Para alcançar o objetivo da tão sonhada aprovação é preciso estudar horas, se dedicar de verdade. São muitos os detalhes que podem fazer a diferença em sua preparação. E um dos detalhes mais importante é conhecer o estilo de cada banca organizadora. Tomar conhecimentos de cada detalhe, isto é, a maneira como aborda e cobra o conteúdo, bem como seus critérios de correção, pode ser determinante para o seu sucesso.
Para os especialistas ouvidos pelo Gran Cursos Online, o principal desafio a ser vencido pelos candidatos não é apreender o conteúdo proposto no edital, e sim decifrar os ‘códigos’ usuais dos examinadores. “Para vencer as bancas é necessário conhecê-las profundamente, traçando minucioso estudo de suas características, pensamentos, peculiaridades, preferências. Pensando nisso elaborei este guia com as principais características das organizadoras mais atuantes. É para auxiliar os candidatos a vencerem esta batalha”, comenta um de nossos especialistas.
“A metodologia é a primeira grande diferença que se verifica na correção das provas entre o Cespe – a principal banca de concursos públicos do país – e as demais bancas examinadoras. O Cespe utiliza, basicamente, o sistema de Certo ou Errado, o que significa que o candidato tem 50% de chance de acertar cada resposta. A banca adota o sistema de correção em que cada resposta errada anula uma certa – o que leva o candidato a pensar duas vezes antes de chutar. O teste também pode ser de múltipla escolha, privilegiando o raciocínio interdisciplinar, o que exige um amplo conhecimento das matérias do concurso”, finaliza.
Acompanhe abaixo a explicação de como as principais bancas organizadoras cobram a Língua Portuguesa em seus certames:
Cespe/UnB
Abordagem: Pensamento mais “moderno” em termos de visão linguística.
Características: Bons textos selecionados, autores conhecidos e temas da atualidade sobre: textos adaptados de sites da internet.
Temas recorrentes: Política, Economia e decisões recentes (em artigos jornalísticos).
O que cobra: Funções dos termos QUE e SE; sinais de pontuação; concordância. Questões de acentuação/ortografia.
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Iades
Abordagem: Gramática normativa e linguística textual.
Características: Textos longos. As questões privilegiam o conhecimento gramatical do candidato.
Temas recorrentes: Tendência de temas relacionados à área de atuação do órgão, instituição etc. Caso seja Conselho Federal de Administração, os temas serão da área administrativa.
O que cobra: Correção gramatical das reescrituras. Acentuação e ortografia vigentes. Período simples e composto. Colocação pronominal. Valores semânticos das preposições.
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Esaf
Abordagem: Mais estruturalista.
Características: Exige conhecimento da lógica da estruturação
Temas recorrentes: Temas sociológicos/filosóficos.
O que cobra: Principalmente “a alternativa que continua o texto” ou “assinale a alternativa que não pode ser a conclusão do texto”. Estudar: estrutura do parágrafo, coerência e coesão.
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Cesgranrio
Abordagem: Entre a gramática normativa e linguística textual.
Características: Nível de cobrança mais simples.
Temas recorrentes: Linguagem não verbal, como a charge. Textos provenientes do jornal O Globo.
O que cobra: Acentuação, funções sintáticas, concordância, regência e pontuação.
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FGV
Abordagem: Estudos sintáticos ligados ao texto.
Características: Textos bem trabalhados e vocabulário repleto de linguagem metafórica.
Temas recorrentes: Políticos e Econômicos.
O que cobra: Orações subordinadas e coordenadas; uso de conectivos. Cobrança de vocabulário.
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Consulplan
Abordagem: Gramática normativa. Textos pequenos.
Características: Não contextualiza a cobrança dos conhecimentos gramaticais ou contextualiza pouco.
Temas recorrentes: Sociologia e direitos humanos. (O Globo e textos poéticos).
O que cobra: Colocação pronominal, pontuação, período simples e composto, acentuação e ortografia, uso de vocábulo, crase.
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Bons estudos!
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