Vencendo os hábitos

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Tudo em nossa vida é feito de rotinas. Como seres sociais, precisamos dessas rotinas para viver. Um computador precisa dessas rotinas para conseguir realizar funções básicas, e a nossa mente é composta por infinitas programações que, desde o nascimento, construímos, amadurecemos e evoluímos ao longo de nossa existência. Essas rotinas são extremamente necessárias, pois compõem desde o mínimo que dita nossa sobrevivência, como os instintos básicos, até aspectos maiores que formam nossa personalidade. Aprendemos desde cedo que não devemos colocar a mão no fogo, e evoluímos a ponto de realizarmos tarefas complexas, como dirigir veículos de maneira quase automática.

Porém, ao mesmo tempo em que criamos rotinas e hábitos para nos tornamos cada vez mais capazes de realizar tarefas complexas utilizando menos de nossa capacidade cognitiva, também criamos rotinas e hábitos que tendem a trazer prejuízos e malefícios. Um exemplo é o preconceito.

“Pré-conceitos” são vitais para a criação de rotinas e instintos básicos. São esses conceitos previamente concebidos que mobilizam nossa mente e permitem a realização das multitarefas cotidianas. Vou além. Esses conceitos previamente concebidos nos ajudam quando tomamos decisões, quando fazemos comparações, dentre outras coisas. O problema é quando lidamos com o preconceito.

“Preconceito” já são conceitos que tendem a atingir a pessoa que os formula, terceiras pessoas, objetos, situações fáticas ou sensações, diminuindo-os por valores ou sujeições que foram atribuídas previamente de forma equivocada ou baseadas em preceitos derivados de concepções errôneas, com base em ideias não condizentes com a realidade. Em suma, são conceitos e ideias que foram previamente elaboradas de forma errada, porém teimam em permanecer vivas na mente de quem os elabora ou são criadas sob esta ótica. O preconceito pode ser de ordem social, ideológica, étnica, e por aí vai. E todos são errados. Aqui repito: o pré-conceito é vital para nossa existência, mas o preconceito deve ser completamente erradicado de nossa mente.

E um dos maiores preconceitos que um concurseiro tem de lidar é com a falsa percepção de que quem estuda não está fazendo nada. Quem nunca ouviu de um familiar pedindo para ir ao banco, fazer compras no supermercado, ou realizar qualquer tarefa, sob a justificativa de que “está só estudando”? Quem nunca sentiu vergonha de falar em uma roda de amigos que está estudando para um concurso?

Essa vergonha, essa diminuição deve sair de sua cabeça. Sim, você está estudando. Mas não só estudando. Está estudando para um concurso público. Está se dedicando em uma árdua tarefa que visa atingir seu sonho. Está em uma jornada que muitos entram, mas poucos saem vitoriosos. Não porque não podem conseguir, mas porque são poucos os que têm força de vontade suficiente para permanecer.

Vença esse preconceito! Vença esse péssimo hábito! Vença esse tipo de pensamento negativo! O primeiro desafio que vai enfrentar em qualquer jornada começa em sua própria mente. Ali está o diferencial entre a vitória e a derrota. Acredite que é um vencedor. Não tenha vergonha do caminho que tem a percorrer. E, acima de tudo, levante a cabeça. Levante a cabeça e não tenha medo de falhar. “Ouse, e forças poderosas o ajudarão”, Goethe disse isso.

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