O preço que pagamos por acreditar em nós mesmos

Nós costumamos ter medo e vergonha de acreditar em nós mesmos. Medo porque tememos decepcionar a nós mesmos e decepcionar as pessoas ao nosso redor. Vergonha porque a pessoa autoconfiante, muitas vezes, é vista como soberba, metida, ou até mesmo iludida. É mais fácil falar “vou fazer essa prova, mas não passo, não tenho chances”, e já prevenir as pessoas, e também nos prevenir, evitando expectativa, do que acreditar na vitória e depois decepcionar a todos, inclusive a nós.

No entanto, a energia que a gente emana é a mesma que o universo nos devolve. Quando a gente verdadeiramente acredita que uma coisa pode e vai dar certo, de alguma forma tudo tende a fluir para o bem.

Isso não é mística, não é superstição. Há explicação. Quando a gente acredita e assume uma postura de autoconfiança, as nossas atitudes passam a ser condizentes com as nossas falas e pensamentos, e então as coisas se desenvolvem.

Quando a gente internaliza a ideia de “eu estou estudando sério, eu tenho chances reais de passar”, o nosso subconsciente vai trabalhar para tornar o estudo uma atividade séria. Cumprir o cronograma diariamente será uma obrigação, abrir mão de prazeres momentâneos será natural, e não um sacrifício, e respeitar o tempo de estudos será uma vontade, e não um desafio.

Assim, o preço que pagamos por não acreditar em nós mesmos é o da autossabotagem. Se você não acredita que é capaz, todas as suas ações serão condizentes com essa crença. Será aceitável queimar um dia de estudos, começar mais tarde, deitar na cama, tudo que envolva procrastinação, já que, em sua mente, as chances são baixas mesmo.

Já o preço que pagamos por acreditar é o de dar o nosso melhor. De concluir aquela leitura, pois será uma questão a mais que você acertará, de assistir a mais uma aula, pois será mais um ponto vencido do edital, de revisar aquela matéria e entender, de uma vez por todas, aquele conteúdo.

Tenha a coragem de acreditar em você. Não tenha vergonha de dizer para si mesmo: “eu vou passar nesse concurso”. Assim, você desejará se dedicar dia após dia e fazer por merecer a aprovação.

Entenda, não estou te aconselhando a sair dizendo por aí que será aprovado. Não precisa anunciar isso nos almoços de família nem postar nas redes sociais. Isso você faz se quiser. Estou falando de afirmar para si mesmo, tomar essa crença como real na sua vida.

Coloque a sua própria aprovação como um evento futuro e certo, ainda sem data determinada, mas certo. Não diga “se eu passar”, diga “quando eu passar”. Tenha a certeza da sua vitória, porque, se você não internalizar o êxito desse projeto que está em curso, você não tem motivos para desenvolver disciplina, concentração, disposição e motivação.

Tudo que eu me proponho a fazer da vida, tudo que eu verdadeiramente quero, eu começo a acreditar que vou conseguir. Porque, se eu não acredito, que motivo eu tenho para ir atrás e dar o meu melhor? Não faz sentido!

Mas, se eu quero, e acredito firmemente que vou conseguir, então eu emprego as minhas melhores armas, desenvolvo a melhor estratégia, penso em todos os detalhes e me dedico muito em fazer acontecer.

Eu gosto sempre de lembrar que, na reta final do meu concurso, eu coloquei na cabeça a certeza que eu passaria. Agarrei aquela oportunidade com todas as minhas forças e dei o meu máximo, com muita vontade.

Eu comecei a ter muita certeza da aprovação, chegava a ser tangível. Todos os dias, quando sentava para estudar, eu já sentia e já sabia que a vitória estava chegando. Eu estava fazendo tudo que eu podia: base boa formada, fazendo a leitura da lei seca, respondendo a muitas questões, fazendo simulados, revisando os erros… E a confiança em mim mesma só me dava mais vontade de me manter firme naquela rotina, acreditando que estava chegando ao fim (e realmente estava).

Sempre existirão pessoas amarguradas que tentarão nos colocar para baixo, mesmo que não seja diretamente, dizendo que a gente não consegue. Elas dirão que tem gente estudando há anos, que tem gente com muito mais tempo disponível, com mais estrutura, seja de material, seja financeira, seja familiar, que são poucas vagas, que é muito conteúdo, e por aí vai.

Não escute essas pessoas! Não deixe que ninguém te diminua ou te faça duvidar do que você é capaz. Quem não te coloca para cima não merece sua atenção. Confie no seu processo e na sua capacidade, internalize a ideia da vitória e faça acontecer.

Contem comigo e estamos juntos!