Como o cérebro humano aprende

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22 de Maio de 2018

Gran OAB | Cursos Online
Existe, seguramente, duas maneiras diferentes de responder a esta questão.
A primeira envolve os mecanismos de ação cerebral que ocorrem no ato de aprender. Se tomarmos como exemplo uma criança que ignora, por exemplo, como se equilibrar em uma bicicleta e, com paciência e persistência, a ensinarmos, poderá vir a ocorrer um instante em que pense ou diga:
– Agora… agora já sei.
É essa, sem dúvida, a expressão que simboliza o “momento mágico da aprendizagem”.
A conquista de uma sabedoria que se perpetuará pelos anos, a transformação de uma pessoa que, ao romper barreiras, evoluiu.
Essa descoberta sobre a aprendizagem cerebral é relativamente nova (Década do Cérebro – 1990 > 2000 – Estados Unidos) e desmonta antigos processos de aprendizagem que a apoiavam na pura memorização e, assim, em uma conquista apenas de natureza mecânica.
Ainda que possa interessar ao professor, pensamos ser esse um interesse de natureza puramente acadêmico e que, assim, não o ajuda na regência de suas aulas. Não constitui, portanto, propósito deste opúsculo uma abordagem dessa natureza.
A segunda maneira de se responder como o cérebro humano aprende também se inspira nas revelações da Década do Cérebro, mas em vez de percorrer caminhos de explicação biológica, segue a linha do pragmatismo, mostrando ao professor procedimentos eficazes e eficientes, para que promova a aprendizagem, deixando de lado uma exposição de natureza essencialmente biológica.
É essa, certamente, a opção deste opúsculo; assim, afastamo-nos de uma interessante, mas difícil, teoria coerente com a natureza da obra e alinhamos uma alternativa pragmática capaz de produzir uma efetiva e essencial aprendizagem significativa.
Renunciamos assim a ideia de uma criança apta a descrever os processos neurológicos de seu saber, mas que, passeando de bicicleta, tenha conquistado a aprendizagem significativa e, portanto, feito de seu aprender um eficiente fazer.
Considerando, assim, a linha proposta, vale destacar que as três ações docentes, devidamente adaptadas as características da faixa etária com a qual se trabalha, constituem o eficiente caminho da sempre essência da aprendizagem significativa.
Vamos, portanto, a elas:

  • TODO NOVO SABER APOIA-SE E INTERAGE COM UM OU MAIS SABERES FIXADOS NA ESTRUTURA CEREBRAL DO ESTUDANTE.

Em palavras mais simples é o mesmo que afirmar que o velho saber registrado abre portas para o novo aprender. Se, por exemplo, o aluno ignora a mecânica que envolve “o sistema solar”, certamente, nada apreendera sobre as galáxias e a natureza do universo.

  • O BEM APRENDER INSPIRA-SE EM ASSOCIAÇÕES, E O BOM PROFESSOR, DESSA MANEIRA, FAZ-SE HÁBIL EM LIGAR OS NOVOS CONHECIMENTOS QUE PASSA AOS CONHECIMENTOS AMPLAMENTE SABIDO POR SEUS ALUNOS.

Quando associamos atos rotineiros e plenamente incorporados à nossa estrutura mental com propostas que queremos que sejam apreendidas, esse mecanismo de transferência ocorre com mais eficiência. A criança somente se lembrará que a visão da lua se identifica com a que tem de um queijo mineiro, caso saiba o significado de “queijo”.

  • A ASSOCIAÇÃO ENTRE O QUE SE APRENDE COM VERBOS DE AÇÃO (COMPARAR, CLASSIFICAR, ARGUMENTAR, RELACIONAR ETC.) QUE ANTERIORMENTE FOI APRENDIDO REPRESENTA UM EFICIENTE RECURSO PARA A FIXAÇÃO DO APREENDIDO.

Todo aluno incapaz de se valer do que está apreendendo para comparar, classificar, argumentar etc., o que descobriu com o que já sabia, tende a fixar esse saber de forma mecânica, e não significativa.
Concluindo, cabe destacar que as ações docentes relatadas para o ato de aprender necessitam ser incorporadas em qualquer projeto de ensino, se o quer eficiente.
Em síntese, use sempre as três ações, troque uma aprendizagem sem significação, uma “decoreba” que ilude, mas não transforma o estudante em pessoa.
Dessa maneira, um professor ou uma professora, bem mais que um guardião do saber e cuja missão é o transmitir, assume como seu papel essencial criar situações de aprendizagens, cheias de protagonismo, buscando nos saberes que seus alunos possuem em função da vida que levam a associar estes com o que visa ensinar, sem se esquecer de aferir essa aprendizagem, verificando se os alunos se sentem seguros em usar múltiplas habilidades, dando verdadeiro sentido ao que apreendem.
 
Fonte: CelsoAntunes
 

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