Eu queria escrever como Saramago, uma escrita que envolve todo leitor, mas aqui escreverei como Yuri , e você pode me considerar um professor, um coach , até mesmo um escritor; mas, hoje e sempre, eu serei um amigo que quer o seu bem. Então, vamos ao artigo.
Você já se imaginou cego ?
Você que nasceu enxergando, vendo todas as coisas maravilhosas do mundo, conseguindo enxergar você mesmo , seus pais e irmãos e tudo a sua volta . Já pensou que você, às vezes, dirigindo, pode ter uma apagão e começar a enxergar tudo branco? Ou quem sabe na biblioteca isso também possa acontecer.
A cegueira é uma doença que, na maioria das vezes, não é contagiosa, mas, quando o assunto é concurso público, o contágio é maior do que o vírus Ébola .
Antes de falarmos diretamente sobre o que seria essa cegueira, quero lhe contar uma história, que provavelmente você já passou e eu também, a ida ao oftalmologista :
“Esse… ou este?”
“Hmm, esse.”
(Tec)
“Eeeesse ou este?”
“Este. Pera. É, este mesmo.”
(Tec, tec)
“Esse ou… o anterior?”
“Puts, acho que o anterior:”
(Tec)
“Esse ou eeeeste?”
“Difícil… Deixa eu ver… Sem abusar, será o que senhor poderia dar uma repetida nessa última? Vapt-vupt, aquela rapidinha…” “Tá… (tec) Esse ou este?”
“Talvez este, hein?”
“Mas você tinha falado o outro!”
“Ah, doutor, sei lá, o senhor tá de brincadeira.”
É assim que eu me sinto todas as vezes em que vou ao oftalmologista. O que mais me intriga é que, se eu mentir e disser que estou enxergando tudo, eu provavelmente não vou usar óculos e nem lentes , pois o oftalmologista decide sobre a minha visão de acordo com as minhas respostas, e talvez eu nem saiba se realmente elas estão certas.
Embora, sei lá, alguns digam que seria melhor, às vezes, ser cego a ver certas cenas lamentáveis, eu prefiro não ser cego e enxergar todas essas cenas lamentáveis, pois assim aprendo que definitivamente não preciso repetir esses erros. Erros fazem parte da nossa vida e sempre farão, mas, quando você os deixa alimentarem a sua essência e a sua existência, tudo vai por água abaixo .
O primeiro erro que muitos concurseiro cometem é a soberba. Com ela, a pessoa se acha superior às demais , “pisa em ovos”, acha-se um imortal. A soberba é a materialidade de uma pessoa que se acha tão superior às demais que precisa pisar nos outros para se sentir melhor. O soberbo tem baixa autoestima e quer esconder isso através dessa presunção de superioridade.
O segundo erro é o que José Samarago (na minha opinião, o mago da literatura) indaga em sua obra “Ensaio sobre a cegueira”. É o que eu chamo de ego misturado com o “verdadisismo” (o dono na verdade ). Saramago pergunta : “será que precisamos ser realmente cegos para entender a essência de cada um? Parece que nós temos espelhos nos olhos e enxergamos apenas a nós mesmos.
É uma busca incessante por ser o dono da verdade e achar que o mundo gira em torno de si mesmo, que não existe mais ninguém na face da terra a não ser a própria pessoa. O ego misturado com o “verdadisismo” reflete a falta de entender que o mundo é constituído de pessoas, e que cada pessoa tem seus defeitos, qualidades, erram, acertam, choram, sorriem, brigam, vencem, perdem …
A pessoa chagada pelo ego pensa que comunidade é apenas aquele conceito que aprendemos lá na geografia : um conjunto de pessoas que habitam o mesmo lugar, não é apenas isso . Comunidade é algo muito maior , comunidade é um lugar de amor ao próximo, onde estamos em comum unidade ( em uma unidade comum), comunidade é um lugar de interagir, de ajudar, de cooperar. Não pense que esse amor e essa interação serão sempre realizados com carinho, pois aprendemos mais na dor do que no amor, e se um dia você receber uma bronca ou repressão porque está fazendo algo errado , tenha a capacidade de reconhecer a “merda” que está fazendo e melhorar.
O terceiro erro é o que separa os homens dos meninos , as meninas das mulheres. É como aquela música de funk que tem, em sua letra, a Falsiane. Nada se compara ao que a grande Clarice Lispector escreveu : “Tenho duas caras. Uma quase feia, outra quase bonita. O que eu sou? Um quase tudo.”
O erro terceiro não é ser falso com o outros, isso é um desvio de caráter. O terceiro erro é ser falso com você mesmo, e você faz isso quando se compara demais com os outros, você faz isso quando se acha incapaz , você faz isso quando deixa os pensamentos negativos dominarem a sua mente , você faz isso quando não comemora o seu progresso ,as suas pequenas vitórias, você faz isso quando não se acha merecedor de nada, você faz isso quando reclama demais (a palavra reclamar, etimologicamente falando, quer dizer clamar por aquilo que você não quer). Todas essas características revelam que você está em maus bocados.
E, olhe, de uma coisa eu sei , estamos , a cada dia, tomando decisões , tentando acertar um futuro que ainda nos parece obscuro. Você sabe tão bem quanto eu que, para cada escolha, existe uma renúncia e que momentos decisivos acontecem todos os dias.
Na vida, não dá para repetir, a vida não tem bis, precisamos ser espertos e aproveitar os momentos decisivos , aproveitar as oportunidades que nos passam todos os dias . É como o fotógrafo Henri Cartier dizia: para você fotografar, existe uma coisa chamada o momento decisivo. E esse momento decisivo não era apenas regular o ângulo da câmera ou a luz. No memento decisivo, vai acontecer alguma coisa, que, de alguma maneira, vai torná-lo incrível . Em nossas vidas, não é diferente, existem momentos decisivos todos os dias e, se nós não tivermos a capacidade de apreciarmos o momento, não seremos capazes de tomar a decisão certa, aí nós perdemos.
Sair da escuridão da dúvida, sair da escuridão dos erros, sair da cegueira dos concurseiros, sair da escuridão da sua existência. Na escuridão, nem mesmo a melhor das lentes de contato pode nos fazer enxergar, mas você sim tem a capacidade de sonhar e viver, porque sua mente é o motor que vai te levar muito longe . Corra atrás dos seus sonhos. Você nasceu para vencer!
Yuri Lima – 10 anos de experiências em concursos públicos, especialista em inteligência emocional, coach com mais de 607 horas de atendimentos a vários alunos, professor de Cursinho preparatórios para concurso públicos. Minha primeira aprovação foi na Caixa Econômica Federal quando eu tinha 19 anos, desbancando um concurso com 50 mil inscritos, depois tive mais 7 aprovações. Fui aprovado na Secretária de Saúde do DF , MPGO , MPU, Corpo de Bombeiros Militar do DF para o cargo de combatente, Corpo de Bombeiros Militar do DF para o cargo de condutor, AGEPEN – DF e UNB.
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