Olá pessoal ! Vamos de mais um artigo, agora sobre Business Intelligence (BI) 🙂
Este é um tema bem recorrente nas provas de concursos, geralmente correlacionado com conhecimentos sobre Data Warehouse (DW) e ferramentas OLAP (On-line Analytical Processing), bem como em um tempo super importante que irei abordar no próximo artigo, que é sobre Gestão e Governança de Dados, atividade que vem ganhando destaque tanto nas organizações privadas, quanto públicas.
Segundo Efraim Turban:
Business Intelligence (BI) é um termo que engloba ferramentas, arquitetura, bases de dados, Data Warehouse, gerenciamento de desempenho, metodologias e assim sucessivamente, geralmente integrado em uma suíte de software. O objetivo do software é de possibilitar que os gerentes de negócios e analistas em uma empresa acessem qualquer dado da empresa de maneira fácil e rápida, assim como possibilitar as manipulações e análises sobre os dados, que forem necessárias, para tomada de decisão.
Na figura abaixo (chamada de “Uma arquitetura de alto nível BI”, feita pelo Efraim Turban), veremos os principais componentes que fazem parte do universo BI, irei aproveitar para a partir dela detalhar uma série de conceitos, vamos lá!
Essa figura fala por mil palavras!
As Fontes de Dados são, em sua maioria, originadas de sistemas internos e externos à organização. Em um processo que envolve grandes volumes e variedades de dados , uma etapa importante é o da limpeza e transformação dos dados, envolvendo tanto dados estruturados, como não estruturados também. Tal etapa antecede a alimentação do DW com estes dados.
O DW, que é construído pela equipe técnica da organização (ou contratado via terceirização) é disponibilizado em ambiente seguro para acesso pelos usuários de negócio, onde poderão realizar diversas consultas, extrações e explorações dos dados. Geralmente estes dados são disponíveis através de um painel (dashboard), podendo estar em algum portal corporativo na web ou intranet da organização.
Estes dashboards fornecem visão abrangente e visual de medidas de desempenho das áreas de negócio mais importantes para organização, podendo incluir indicadores chaves de desempenho (KPI), permitindo uma visão de tendência sobre alguma área específica.
Já os usuários de alto nível, como gerentes e gestores, irão consumir informações consolidadas a partir de consultas e extrações feitas previamente, para que possam então tomar decisões, atuando em nível mais estratégico e menos operacional. Veja baixo um exemplo de dashboard.
Há muitas ferramentas de software que permitem aos usuários criarem relatórios e consultas sob demanda e realizarem análises de dados. Elas surgiram originalmente com o nome de processamento analítico online (OLAP). Por exemplo, os usuários podem analisar diferentes dimensões de dados, como uma série temporal de vendas em cada região e a análise de tendências. Assim, os usuários de negócios são capazes de identificar com rapidez e facilidade as tendências de desempenho. Essa identificação é feita com a análise de informações cíclicas e recursos de gráficos de produtos que suportem análises de dados mais sofisticadas e integram recursos completos de campos calculados aos relatórios.
Podemos considerar, até o momento, que estamos diante de uma abordagem tradicional de BI, porém vem crescendo muito a vertente do Self-Service de BI, onde a grande ‘sacada’ é dar maior liberdade para os usuários de negócio poderem atuar sem a participação obrigatória de especialistas de TI ou afins.
O conceito de Self-Service de BI tem ganhado espaço nas organizações e isso inclui fortemente as organizações públicas também. A ideia é prover os usuários de negócio com ferramental fácil de ser usado. Ferramentas como Power BI (da microsoft) tem ganhado muito espaço nesta nova vertente, devido ao baixo custo e alta produtividade.
É lógico que nesta nova vertente de deixar os usuários de negócio comandarem seus painéis, existe naturalmente um repasse de conhecimento, que geralmente é comandado pelo núcleo de TI da organização. É comum que existam disponíveis nas intranets ou portais coorporativos das organizações, links disponibilizando tutoriais, sejam em PDF ou em formato de vídeo para facilitar a vida destes novos usuários potenciais.
A grande vantagem do Self-Service de BI é permitir que os usuários finais possam tomar decisões com base em consultas que eles próprios geraram, formulando análises e tomando decisões de forma mais rápida e independente. Mas, nem tudo “são flores”, pois se faz necessário que a organização tenha uma política de controle de dados consistente na organização, para fins de mitigar riscos de elaboração de relatórios inconsistentes e decisões tomadas de forma errada, podendo causar constrangimentos e prejuízos para organização.
Eu citei acima, como exemplo, o uso do Power BI da Microsoft, porém existem vários fornecedores no mercado de ferramentas para SSBI, como por exemplo: Domo, Google, IBM, Birst, Qlik, Salesforce, SAP, Sisense e Tableau.
Questão de Concurso
(CEBRASPE/CESPE/CGM-PB/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO-DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS/2018)
A respeito de business intelligence, julgue o próximo item.
Business intelligence pode ser definido como um processo inteligente de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoração de dados que, depois de processados, geram informações para o suporte e para a tomada de decisões no ambiente de negócios.
Gabarito: Certo.
Vou ficando por aqui, um forte abraço e até o próximo artigo. 😉
Prof. Luis Octavio Lima
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