Concurso INSS: Instituto espera autorização para abrir 4.730 vagas. Detalhes com especialista!

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou na última quarta, dia 6, que está em análise no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a solicitação para o preenchimento de 4.730 vagas. As 2 mil vagas para técnico do seguro social não foram alteradas. Já a oferta de médico perito foi ampliada de 1.080 para 1.150. As outras 1.580 vagas incluídas são para analista do seguro social.

A autarquia tem um concurso em validade para essa última carreira, buscando, inclusive, a nomeação de mais candidatos além das 300 oportunidades iniciais. Caso receba autorização para as vagas de analista, o INSS somente poderá realizar a seleção caso a lotação ou as especialidades da carreira forem diferentes das oferecidas do concurso em vigor, conforme estabelece o Decreto nº 6.944/2009. A validade da seleção vai até maio de 2015, podendo ser prorrogada por mais um ano.

Para mais detalhes, entrevistamos o professor Carlos Mendonça. Confira:

Gran Cursos: Recentemente, o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps), Alexandre Lisboa, afirmou que realizar uma nova seleção para o INSS é imprescindível para que a autarquia continue a prestar um bom serviço à população. O senhor concorda?

Carlos Mendonça: Sim, o INSS tem um quadro envelhecido de servidores, em razão da ausência de concurso por vários anos, o que se traduz na iminência de vários servidores antigos virem a se aposentar a qualquer momento. O quadro precisa ser reposto imediatamente para que não haja um hiato no atendimento. Por isso o pedido de realização de novo concurso.

GC: Professor, o Ministério da Previdência solicitou ao MPOG 4.730 vagas, sendo 2 mil para técnico (nível médio; R$4.400,87) e o restante para perito médico (R$10.056,80). No entanto, a Anasps alega que a atual carência é superior a 10 mil servidores. O senhor acredita que as 4.730 vagas serão autorizadas ou os concurseiros podem esperar algo maior?

CM: Sim, o Ministério da Previdência realmente já pediu a elevação para 4.730 vagas, todavia, os cargos para nível técnico permaneceram inalterados. Assim sendo, a oferta de médico perito foi ampliada para 1.150. O restante das vagas serão destinadas para analista do seguro social.

GC: Repor as vagas dos servidores que se aposentaram, atender o plano de expansão da rede de atendimento, ampliar o horário de atendimento para a população. São alguns dos fatores pelos quais se faz necessário a realização de um novo processo seletivo para o INSS. O que pode ser feito para que os trâmites do processo seja agilizado?

CM: O INSS é a maior Autarquia do país, atende milhares de pessoas por dia que buscam a concessão de um benefício previdenciário. Considerando que o atendimento já é informatizado desde 1993, a forma mais adequada de agilizar o atendimento é prover de novos servidores as agências, o que tem sido feito através da realização regular de concurso.

GC: Milhares de concursos estão sendo abertos, todos os anos, qual o diferencial do INSS se comparado as demais autarquias?

CM: O INSS está presente em todos os Estados da Federação, o que permite que o candidato trabalhe no seu próprio Estado. Ademais, a previdência pertence ao ramo social, o que trás uma satisfação muito grande para o servidor. Não é qualquer carreira que permite ver o sorriso do cidadão ao receber a informação de que seu benefício será concedido. Some-se a isso a especialização na matéria previdenciária. No INSS, técnico, analista e procuradores tratam do mesmo tema, o que confere ao servidor uma especialização que não se encontra presente em outros ambientes do serviço público. Isso é um diferencial.

GC: O que o senhor tem a dizer aos milhares de concurseiros que desejam conseguir uma vaga no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)? Eles farão uma boa escolha?

CM:Certamente que sim. Se você quer se sentir útil à população, vai trabalhar na Autarquia certa. Além disso, o salário do INSS está acima da média da iniciativa privada, há um plano de carreira que permite uma aposentadoria confortável. O número de vagas é outro atrativo.

GC: Professor, sabemos que somente com preparação intensa se descobre o caminho mais curto para os resultados práticos, ou seja, a vaga na carreira pública. Quais os caminhos que o concurseiro de plantão precisa seguir para conseguir a tão sonhada aprovação no INSS? Existe um plano de estudo especifico? Quais matérias estudar?

CM: A opção pelo concurso público é uma decisão pessoal que pode mudar a vida do candidato. O que diferencia um candidato do outro é a determinação. É a vontade de vencer. Muitos candidatos escolhem o concurso por conta do salário e da estabilidade, mas esquecem que o resultado é fruto da dedicação. Antes de imaginar a aprovação, o candidato deve prever um árduo caminho de estudo e de abnegação. Essa é a chave para o sucesso. Estabelecida a convicção de que esse é o caminho a ser trilhado, o candidato deve se basear no edital anterior, dando máxima atenção a todas as matérias, com especial dedicação ao Direito Previdenciário, ante o elevado número de questões.

A lei de benefícios deve ser o carro chefe dos estudos, mesclando teoria com muitos exercícios. No momento em que o índice de acertos superar os 80%, o candidato está apto a conseguir uma das vagas. O pleno êxito no concurso é decorrência da dedicação de cada um. Não existe fórmula mágica. O segredo é estudar com afinco. Nada pode tirar o foco do estudo. Aqui, como em qualquer competição, vence o melhor preparado, ou seja, quem fez por merecer a tão sonhada vaga.

– Tome nota

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se reuniu com a Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) para avaliar o novo pedido de concurso feito ao Ministério do Planejamento. O presidente da Anasps, Alexandre Barreto, informou que ainda está analisando a nova solicitação, para saber se houve uma divisão correta do número de vagas pelos cargos. Segundo Alexandre, o fato do acréscimo de vagas ter ocorrido nas funções de analista e perito médico, não havendo aumento na de técnico, pode não resolver o atual problema de pessoal da autarquia, já que o último cargo é o que tem mais necessidade.

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