CODEVASF-Analista-Contabilidade: Correção das questões de Contabilidade e Recurso!

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03 de fevereiro8 min. de leitura

Olá amigos,

Trago para vocês os comentários da prova de Contabilidade do concurso para Analista – CODESVAF – Contabilidade.

Prova pesada e com muitas literalidades de pronunciamentos, sendo jeito CEBRASPE de ser nas provas da área contábil.

Vejo possibilidade de recurso em 1 questão.

Depois até me retornem sobre a anulação da questão.

Agradeço a colaboração do Luiz Fernando na correção da prova.

Quem estudou pelos nossos cursos, percebeu que abordamos questões parecidas no nosso material. Assim, todos os nossos alunos tranquilamente tiveram bons rendimentos na prova.

Confira a correção:

Acerca das demonstrações contábeis previstas na legislação e na normatização contábeis brasileiras, julgue os itens que se seguem.
51. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que determinada empresa tenha apurado, no último exercício social, um caixa de R$ 5 mil gerado pelas suas atividades operacionais e um caixa de R$ 20 mil gerado pelas atividades de financiamento, tendo o saldo de caixa do período crescido em R$ 2 mil. Nessas condições, as atividades de investimento consumiram caixa em montante superior a R$ 20 mil.
Resolução:
A Variação de Caixa Total é resultado da soma das variações de caixa das atividades operacionais (FCO), de financiamento (FCC) e de investimento (FCI).
Variação de Caixa Total = FCO + FCC + FCI
2.000 = 5.000 + 20.000 + FCI
FCI = – 23.000
Como o sinal é negativo, dizemos que a atividade de investimento consumiu R$ 23.000 de caixa. Portanto a alternativa está certa.
Gabarito 51: C.

52. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) A demonstração de resultados abrangentes deve ser apresentada separadamente, ainda que esteja contemplada em uma coluna da demonstração de mutações do patrimônio líquido.
Resolução:
De acordo com o CPC 26 (R1), é vedada a apresentação da DRA apenas (ou exclusivamente) na DMPL. Essa possibilidade de incluir a DRA na DMPL foi eliminada pela Revisão (R1). A DRA deve ser uma demonstração separada. Porém, ela também entra na DMPL, pois as contas do resultado abrangente ficam no PL.
Portanto a afirmação de que a DRA deve ser apresentada separadamente, ainda que esteja contemplada em uma coluna da DMPL está correta.
Gabarito 52: C.

53. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) São registrados como caixa e seus equivalentes os aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, na forma de ingresso de recursos financeiros.
Resolução:
A definição trazida pela alternativa está mais relacionada ao conceito de receita.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Gabarito 53: E.

54. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) As variações relacionadas a outros resultados abrangentes de cada um dos componentes do patrimônio líquido devem ser apresentadas obrigatoriamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Resolução:
Literalidade do CPC 26.
Essas variações podem ser apresentadas na DMPL ou nas Notas Explicativas, de acordo com o CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS:
106A. Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item (ver item 106 (d)(ii)).
Gabarito 54: E.

55. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Para fins de levantamento da demonstração do valor adicionado, o custo dos produtos vendidos inclui as matérias-primas e os serviços adquiridos de terceiros, sem incluir a mão de obra própria.
Resolução:
Literalidade do CPC 09.
De acordo com o CPC 09 – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, o Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.
Gabarito 55: C.

Quanto ao reconhecimento e à mensuração de itens patrimoniais ativos, julgue os itens subsequentes.
56. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) No caso de uma empresa que possui um imóvel no qual planeja construir futuramente sua nova sede, para fins de mensuração contábil, esse bem pode ser avaliado ao custo ou a valor justo, por ser uma propriedade para investimento futuro.
Resolução:
De acordo com o CPC 28 – PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO:
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário como ativo de direito de uso) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas e, não, para:
(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou
(b) venda no curso ordinário do negócio.

Como a finalidade do imóvel é ser uma nova sede, ele tem finalidades administrativas e assim não pode ser propriedade para investimento, conforme afirma a questão.
Gabarito 56: E.

57. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) O reconhecimento de um ativo ou passivo financeiro deve ser feito quando a entidade julgar-se economicamente envolvida com esse ativo ou passivo, independentemente da formalização contratual, haja vista a prevalência da essência sobre a forma.
Resolução:
Literalidade do CPC 48.
A entidade deve reconhecer um ativo financeiro ou um passivo financeiro em seu balanço patrimonial, quando, e apenas quando, a entidade se tornar parte das disposições contratuais do instrumento, e não quando julgar-se economicamente envolvida com o instrumento.
Gabarito 57: E.

58. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que, em um leilão público, um veículo apreendido tenha sido arrematado, por um terceiro, pelo valor de R$ 10 mil. Para fins contábeis, nessa data, esse é o valor justo do veículo.
Resolução:
Conceitos do CPC 46.
Valor justo
Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
Preço de entrada
Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca.
Preço de saída
Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo.
O preço pelo qual o arrematador comprou inicialmente o veículo é o preço de entrada (preço de transação). Já o preço de saída (R$ 10.000) é considerado pelo CPC 46 – MENSURAÇÃO A VALOR JUSTO, o valor justo do veículo.
Gabarito 58: C.

59. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Na ausência de um valor observável, o valor justo de um ativo pode ser apurado pela abordagem da receita ou pela abordagem do mercado
Resolução:
RECURSO!!
A questão foi dada como CORRETA pela banca no gabarito preliminar. Entretanto discordo desse gabarito.
O CPC 46 – MENSURAÇÃO A VALOR JUSTO é claro ao afirmar que na ausência de valor observável, o valor justo do passivo (e não do ativo como afirma a questão) ou instrumento patrimonial poderá ser apurado pela técnica da abordagem da receita ou abordagem do mercado.
37. Quando um preço cotado para a transferência de um passivo ou instrumento patrimonial próprio da entidade idêntico ou similar não está disponível, e o item idêntico é mantido por outra parte como um ativo, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou instrumento patrimonial do ponto de vista de um participante do mercado que detenha o item idêntico como ativo na data de mensuração.
38. Nesses casos, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou instrumento patrimonial da seguinte forma:
(a) utilizando o preço cotado em mercado ativo para o item idêntico mantido por outra parte como um ativo, se esse preço estiver disponível;
(b) se esse preço não estiver disponível, utilizando outros dados observáveis, tais como o preço cotado em mercado que não seja ativo para o item idêntico mantido por outra parte como um ativo;
(c) se os preços observáveis de (a) e (b) não estiverem disponíveis, utilizando outra técnica de avaliação, como, por exemplo:
(i) abordagem de receita (por exemplo, técnica de valor presente que leve em conta o fluxo de caixa futuro que um participante do mercado esperaria receber por deter o passivo ou o instrumento patrimonial como ativo (ver itens B10 e B11));
(ii) abordagem de mercado (por exemplo, utilizando preços cotados para passivos ou instrumentos patrimoniais similares mantidos por outras partes como ativos (ver itens B5 a B7)).

Diante disso, solicitamos a troca de gabarito de Certo para Errado ou a anulação da questão.
Gabarito do professor: E.
Gabarito 59: C.

60. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que uma entidade tenha adquirido um equipamento importante para o desempenho de suas atividades, mas, após algum tempo de utilização desse equipamento, ela tenha concluído que esse ativo teve perda de valor significativamente superior à registrada contabilmente. Nessas condições, a entidade deve reconhecer a perda de valor recuperável desse ativo, utilizando como critérios seu custo e seu valor de mercado, adotando o menor entre os dois.
Resolução:
Se a entidade concluiu que o ativo teve perda de valor significativamente superior à registrada contabilmente, significa que o valor contábil excedeu o valor recuperável.
Neste caso, reconhece uma perda.
O valor recuperável é o maior montante entre o valor justo líquido de despesa de venda e o valor em uso.
Gabarito 60: E.

Com relação aos sistemas de custeio para fins de controle, avaliação e gestão, julgue os itens seguintes.
61. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Apesar de incorporar custos fixos aos custos unitários, o custeio por absorção pode resultar no reconhecimento de gastos produtivos em volume idêntico ao custeio variável.
Resolução:
No custeio por absorção são reconhecidos como gastos produtivos (custos apropriados aos estoques) os custos fixos e variáveis. Já no custeio variável são reconhecidos como gastos produtivos apenas os custos variáveis.
Portanto, se os custos fixos forem nulos, os gastos produtivos no custeio por absorção serão idênticos aos do custeio variável.
Gabarito 61: C.

62. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que uma empresa fabricante de um único produto, com despesas variáveis de R$ 2 por unidade vendida e sem estoques iniciais, tenha incorrido em custos de produção variáveis de R$ 10 por unidade e em custos fixos totais de R$ 20 mil para produzir 10 mil unidades de seu único produto. Considere, ainda, que 80% dessa produção tenha sido vendida pelo preço de R$ 60. Nessa situação, a empresa atingiu um índice de margem de contribuição inferior a 60%.
Resolução:
Despesa Variável (DV) = 2
Custo Variável (CV) = 10
Custo Fixo Total (CFT) = 20.000 (10.000 unidades)
Margem de Contribuição Unitária (MCU) = PV – DV – CV
MCU = 60 – 2 – 10 = 48
Índice de MCU = MCU / PV = 48 / 60 = 80%
Como o Índice de MCU é maior que 60%, a afirmativa está errada.
Gabarito 62: E.

63. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que o cartão de custo padrão de uma empresa aponte um consumo de 0,6 quilo de matéria-prima por unidade produzida, ao custo de R$ 8 por quilo. Considere, ainda, que essa empresa tenha produzido 35 mil unidades de seu produto e que, para isso, ela tenha utilizado 22,5 mil quilos de matéria-prima, adquiridos por R$ 171 mil. Nessas condições, a variação de preço de matéria-prima verificada foi igual a 5% do padrão.
Resolução:
Quantidade Real = Quant. MP / Quant. Produzida
Quantidade Real = 22.500 / 35.000 = 0,64 kg/unid.
Preço Real = Preço Total / Quant. MP
Preço Real = 171.000 / 22.500 = R$ 7,6 /kg

Real Padrão
Quantidade (kg/unid.) 0,64 0,6
Preço (R$/kg.) 7,6 8
Custo Unitário (Quantidade x Preço) 4,864 4,8

Variação do Preço = (Preço Real – Preço Padrão) x Quant. Padrão
Variação do Preço = (7,6 – 8) x 0,6 = – 0,24 (variação favorável)

Variação do Preço / Preço Padrão = 0,24 / 4,8 = 5%
Gabarito 63: C.

64. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que uma empresa venda seu único produto a R$ 100 a unidade, que seus custos e suas despesas fixas somem R$ 3,5 milhões, que seu índice de margem de contribuição seja igual a 0,7 e que seu ponto de equilíbrio seja atingido quando ela fatura R$ 5 milhões. Nessas condições, a empresa atingirá um grau de alavancagem operacional superior a 4 quando seu índice de margem de segurança for igual a 0,5.
Resolução:
Pelo índice de margem de contribuição podemos encontrar a MCU (Margem de Contribuição Unitária):
Índice de MCU = MCU / PV = 0,7  MCU = 0,7 X 100 = 70

Quanto a Margem de Segurança (MS) for 0,5 teremos:
MS = (Quant. Vendida – PEC) / Quant. Vendida = 0,5
Quant. Vendida – PEC = 0,5 x Quant. Vendida
0,5 x Quant. Vendida = 50.000
Quant. Vendida = 100.000 unidades
Com essa quantidade vendida teremos:
Lucro Operacional = Quant. Vendida x MCU – Custos e Despesas Fixas
Lucro Operacional = 100.000 X 70 – 3.500.000= 3.500.000
MCT = Quant. Vendida x MCU = 100.000 X 70 = 7.000.000

Apurando o Grau de Alavancagem Operacional (GAO) tem-se:
GAO = MCT / Lucro Operacional = 7.000.000 / 3.500.000 = 2
Portanto, o grau de alavancagem é inferior a 4 e, assim, o gabarito está ERRADO.
Gabarito 64: E.

No que se refere à análise econômico-financeira de entidades, julgue os itens a seguir.
65. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Uma empresa com ativos circulantes totais de R$ 3 milhões, com ativos totais de R$ 10 milhões e com um índice de liquidez corrente igual a 0,8 possui passivos não circulantes (inclusive patrimônio líquido) superior a R$ 6 milhões.
Resolução:
ILC = AC/PC
0,8 = 3 milhões / PC
PC = 3 milhões / 0,8
PC = 3.750.000
PC + PNC + PL = A
PNC + PL = A – PC
PNC + PL = 10.000.000 – 3.750.000
PNC + PL = 6.250.000 > 6 milhões
A questão informou que os passivos não circulantes incluía o PL, logo, devemos considerar os dois itens.
Portanto, o gabarito está correto.
Gabarito 65: C.

66. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Considere que uma empresa tenha apresentado, em seu último trimestre, lucro operacional líquido de R$ 1,5 milhão, vendas de R$ 30 milhões e ativos operacionais médios de R$ 10 milhões. Nessas condições, o ROI (return on investment) apurado no período foi superior a 20%.
Resolução:
A taxa de retorno sobre investimentos (ROI), regra, corresponde a seguinte fórmula:
ROI = Lucro líquido / Ativo Total ou (Ativo Médio)
Porém, alguns autores entendem que o ROI é calculado da seguinte maneira:
ROI = Lucro Operacional líquido / Ativo Total ou (Ativo Médio)
Diante disso, como temos o lucro operacional líquido, devemos utilizar a última fórmula.
ROI = 1,5 milhões / 10 milhões = 0,15 = 15% < 20%
Gabarito 66: E.

67. (CEBRASPE/Analista – Contabilidade – CODEVASF/2021) Uma entidade que possui exigibilidade geral inferior a 50% possui uma predominância de capitais próprios no financiamento de suas atividades.
Resolução:
A exigibilidade geral corresponde ao índice de endividamento total ou geral.
Exigibilidade geral = PE / Ativo
Como o índice é inferior a 50%, os capitais próprios predominam sobre os capitais de terceiros.
Diante disso, o item está correto.
Vamos fazer com números.
Vamos supor um ativo igual a 100 e um passivo igual a 40.
O PL será igual a 60.
Exigibilidade geral é igual a 40% (40/100), portanto, inferior a 50%, sendo o capital próprio de 60 superior a 40.
Gabarito 67: C.

Boa sorte a todos.

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Feliphe Araújo

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