Coluna Futuro Fiscal: Como estudar Contabilidade para o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos Estaduais da SEFIN/RO?

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02 de novembro3 min. de leitura

Saiu o edital para o concurso da SEFIN/RO! Confira AQUI

E você, caro(a) concurseiro(a), deve estar analisando o edital e se perguntando: no que devo focar?

Para auxiliá-lo nessa tarefa, farei uma análise do conteúdo de Contabilidade para o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos Estaduais.

A partir da leitura inicial do edital, pode parecer que apenas serão cobrados os conteúdos das disciplinas de Contabilidade de Custos e de Contabilidade Geral. Entretanto, o conteúdo de Contabilidade Geral esconde assuntos de Análise das Demonstrações Contábeis. Portanto, o conteúdo de Contabilidade engloba:

i) Contabilidade Geral;

ii) Contabilidade de Custos; e

iii) Análise das Demonstrações Contábeis

Conforme se pode ver no edital, são 5 questões de Contabilidade de Custos e 16 questões de Contabilidade Geral e Auditoria. Minha opinião é a de que haverá 10 questões de Contabilidade Geral e de Análise das Demonstrações Contábeis. Portanto, entre Contabilidade Geral, de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis, estimo o total de 15 questões, sendo 5 de Custos (já expressamente previstas no edital), 8 de Contabilidade Geral e 2 de Análise das Demonstrações Contábeis.

E os conteúdos?

Vamos lá.

O conteúdo de custos está extenso, para não dizer completo. Ou seja, não espere uma prova fácil de Contabilidade de Custos. Provavelmente, serão questões com cálculos demorados. Dê especial atenção aos custeios por absorção e variável, ao conceito de margem de contribuição e ao custeio ABC (Activity Based Costing).

O conteúdo de Contabilidade Geral envolve todas as demonstrações contábeis com o “tempero” especial dos Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Ahhh.… os CPCs….

Eles têm tirado o sono dos concurseiros.

Há CPCs que têm maior probabilidade de cair em prova, tais como os CPCs 01, 03, 09 e 25. Portanto, não deixe de estudá-los.

O CPC 01 aborda o teste de recuperabilidade. Você não pode se esquecer de que o valor recuperável de um ativo é o maior entre o valor justo líquido das despesas de venda e o valor em uso desse mesmo ativo. Para que seja reconhecida uma perda por impairment (desvalorização), o valor contábil líquido do ativo que estiver sendo testado deve ser maior que o valor recuperável.

O CPC 03 trata da demonstração dos fluxos de caixa (DFC). Nas provas de concurso público, a resolução da DFC pelo método indireto tem sido mais cobrada. Nesses casos, a questão costuma apresentar um balanço patrimonial com saldos de dois períodos consecutivos e uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ou dados de uma DRE. Quando as informações do enunciado são apresentadas nesse formato, a solução é pelo método indireto.

O CPC 09 aborda a Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Lembre-se de que o valor adicionado gerado (1ª parte da DVA) deverá ser igual ao valor adicionado distribuído (2ª parte da DVA). Uma pegadinha muito venenosa que o examinador pode fazer é apresentar os dividendos distribuídos por coligadas ou controladas, para induzir o candidato ao erro. Esses dividendos não entram na DVA, pois já foram contabilizados como valor adicionado recebido de terceiros quando do reconhecimento do ganho de equivalência patrimonial.

O CPC 25 disciplina a constituição de provisões. Lembre-se de decorar a tabelinha famosa (provável, possível e remota) das provisões e dos passivos contingentes. Não se esqueça de que a provisão é um passivo e que, portanto, decorre de uma obrigação presente.

O edital cobra a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), uma novidade trazida pelas normas internacionais (IAS 01), no CPC 26. Ainda se trata de um assunto pouco explorado em concursos públicos. Como é um assunto simples, é uma boa estratégia compreender bem essa demonstração contábil, para acertar uma eventual questão que possa cair na prova.

Não descuide do estudo da destinação do resultado, especialmente no que tange aos dividendos e às reservas de lucros. São assuntos que têm como principal referência a Lei n. 6.404/1976, cujos artigos 175 a 204, 243 e 248 você não pode deixar de ler várias vezes.

Quanto à Análise das Demonstrações Contábeis, provavelmente, haverá poucas questões, embora se trate de um assunto que pode ser estudado rapidamente. Atenção para os índices de liquidez, de endividamento e de lucratividade. Lembre-se de, na hora da prova, usar as alternativas para resolver as questões desta disciplina, quando for possível.

Minha experiência com provas de Contabilidade da FGV me mostra que elas costumam ser trabalhosas e que demandam muito tempo para serem resolvidas. Recomendo que você reserve pelo menos 2 horas para fazer as questões de Contabilidade.

Até o dia do concurso, resolva as 10 últimas provas de Contabilidade da FGV, dando preferência àquelas de concursos similares a este da SEFIN/RO. Não use calculadora, planilha eletrônica ou qualquer outro tipo de auxílio para fazer cálculos, pois você não contará com nenhuma ajuda dessa natureza no dia da prova.

Após fazer muitas questões da FGV (umas 200), você terá a sensibilidade para avaliar se vale a pena resolver determinados tipos de questões na hora da prova, pois envolvem muitos cálculos e consomem muito tempo. Normalmente, as questões de Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC), que envolvem cálculos, são oportunidades boas para se fazer essa reflexão, ou seja, para avaliar se devem ou não ser resolvidas. Isso dependerá bastante do quão competitivo você está na disciplina de Contabilidade.


 Egbert Nascimento – Desde 2008 ocupa o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU). Exerceu o cargo de Analista de Finanças e Controle (AFC) da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), onde participou da elaboração de normativos contábeis relacionados à contabilização de Parcerias Público Privadas (PPP). Formado em Engenharia de Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia-IME (1996). Mestre em Ciência dos Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), em 2004. Possui cursos de extensão em Contabilidade Pública pela ESAF.

 


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