Depressão, vícios e estudos: como equilibrar a saúde mental?

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Conciliar saúde mental e estudos já é um desafio naturalmente, mas pessoas com depressão, vícios, ansiedade e outros quadros podem ter ainda mais dificuldade. Mas a seguir vamos ver o que pode ajudar nesse caminho.

Então, vamos lá! Se preferir, navegue pelo índice abaixo.

O que é depressão?

Depressão é uma doença caracterizada por uma série de sintomas além da tristeza profunda e contínua. Nessa condição, o sofrimento afeta a capacidade funcional e mesmo as atividades prazerosas ou básicas se tornam grandes desafios.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças”. Ou seja, os impactos da depressão podem levar a disfunções em toda a vida cotidiana: estudos, trabalho, relacionamentos interpessoais e familiares, entre outros.

Episódios depressivos podem ser classificados como leve, moderado e grave, variando de acordo com a intensidade dos sintomas. Além disso, é preciso avaliar também associações com outros quadros, como crises de ansiedade e episódios de mania.

Essa investigação leva a um diagnóstico e tratamento adequado para cada paciente e somente o médico psiquiatra pode atuar nesse caso. Claro que sempre de maneira multidisciplinar com a psicoterapia e outras boas práticas, como a atividade física.

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Como lidar com a depressão nos estudos?

Se você tem depressão já diagnosticada ou se desconfia que possa estar com a doença, sabe que tem dias que até sair da cama é um desafio imenso. Durante episódios depressivos, em menor ou maior grau de acordo com a intensidade, há uma limitação e diversos sintomas, como a falta de concentração, que pode afetar os estudos. Mas como lidar com isso?

Algumas dicas podem ajudar:

  • O mais importante: busque acompanhamento profissional para o correto diagnóstico e tratamento;
  • Respeite sua saúde mental e física: nem todo dia será bom e produtivo, não se cobre tanto;
  • Organize as tarefas que você tem que fazer e dê prazos para elas, mas se tiver em crises e não conseguir cumprir, respire e recalcule a rota, não se cobre tanto;
  • Comece pelo básico: sua meta do dia pode ser resolver 10 exercícios matemáticos, mas se você não está conseguindo, tente um e celebre cada mini conquista;
  • Visualize um futuro positivo e se comprometa com ele, assim, você se motiva a traçar etapas até chegar lá.

Leia também: 7 dicas para lidar com a ansiedade nos estudos.

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Vícios mais comuns e por que devemos prestar atenção neles?

Ao longo dos estudos, é comum buscarmos válvulas de escape para lidar com ansiedade, estresse e outros sentimentos aflorados nessa etapa. Nesse momento, tenha histórico ou não, é comum que a gente construa vícios para nos ajudar.

Mas o que é um vício? Engana-se quem pensa que vício está relacionado somente a cigarro, álcool e drogas ilícitas. Vício é todo padrão comportamental que passa do limite saudável e torna a pessoa dependente da sua execução.

Por exemplo, é normal comer doces ou jogar videogame. No entanto, quando isso passa a ser uma compulsão e você não consegue controlar, afetando sua rotina, isso se torna um problema de saúde mental, que precisa de tratamento profissional.

Isso acontece principalmente porque os vícios costumam ser atrelados a atividades que geram sensação de prazer imediato. Você coloca em prática e já recebe a recompensa na hora.

O sinal de alerta vem justamente desse descontrole que pode prejudicar até as atividades mais básicas do dia a dia, como dormir, trabalhar, estudar, etc. Além disso, frequentemente o vício prejudica as relações familiares e afetivas da pessoa.

Entre os vícios mais comuns, que devemos manter atenção a sinais de alerta para tratar, estão:

  1. Bebidas alcoólicas;
  2. Tabagismo (e o hábito de fumar, no geral, seja cigarro, narguilè, entre outros);
  3. Uso de drogas e substâncias químicas, como medicamentos;
  4. Jogos (tanto de loteria, quanto games físicos ou onlines entram aqui também);
  5. Compulsão alimentar.

Além disso, vale lembrar que toda atividade feita de maneira excessiva e compulsiva pode ser sinal de vício: internet, compras, trabalho, sexo, etc.

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Como reduzir vícios durante os estudos?

Toda mudança radical é prejudicial, por isso, ao reduzir vícios para ajudar a melhorar a rotina, é importante fazer gradativamente. O vício traz uma recompensa rápida estimulando a liberação de substâncias, como a dopamina, que causam bem-estar no corpo.

Por isso, uma boa opção para ajudar é substituir de maneira saudável (não substituir um vício por outro) um vício por outra ação que tenha essa recompensa. Por exemplo, praticar alguma atividade física, fazer algo que te deixa feliz, como brincar com seu pet, encontrar amigos, etc.

Claro, que ao longo da rotina de estudos é preciso muita dedicação e nem sempre sobra tempo, mas o equilíbrio é a chave para atingir seus objetivos sem perder a saúde física e mental. Então, vale a pena tentar!

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Aprender inteligência emocional é suficiente para lidar com depressão e vícios nos estudos?

Frustração, tristeza, ansiedade, medos e inseguranças são sentimentos naturais do ser humano. Portanto, é normal que ao longo da nossa vida tenhamos momentos positivos e negativos. Nesse contexto, técnicas de inteligência emocional podem facilitar a lidar com a saúde mental e emocional na rotina pessoal e profissional.

No entanto, somente a inteligência emocional e até mesmo a psicoterapia não será suficiente para tratar doenças e transtornos, como a depressão, o transtorno de ansiedade generalizada e outras. Nesses casos, assim como com qualquer doença física, é preciso investigar causas, sintomas, intensidade, fazer o diagnóstico e tratamento adequado.

Por exemplo, se você perdeu um familiar e está passando pelo luto, é comum entrar em um estado depressivo. A causa é detectável e o tratamento vai se balizar especialmente em torno desse fato e das etapas de superação do luto. Não quer dizer que você vá parar de se sentir triste com a perda, mas que vai conseguir voltar a viver, convivendo com esses sentimentos.

Entretanto, além do contexto do ambiente em que a pessoa vive, há fatores genéticos e biológicos que podem afetar a saúde mental e não é o tempo ou somente a psicoterapia que será capaz de solucionar o problema. Reposição hormonal, tratamento medicamentoso e outros auxílios externos podem ser necessários.

Cada pessoa é única e o que funciona para alguém pode não funcionar para você. Isso se aplica a todas as áreas da vida e relembrar isso em tempos de redes sociais intensas é fundamental para a saúde mental.

Encontre aquilo que faz sentido e que funciona para você!

Gosta de saber mais sobre saúde mental e estudos? Então, confira toda terça-feira aqui no Gran: o divã do Concurseiro. Programa conduzido pela psicóloga clínica e neuropsicóloga, criadora da teoria sobre equilíbrio emocional para concursos, Juliana Gebrim e convidados. Para assistir o programa, clique no link abaixo:

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