Dicas de Engenharia de Software para o TJ-PE

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 Requisitos: o coração da prova

(3) Um dos temas mais recorrentes é a engenharia de requisitos. É comum que candidatos confundam requisitos funcionais com não funcionais, e exatamente por isso a banca insiste tanto nesse ponto.

(4) De forma simples: requisitos funcionais dizem respeito ao “o que” o sistema deve fazer, enquanto os não funcionais estão ligados ao “como” esse sistema deve se comportar, considerando aspectos de desempenho, usabilidade, segurança e confiabilidade.

(5) Essa distinção, apesar de parecer básica, é um divisor de águas em provas objetivas. Muitos candidatos perdem pontos justamente por cair em pegadinhas que trocam definições ou distorcem conceitos.


📌 Questão de exemplo – Requisitos

(6) (IBFC – 2024 – TRF-5 – Analista Judiciário – Apoio Especializado)

Com base na diferença entre requisitos funcionais e não funcionais, assinale a alternativa correta:

a) Requisitos funcionais definem como o software deve operar em termos de desempenho e usabilidade.
b) Requisitos não funcionais geralmente não impactam a arquitetura do sistema e podem ser facilmente corrigidos no final do projeto.
c) Requisitos funcionais especificam as funcionalidades que o sistema deve fornecer para atender às necessidades dos usuários.
d) Requisitos não funcionais são aqueles que definem o comportamento específico do sistema em relação à lógica de negócio.

Gabarito: Letra C.

💡 Comentário do Professor: Essa é clássica! Sempre que pensar em “funcionalidade” ou “serviço prestado pelo sistema”, lembre-se que está lidando com requisito funcional.


📌 Metodologias Ágeis: a queridinha da IBFC

(7) Outro ponto forte da banca é a cobrança de Scrum, Kanban e Lean. O examinador sabe que órgãos públicos vêm adotando práticas ágeis para aumentar a eficiência no desenvolvimento de sistemas.

(8) É indispensável conhecer o papel de cada integrante do Scrum Team: Product Owner, Scrum Master e Time de Desenvolvimento. Além disso, é comum que o IBFC explore as regras sobre quem prioriza o backlog e como as sprints devem ser conduzidas.


📌 Questão de exemplo – Ágil

(9) (IBFC – 2024 – TRF-5 – Analista Judiciário – Apoio Especializado)

Assinale a alternativa que apresenta uma das ações recomendadas para mitigar riscos no desenvolvimento ágil de software na administração pública:

a) Adotar um plano de comunicação que permita menos interação entre a equipe de desenvolvimento e o responsável pela área de negócios.
b) Implementar um sistema de pagamento baseado exclusivamente em marcos financeiros e não em entregas funcionais do projeto.
c) Evitar a capacitação técnica e a utilização de coaching para gestores de TI e de negócios.
d) Fomentar a criação de equipes multifuncionais para promover a troca constante de informações entre os profissionais.

Gabarito: Letra D.

💡 Comentário do Professor: O segredo do ágil está na colaboração constante. Equipes multifuncionais reduzem riscos e aumentam a produtividade.


📌 Gestão de Configuração e Qualidade

(10) O tema gestão de configuração também aparece de forma indireta em provas, sobretudo quando a banca cobra conceitos como controle de versão, baseline e revisão por pares. Isso dialoga com práticas de qualidade de software e integração contínua.

(11) Vale revisar as diferenças entre controle de versão (rastrear mudanças), liberação (quando o item pode ser entregue) e baseline (conjunto aprovado que serve de referência). Esse vocabulário é típico do MPS.BR, também citado nos editais e referências bibliográficas.


📌 Gestão de Projetos e o “Tripé Clássico”

(12) No campo da gestão de projetos, o IBFC não costuma inovar: ele cobra o famoso Triple Constraint (escopo, tempo, custo). Contudo, é cada vez mais frequente a associação desses conceitos a métodos ágeis, mostrando que a gestão híbrida se tornou realidade.


📌 Produtos e Entregáveis de Software

(13) Outro conceito central é o de produto de software como entregável. As provas podem exigir que você identifique exemplos de entregáveis, como aplicações, serviços, APIs e documentação técnica. Sempre associe entregáveis a requisitos funcionais e não funcionais — essa conexão já caiu em mais de uma prova recente.


📌 Estratégia de Estudos

(14) Minha sugestão é: organize seus estudos em blocos temáticos, alternando teoria clássica (Pressman, Sommerville) com resolução de questões IBFC. Isso ajuda a fixar conceitos e treinar o “olhar” para as pegadinhas da banca.

(15) Reserve tempo para revisar provas anteriores do próprio TJ-PE e de órgãos como TRF-5 e UFPB, já que as questões de Engenharia de Software são praticamente replicadas de uma seleção para outra.


🎯 Conclusão

(16) O concurso do TJ-PE é uma oportunidade única, e a preparação em Engenharia de Software pode ser um diferencial competitivo. Ao dominar requisitos, metodologias ágeis, gestão de configuração e qualidade, você estará não apenas pronto para a prova, mas também para os desafios da carreira pública.

(17) Lembre-se: concurso não é apenas sobre conhecimento, mas sobre estratégia de estudo. Estude com constância, pratique com questões comentadas e mantenha o foco no objetivo.

Boa preparação e até a aprovação 🚀

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