Diferenças entre bancas

Por
3 min. de leitura

bancas

Por: Fabrício Dutra

Ao longo das nossas aulas, digo continuadamente que o mais importante, em concursos públicos, é a criação de uma grande intimidade com o perfil da banca que organizará o seu concurso.

Para isso, além de dominar a teoria, é necessário realizar o maior número de questões possível para evitar surpresas na hora da prova. Fazer estatísticas do que mais tem aparecido é uma estratégia, de igual forma, interessantíssima; embora eu pense que este seja uma missão inerente ao professor. A sala de aula dos cursos preparatórios é um ambiente em que, além da teoria gramatical, deve ser mostrado como cada banca aborda determinado assunto.

Em vez de fazer um texto genérico sobre a diferença da Gramática nas bancas, tomarei como exemplo um específico assunto presente em praticamente todas as provas e editais e pelo Brasil: o emprego do acento indicativo de CRASE.

A Gramática do ensino escolar transmitia a impressão de que o estudo da crase consistia em decorar um caminhão de regras de permissão e proibição do uso do acento que indica a crase. Isso, certamente, torna o estudo de crase algo enfadonho.

O aluno da “tia” hoje é um candidato a uma vaga no serviço público – em busca uma estabilidade e um futuro melhor. Quando se depara com uma questão de crase, pensa: por que houve este acento grave? Qual a regra? Qual a justificativa? Tentará recorrer à memória: “em qual regra das que eu decorei este caso se encaixa?”. O resultado é certo: VAI DAR BRANCO!

É preciso entender, de uma vez por todas, que as questões de crase exigirão do aluno o reconhecimento do verdadeiro motivo para ter ocorrido o fenômeno. Entender qual é o termo regente (que exige a preposição a) e qual é o substantivo feminino (que admite o artigo a) é muito mais eficaz do que decorar uma lista chata de regras. O candidato também precisa saber os casos de locuções femininas, que recebem acento grave diferencial. Importante se faz, então, o estudo das Classes Gramaticais. Dentro do assunto Crase, é preciso saber reconhecer uma locução adverbial ou adjetiva, para que a preposição presente nestas não seja confundida com um artigo. Observe: Saiu a francesa x Saiu à francesa.

Cada banca tem uma forma particular de elaborar questões de crase. A seguir, serão mostradas as diferenças de abordagem referentes às bancas organizadoras. Nunca se esqueça de que a melhor forma de fazer uma boa prova é dominar o estilo da banca. Crase é um assunto cobrado por todas, mesmo que o estilo seja diferente, o acento grave indicativo de crase é conhecimento obrigatório para os candidatos, em qualquer concurso.

Banca Como cobra CRASE
CESPE – Justificativa do acento grave. Qual palavra exigiu preposição? Qual palavra admite o artigo?- Reescritura de trechos do texto, retirada ou inclusão de acento grave.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave.- Crase facultativa.- Acento grave nas locuções femininas.

– Paralelismo sintático.

Fundação Carlos Chagas – Preenchimento de lacunas com: a, à, as, às.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave.
IBFC – Análise de correção ou incorreção do emprego do acento grave.- Preenchimento de lacunas com: a, à, as, às.- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.- Crase nas locuções femininas
ESAF – Preenchimento de lacunas com: a, à, as, às. Os famosos quadradinhos da ESAF.- Atenção grande com os casos de PARALELISMO.
FUNCAB – Substituição de segmentos do texto, em qual proposta o acento grave se mantém.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.
CESGRANRIO – Busca pela opção em que deveria ter sido usado o acento grave. A banca retira todos os acentos.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave.- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.
CETRO – Busca pela opção em que deveria ter sido usado o acento grave. A banca retira todos os acentos.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave
FUNIVERSA – Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave- Justificativa do acento grave. Qual palavra exigiu preposição? Qual palavra admite o artigo?- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.
IADES – Crase facultativa, reescritura.- Justificativa do acento grave. Qual palavra exigiu preposição? Qual palavra admite o artigo?
CEPERJ – Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave
VUNESP – Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.
FEPESE – Análise de casos facultativos de crase.- Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave- Locuções adverbiais.
INSTITUTO CIDADES – Análise de correção do acento grave, com substituições de trechos do texto.- Justificativa do acento grave. Qual palavra exigiu preposição? Qual palavra admite o artigo?- Preenchimento de lacunas com: a, à, as, às.- Crase nos demonstrativos: àquele, àquela e àquilo.
FUNRIO – Análise de correção do acento grave, com substituições de trechos do texto.- Justificativa do acento grave. Qual palavra exigiu preposição? Qual palavra admite o artigo?- Preenchimento de lacunas com: a, à, as, às.
FUNDAÇÃO DOM CINTRA – Busca pela opção correta ou incorreta quanto à ocorrência ou não de acento grave.- Locuções adverbiais.










Por
3 min. de leitura

Tudo que sabemos sobre:

bancas palavra de quem entende