necessidades Educacionais Especiais precisa ter, com a adaptação no seu currículo, garantindo-lhe o direito à aprendizagem e efetividade na vida escolar.

Coluna 1

Aluno com NEE

1 Aluno Surdo

2 Aluno Cego

3 Aluno Superdotado

4 Aluno com Transtorno do Espectro Autista

5 Aluno com Deficiência Intelectual

6 Aluno com Paralisia Cerebral

 

Coluna 2

Recursos necessários

( ) Rotina diária organizada, agenda com esquema de aulas com símbolos ou desenhos, ordens claras e cartões de comunicação.

( ) Teclados especiais, programas para uso no computador (como instrumento para escrever), tesoura adaptada, engrossadores e material pedagógico adaptado.

( ) Material pedagógico adaptado para facilitar sua compreensão, material concreto para auxiliar na matemática, adaptações curriculares nas provas e no material da aula.

( ) Uso de tecnologias computacionais: softwares educativos, enciclopédias digitais, jogos pedagógicos e simuladores.

( ) Aprendizagem do Português como segunda língua e aprendizagem da LIBRAS como língua materna para aperfeiçoar.

( ) Recursos didáticos em alto relevo, reglete e punção, recursos ópticos e programas leitores de tela

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

  1. a) 5, 4, 2, 6, 1 e 3.
  2. b) 4, 6, 5, 3, 1 e 2.
  3. c) 3, 4, 5, 2, 6 e 1.
  4. d) 2, 1, 6, 5, 3 e 4.
  5. e) 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

 

13 – 2018 / Colégio Pedro II / Colégio Pedro II / Professor – Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Em 1989, durante uma viagem a Portugal, passei o dia, em uma escola, com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas. No fim da aula, a professora da turma perguntou se eu preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Escolhi a segunda opção. Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria? Para minha surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. E ele, então, dançou para mim. […] Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (Mantoan, Maria Teresa Égler. Inclusão promove justiça. Disponível em: https://inclusaoaee.wordpress.com/category/entrevistas. Acesso em: 29 jul. 2018. Adaptado).

A Declaração de Salamanca (1994) foi um importante marco histórico para a Educação Especial, na perspectiva inclusiva. Entretanto, 24 anos ainda não foram suficientes para a conquista dos objetivos propostos.

Refletindo sobre o relato de Maria Teresa Mantoan e a Declaração de Salamanca, assinale a alternativa que apresenta a concepção proclamada no documento.

  1. a) Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso a uma educação inclusiva de qualidade que os ajude a superar suas deficiências.
  2. b) Toda criança apresenta características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são iguais, quando nas mesmas fases de desenvolvimento.
  3. c) Toda criança com deficiência tem direito fundamental à educação, preferencialmente em escola especial, e a ela deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.
  4. d) Escolas com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras e comprometidas com o desenvolvimento e a aprendizagem de todos.

 

14 – 2018 / FCC / Prefeitura de Macapá – AP / Pedagogo

A escola inclusiva constitui um modelo educacional que

  1. a) reconhece o direito de inclusão das pessoas com deficiência para frequentarem escolas comuns.
  2. b) considera igualdade e diferença como valores indissociáveis acolhendo a todos.
  3. c) recomenda que existam escolas diferentes para atender aqueles que são diferentes.
  4. d) organiza classes homogêneas para garantir ensino equivalente para todos os alunos.
  5. e) trabalha a partir da meta de igualar a todos, superando suas diferenças em relação à maioria.

 

15 – 2019 / IF-ES / IF-ES / Pedagogo

A Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, enumera que são público-alvo estudantes que dentre outras especificidades possuem transtornos globais do desenvolvimento. Segundo a Resolução, enquadram-se nesta especificidade citada, de acordo com o artigo 4º , item II, EXCETO:

  1. a) Aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor.
  2. b) Autismo clássico.
  3. c) Síndrome de Asperger.
  4. d) Síndrome de Rett.
  5. e) Tetraplegia.

GABARITO

1

B 6 C 11 A
2 A 7 E 12 B
3 A 8 E 13 D
4 B 9 D 14 B
5 D 10 B 15

E

 

Um forte abraço.

Professores Carlinhos Costa e William Dornela

Carlinhos Costa

Carlinhos CostaServidor Efetivo da Agência Nacional de Águas e da Secretaria de Educação do DF, ocupando atualmente o cargo de Analista Processual e Administrativo, com passagens pela assessoria do Subsecretário de Educação Básica, Diretoria de Ensino Fundamental, Gestor de Escola Pública e Coordenador Intermediário. Técnico em Magistério para a Educação Infantil e Anos Iniciais dos Ensino Fundamental, Graduado em Ciências Biológicas e Pedagogia, Especialista em Direito Educacional e Gestão/Orientação Educacional e Mestre em Metodologia do Ensino. Professor de Cursos Preparatórios para Vestibulares e Concursos desde 2007. Professor desde 2001 e atuação em todos os níveis da educação escolar.

 

William Dornela

William DornelaMestre em Comunicação Social, especialista em Docência de Ensino Superior, e graduado em Pedagogia e Jornalismo. Possui experiência na área de educação internacional pela Language Studies International (LSI, Canadá). É também servidor efetivo da Secretaria de Educação do Distrito Federal, desde 2009. Atualmente atua como supervisor escolar da rede pública de ensino do DF.

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