Como utilizar mapas mentais de forma eficiente

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16 de abril4 min. de leitura

Os mapas mentais são métodos criativos para estimular o raciocínio e possibilitam o uso ampliado do potencial do nosso cérebro. A utilização de mapas mentais no estudo para concursos públicos traz inúmeras vantagens ao estudante e o aproxima de sua aprovação.

por Erika Radespiel, GranXpert do Gran Cursos Online

 

Os mapas mentais são uma ferramenta utilizada em todo o mundo. Propostos por Tony Buzan, um psicólogo e escritor inglês, apresentam-se como uma excelente técnica de estudos para concursos públicos e aprendizagem em geral.

Como o próprio nome diz, mapas mentais são “mapas da mente”. Assim, têm como pretensão representar as informações da maneira como elas estão organizadas em nossas cabeças. Poderíamos dizer, portanto, que a ciência a qual se dedica ao aprimoramento da técnica de elaboração e utilização de mapas mentais é chamada de “cartografia do pensamento”.

Quando falamos em mapas, muitos se assustam, pois acreditam não possuir conhecimentos e habilidades suficientes para trabalhar com esse tipo de material ou técnica. No entanto, é importante ressaltar que tanto a elaboração como a utilização de mapas mentais é algo que pode ser aprendido e que será desenvolvido, como habilidade, quanto mais o estudante fizer uso dessa prática.

O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano. Segundo a ciência, ele começou a evoluir há mais de 500 milhões de anos. Apesar disso, há apenas 500 anos sabemos que ele está localizado na cabeça, e não no coração – por um grande período da História, este foi considerado o órgão centralizador da cognição e até das emoções.

São cinco as principais funções cerebrais e elas são, por elas mesmas, suficientemente explicativas:

– Recepção;

– Armazenamento;

– Análise;

– Controle;

– Expressão.

Os mapas mentais se relacionam com as funções cerebrais quando sintetizam as informações (processo de construção do mapa mental) e quando servem de fonte para a expansão das informações (consulta ao mapa mental).

Em seu livro Mapas Mentais, Anthony Peter Buzan apresenta o conceito de pensamento radiante, fundamental para a compreensão das estruturas de um mapa mental. De acordo com a metodologia proposta por Buzan, os mapas mentais foram criados para melhorar e intensificar o processo do pensamento radiante.

No processo de estudo para concursos públicos, os mapas mentais apresentam diversas vantagens, que podem ser agrupadas em três grandes grupos:

  • Vantagens que dizem respeito à organização do estudo;
  • Vantagens relacionadas ao pensamento/raciocínio;
  • Vantagens associadas às emoções.

No que diz respeito à organização do estudo, os mapas mentais:

  • Otimizam a utilização do tempo;
  • Reduzem o volume de papel/anotações;
  • Favorecem a produtividade do indivíduo;
  • São excelentes instrumentos de revisão do conteúdo.

No que diz respeito ao pensamento/raciocínio:

  • Organizam a assimilação de informações;
  • Sistematizam e estruturam as ideias;
  • Proporcionam visão sistêmica do conteúdo/criam conexões;
  • Oferecem objetividade, descartando o que não é essencial;
  • Desenvolvem as habilidades de síntese e de análise do estudante;
  • Favorecem a criatividade/o brainstorming.

E, finalmente, mas não menos importante, no que diz respeito às emoções:

  • Eliminam o estresse pelo excesso de informações;
  • São visuais, atraentes e, consequentemente, interessantes (diminuem a monotonia do estudo);
  • Mantêm a pessoa no controle do processo criativo, relacionando-se de forma ativa com o objeto de conhecimento;
  • Proporcionam segurança, tranquilidade, autoestima, autoconfiança e senso de capacidade.

 

Importante salientar que mapas mentais não são resumos, não são esquemas, não são infográficos, entre outros modelos de organização de informações já conhecidos. Eles possuem uma estrutura própria a qual deve ser compreendida e respeitada para que possam oferecer os benefícios listados acima.

