Muitas décadas após a famosa (ou seria famigerada?) “queima dos sutiãs” (que, na realidade, nunca existiu), aqui estamos nós, mulheres, no auge de um novo despertar da consciência e do poder femininos. Muitas vezes, aqui do meu cantinho, me pego conjecturando sobre a reação dos homens em relação a esse ressurgir da mulher na superfície do mundo: surpresos – com a pujança desse incipiente movimento; curiosos – para saber aonde elas querem chegar desta vez; assustados – pelo receio de perder novamente a sua ‘liderança’. Mas, como dizia a brilhante Clarice Lispector, temos medo apenas daquilo que é novo… se a gente se acostuma, passa a ser natural. E sabemos todos que esse “movimento” é absolutamente inexorável… aliás, quanto mais resistência houver, maior será a energia empreendida em prol deste novo alvorecer!
Todos os fatos nos encaminham para a constatação desta nova realidade que se instaura: concursos públicos antes exclusivamente elaborados por e para os homens tiveram de incluir uma quota razoável de vagas para as mulheres… e alguns até ampliaram essa quota, como é o caso da Polícia Militar do Distrito Federal. Profissões antes exercidas unicamente por homens, desde os mais humildes cargos até chegar aos CEOs das empresas transnacionais, agora são compartilhadas com as mulheres. E a gama de exemplos só vem aumentando…
Desde o meu cantinho, tenho observado um trânsito bastante expressivo das mulheres em um “território” que é também muito povoado por homens – o dos preparatórios para concursos públicos. A quantidade de mulheres que estão se preparando para os mais diversos certames é impressionante, inclusive para carreiras tradicionalmente “masculinas” como as militares e fiscais. E, mais, houve um aumento considerável de mulheres que atuam também na docência, nesses preparatórios (online, inclusive), nas mais diversas áreas do conhecimento. Longe estamos daquele tempo em elas somente atuavam na carreira de magistério.
Entretanto, seria inocência acreditarmos que esse movimento surge de forma pacífica, absolutamente correta e ordenada, pois, como toda “revolução”, ele carrega em si os seus contrastes e equívocos. Por exemplo, vemos, por meio dos principais canais de comunicação, atitudes equivocadas de determinadas mulheres que confundem esse “poder” que lhes é conferido e invertem os valores, adotando atitudes desrespeitosas para com toda a sociedade – e até para consigo mesmas. Esse é o tipo de “feminismo” que devemos combater! Aliás, essa palavra tão bonita – por causa desse mesmo agir equivocado – adquiriu nos últimos tempos uma carga semântica pejorativa!
Não!!! Não é isso que as mulheres conscientes querem! Não querem uma inversão de papéis com os homens, tampouco pensam em “levantar bandeiras sexistas” de forma agressiva e intimidadora. Não querem ser rotuladas e nem classificadas por cores quaisquer. Ao contrário, o que desejam é apenas o reconhecimento de que também são seres pensantes e atuantes em uma sociedade cada dia mais plural. Enfim, querem livrar-se de estereótipos de todo tipo e serem reconhecidas, acolhidas e respeitadas como seres humanos que são – detentores do direito de usufruir, também, de um lugar ao sol!
FELIZ 8 DE MARÇO A TODAS AS MULHERES!!!
QUE O FUTURO SEJA MAIS LEVE!!
Vânia Araújo
Licenciada em Letras, pela Universidade de Brasília (UnB). Ministra aulas de Interpretação de textos e de Redação Discursiva há mais de dez anos nos principais cursos preparatórios para vestibulares e concursos do Distrito Federal.
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Belas Palavras!amei
Professora, o seu texto não é honesto ao não dizer o que considera atitudes equivocadas de determinadas mulheres, desrespeitosas para com toda a sociedade e até para consigo mesmas – simplesmente, jogou uma frase de efeito para o alto!. E se são atitudes equivocadas e desrespeitosas, porque a senhora as categoriza como sendo “feminismo”? Ao incluir o termo feminismo uma única vez no texto, “definindo-o” pelo que ele não é, a senhora prestou um grande desserviço aos leitores.
Belíssimo texto. Parabéns, professora.
Amei !!!!