“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” – Hebreus 10,36
A cada dia cresce o número de pessoas “dispostas a lutar” por um cargo público. Em momentos de instabilidade econômica, esse fenômeno se intensifica.
Entretanto, tenho visto muitas pessoas que desejam passar em um concurso público, mas não estão trazendo consigo (nem utilizando) as ferramentas necessárias para que esse projeto se concretize.
Veja. Não basta apenas desejar… É preciso mais do que isso.
É importante ressaltar que a aprovação em concurso público não está reservada somente para gênios ou pessoas superdotadas. Na verdade, a aprovação decorre de uma série de hábitos preordenados à realização desse fim.
Os aprovados, no geral, são pessoas “normais” que, a despeito das circunstâncias, decidiram ir até o fim… à linha de chegada.
Após mais de 12 anos envolvido e comprometido com o mundo dos concursos públicos, percebi algumas diferenças importantes entre aqueles que são aprovados em concursos públicos e aqueles que, embora também tenham o mesmo desejo, não têm conseguido realizá-lo.
Vejamos 3 dessas diferenças.
1ª diferença – Disposição para renunciar
O nosso tempo é limitado. Nós também somos limitados. Não podemos (e não conseguimos) fazer tudo o que desejamos. Em virtude disso, precisamos estabelecer prioridades. Nessa seleção de tarefas e atividades, naturalmente, teremos de renunciar algumas coisas em detrimento de outras.
Renunciar é deixar voluntariamente a posse de; desistir de; abdicar.
Aqueles que são aprovados em concursos públicos aprenderam que é imprescindível renunciar. Não dá para estudar e ficar horas e horas jogando Playstation; ou “bater uma pelada” (futebol, beleza, rsrs) com os amigos, todos os dias da semana; ou dormir 20 horas por dia; ou ficar no WhatsApp o dia inteiro… Não dá!
Eu não estou dizendo que, ao começar a estudar para concurso público, a pessoa tenha que se isolar e deixar de fazer tudo o que gosta. Não é isso!!! Mas será necessário estabelecer prioridades e abrir mão, ao menos temporariamente, para que a vitória venha.
Nota – Os que são aprovados renunciam.
2ª diferença – Disposição para “pagar o preço”
Quando falo em “pagar o preço”, estou querendo destacar algo bem mais amplo do que investimento financeiro.
É verdade que a aprovação exige do concursando investimentos em cursos, livros, inscrições, viagens…
Porém, há um preço bem mais caro que esse: o preço da dedicação, da disciplina, do estudo individual, do isolamento; do cansaço…
Esse, sem dúvida, é um dos maiores desafios. Se a aprovação envolvesse apenas o preço financeiro, seria muito fácil.
Por isso, eu disse no início que “tenho visto muitas pessoas que desejam passar em um concurso público, mas não estão trazendo consigo (nem utilizando) as ferramentas necessárias para que esse projeto se concretize. Veja. Não basta apenas desejar… É preciso mais do que isso”.
Nota – Os que são aprovados “pagam o preço”.
3ª diferença – Disposição para perseverar
Perseverar é conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar; permanecer sem mudar ou sem variar de intento.
São muitos (e muitos) que, diariamente, iniciam projetos de estudos para concursos públicos. Conforme destaquei no início, esse número vem aumentando a cada dia.
Contudo, há também um outro dado assustador: grande parte dessas pessoas desistem do projeto logo na primeira reprovação.
Há algo ainda mais alarmante: várias pessoas desistem antes mesmo da primeira reprovação, pois sequer fazem a prova para a qual se inscreveram. Em média, 30 a 35% dos inscritos em concursos públicos não comparecem no dia de realização da prova.
Será que essas pessoas foram aprovadas em outro concurso e, por isso, não compareceram? Será que conseguiram um “emprego dos sonhos”?
Infelizmente, na maioria dos casos, o que ocorreu foi a desistência. Abandonaram o projeto. Pararam a caminhada.
Quem para no meio do caminho não recebe a “medalha”. É necessário cruzar a linha de chegada.
Perseverar tem tudo a ver com foco.
Nota – Os que são aprovados perseveram.
Poderíamos listar diversas diferenças, porém essas três já são suficientes para que fique claro o seguinte: quem não está disposto a renunciar; quem não está disposto a “pagar o preço”, nem a persistir, dificilmente, conseguirá cruzar a linha de chegada da aprovação.
Sucesso.
Wellington Antunes
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Wellington Antunes¹ é professor de Direito Constitucional, Licitações, Contratos e Convênios. Servidor Efetivo do MPU. Aprovado para Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados/2014 (aguardando nomeação) Aprovado para Analista de Finanças e Controle da CGU (aguardando nomeação). Graduado em Administração Pública. Pós Graduado em Direito Administrativo no IDP (Especialista). Bacharelando em Direito. Instrutor interno do MPU (atuante na área de Licitações e Contratos, entre outras funções – pregoeiro, elaboração de Editais, Projetos Básicos e Termos de Referência, instrução de processos de dispensa e de inexigibilidade)”
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