Na elaboração de um mapa mental, devem ser seguidos alguns critérios, a saber:

  • Uma ideia principal ao centro;
  • Outras ideias irradiam a partir do centro (ramificações);
  • Escrita sucinta e/ou desenhos;
  • Conexões (setas, linhas, chaves);
  • Escala de cores;
  • Diferentes níveis de informação;
  • Palavras-chave em vez de frases.

Para garantir o destaque necessário às informações importantes, use sempre:

  • Uma imagem central – para estabelecer um foco;
  • Imagens – para coordenar os dois lados do cérebro;
  • Três ou mais cores por imagem central – para estimular a memória e a criatividade;
  • Perspectiva nas imagens e nas palavras – para fazer com que os elementos se sobressaiam;
  • Uma mistura dos sentidos: visão, audição, olfato, tato, paladar, percepção espacial – para tornar o dado real e mais fácil de memorizar;
  • Variações no tamanho das letras, das linhas e das imagens – para distinguir diversos níveis de importância;
  • Espaço organizado – para manter as linhas ordenadas e atrativas e para permitir acréscimos;
  • Espaçamento adequado – em torno de cada palavra ou imagem.

As associações são fundamentais na apresentação das informações e das ideias. Para garanti-las, devem ser inseridos os seguintes elementos em um mapa mental:

  • Setas – para guiar o olho quando você quiser fazer conexões;
  • Cores – para melhorar a memória, intensificar a criatividade e resgatar mais lembranças;
  • Códigos – como asteriscos, cruzes, triângulos e sublinhados, que podem funcionar como atalhos, criando associações por todo o mapa mental.

Um mapa mental deve ser claro, objetivo e, por isso mesmo, deve se guiar por alguns parâmetros de organização, como os elencados abaixo:

  • Use apenas uma palavra-chave por linha;
  • Escreva todas as palavras em letra de forma;
  • Escreva as palavras-chave em letras de forma sobre as linhas;
  • Faça com que a linha tenha o mesmo comprimento da palavra;
  • Faça com que as ramificações maiores se liguem à imagem central;
  • Conecte linhas a outras linhas;
  • Faça as linhas centrais mais grossas que as outras;
  • Desenhe imagens com clareza;
  • Mantenha o papel horizontalmente posicionado à sua frente;
  • Mantenha as letras retas.

Quanto aos desenhos inseridos em um mapa mental:

  • Use hierarquia: fazer distinções entre níveis de importância ajudará o cérebro a se lembrar dos fatos essenciais;
  • Empregue uma ordem numérica: ordenar as ideias o auxiliará a priorizar as ações.

 

Não há proibição em se valer de materiais criados por terceiros, mas os mapas mentais estabelecem uma relação singular com o indivíduo que os criou, justamente pela singularidade do pensamento humano. Assim, eles podem e devem conter traços de seus criadores, ou seja, é permitido desenvolver um estilo pessoal e imprimi-lo em seus materiais. Vai ser mais fácil lembrar e estabelecer relações usando uma lógica e elementos que você mesmo tenha criado.

 

Há pessoas que criam MAPAS MENTAIS que, na verdade, não são MAPAS MENTAIS.

Portanto, muitas vezes, definir o que não são mapas mentais pode ser bastante elucidativo.

O que não fazer:

  • Usar frases em vez de palavras;
  • Preocupar-se demais com o fato de criar um mapa “bagunçado”.

Os mapas mentais podem ser desenvolvidos com a escrita manual ou por meio de softwares. Na Internet estão disponíveis programas pagos e até gratuitos que facilitam a construção desses materiais.

Esses softwares podem, ainda, ser online ou offline, com possibilidade de sincronização em vários dispositivos, de armazenamento em nuvem (cloud computing), de exportação em PDF, JPG e outros formatos de arquivo e até mesmo impressão.

 

A escolha do estudante a respeito de utilizar ou não as ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado para a elaboração de mapas mentais está diretamente relacionada com a afinidade que estes possuem com tais ferramentas, lembrando sempre que elas não são imprescindíveis.

Para saber mais, assista: https://www.youtube.com/watch?v=Gh5BW7HEEoI

Bons estudos!

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Referências:

BuzanTonyMapa Mental. Rio de Janeiro. Sextante, 2009.

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