Todo o tempo ocorrem mudanças. A vida não para, e tudo segue mudando o tempo inteiro. Sem contar que nossa jornada na Terra é muito, muito curta. A vida é um sopro, resumiu o saudoso Oscar Niemeyer. O tempo, irreversivelmente, foge. Foge, não; voa. Na verdade, ele apenas vai em frente, “anda de ida”, nas belas palavras de Manoel de Barros. “A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece e morre”, ensina. Simples assim. Inexorável assim.
“Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste”, continua o poeta. Queremos mesmo permanecer no presente, agarrar-nos às coisas boas e curtir o momento “como se não houvesse amanhã”, nos dizeres de Renato Russo, outro gigante da poesia brasileira.
Mas será possível fazer isso?
A dura verdade é que a impermanência é a lei da vida. Inútil querer prender o tempo, pedir para ele parar, impedi-lo de seguir seu curso. Ele simplesmente passa, esvai-se, com novas e sucessivas mudanças, para o bem ou para o mal.
Todos nós gostaríamos de deixar um legado, assegurar de alguma forma nossa imortalidade e transcendência, seja plantando uma árvore, tendo um filho, escrevendo um livro… No entanto, tudo é efêmero, passageiro, e a única vida que temos de verdade ainda está no agora. Isso nos faz lembrar, uma vez mais, que tudo vai ficando para trás, inclusive a nossa saúde, a nossa beleza e o nosso vigor. Tudo se acaba, até para abrir espaço ao novo. A finitude é inerente ao ciclo da vida.
Mesmo o pilar representado pelo trabalho uma hora há de ruir, não importa a qualidade do concreto nele depositado. O trabalho é obviamente relevante em nossa existência. É o que nos provê, o que garante nossa subsistência. Em última análise, é ele que nos permite sobreviver. Nem por isso, porém, deve ser romantizado. Nenhuma forma dele, entende?
O que estou dizendo é que nossas escolhas em matéria de trabalho e, por extensão, de estudo devem ser guiadas pelo pragmatismo de quem os enxerga como meios de alcançar algo, e só. Não de quem os vê como um fim em si mesmos, sabe? Até porque pensar dessa forma impõe uma agonia sem fim, já que, como vimos, o trabalho também acaba um dia.
Temos diante de nós uma tela em branco na qual cada um vai depositar as suas cores e pintar a sua história, mimetizando ali o seu jeito de ser e suas possíveis reações diante de cada situação ou problema. Cada qual vai oferecer sua própria resposta, individual e intransferível. É bom que seja assim.
Enfim, não há como segurar o tempo. Já somos mais de 8 bilhões e 67 milhões de pessoas no mundo. Todos os anos morrem cerca de 48 milhões de nós, mas nascem outros 107 milhões. São mais de 3,8 mil novos seres humanos todos os dias. É vida que segue, como numa incrível roda gigante: uma hora se está em cima, outra se está lá embaixo. Só podemos curtir o movimento, aprendendo a lidar com esse contínuo subir e descer, numa única certeza, a de que o presente é a vida (única) que da vida recebemos.
Cada escolha e cada ação funcionam como elos cruciais na corrente do tempo, não só moldando o presente como também reverberando nas páginas já escritas e nas possibilidades que ainda se revelarão. É nesse ponto de convergência entre passado e futuro que nossa existência presente ganha significado e propósito.
Então vamos juntos, conscientes da preciosidade que é o momento atual. Tratemos de vivê-lo plenamente, aproveitando todo inspirar e exalar da respiração e absorvendo as nuances da existência. Toda batida do coração é um lembrete sutil de que a vida é fugaz, e a verdadeira riqueza está na experiência que somos capazes de acumular enquanto dançamos no palco do agora. “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para” – Lenine
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