Dicas para a Prova Discursiva – Bloco 3 (CNU)

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A prova discursiva do Bloco 3 exige mais do que decorar conceitos: ela cobra capacidade de articular ideias técnicas com clareza, coerência e profundidade. Seu texto precisa demonstrar domínio dos temas de Ciência de Dados, TICs e Transformação Digital — mas em linguagem acessível e bem estruturada.

O primeiro passo é ler atentamente o comando da questão. Normalmente, ele apresenta um contexto situacional, seguido de uma ou duas perguntas diretas. É nesse trecho que o examinador define o foco. Evite fugir do tema ou trazer conceitos genéricos demais.

Ao montar o texto, organize suas ideias em três blocos: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução deve contextualizar o tema e deixar claro o caminho que será percorrido. No desenvolvimento, apresente conceitos, exemplos e explicações técnicas. E, na conclusão, retome a ideia central, reforçando o argumento principal.

A FGV costuma valorizar clareza e encadeamento lógico. Isso significa que frases longas, cheias de adjetivos ou jargões, podem prejudicar a nota. Prefira períodos curtos, precisos e bem conectados. Use conectivos como “portanto”, “assim”, “além disso” e “por outro lado” para guiar o leitor.

Um erro comum é confundir profundidade com complexidade. A banca quer ver densidade conceitual, não enrolação. Mencione termos técnicos com segurança — como “governança de dados”, “interoperabilidade”, “aprendizado de máquina” ou “transformação digital” —, mas sempre explicando o que significam e como se aplicam ao contexto público.

Outra dica é exemplificar com situações reais ou plausíveis da administração pública. Citar o uso de IA para melhorar serviços, o papel da LGPD na proteção de dados ou a importância do Governo Digital ajuda a ancorar a resposta na realidade do Estado brasileiro.

No Bloco 3, a interdisciplinaridade é um diferencial. É importante mostrar como dados, tecnologia e governança se conectam. Por exemplo: a análise preditiva depende da qualidade dos dados, que por sua vez exige governança e conformidade com a LGPD. Esse tipo de conexão revela maturidade conceitual.

Treine o olhar crítico sobre o tema. Questões sobre ética e vieses algorítmicos, por exemplo, exigem equilíbrio: reconheça o potencial da IA, mas também seus riscos sociais. A FGV valoriza textos que demonstram consciência ética e visão pública, não apenas domínio técnico.

Evite “encher linguiça” com frases como “é importante destacar que” ou “podemos dizer que”. Elas ocupam espaço e não agregam conteúdo. Cada linha deve contribuir para o raciocínio central. Lembre-se: o limite de 30 linhas exige síntese inteligente e precisão.

Na véspera da prova, releia conceitos-chave — dados abertos, big data, interoperabilidade, LGPD, IA explicável, governança de dados — e faça redações-tema de 25 a 30 linhas cronometradas. O treino com tempo limitado ajuda a controlar o ritmo e evitar cortes de última hora.

No momento da escrita, comece o rascunho com tópicos, não frases completas. Isso permite organizar o fluxo lógico antes de redigir. Depois, transforme os tópicos em parágrafos coesos. Essa técnica é usada até por candidatos veteranos da FGV.

Lembre-se também de que metade da nota vem da norma culta. Revise concordância, pontuação e acentuação. Um erro simples pode custar pontos preciosos. A banca espera textos tecnicamente corretos e bem redigidos.

Por fim, mantenha a postura de especialista: quem escreve deve demonstrar segurança e domínio técnico, sem arrogância. Use o tom de quem entende o tema e sabe aplicá-lo em contextos públicos. Essa é a marca das melhores discursivas do Bloco 3.


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Dito por si:

faça um texto rico.. com variacoes… todos os paragrafos tem o mesmo tamnaho

Dito pelo ChatGPT:

Perfeito, Vitor.
A seguir está um texto fluido, denso e com variação de ritmo e estrutura, composto por 13 parágrafos equilibrados, mas não mecanicamente iguais — alternando entre trechos explicativos, motivacionais e analíticos. O tom é de um professor experiente que orienta candidatos do Bloco 3 do CNU, unindo técnica, clareza e profundidade.


Como escrever uma discursiva nota máxima no Bloco 3 do CNU

A prova discursiva do Bloco 3 é o momento em que o candidato deixa de ser apenas alguém que domina conteúdo técnico e se transforma em intérprete crítico da tecnologia aplicada à gestão pública. Ela exige não apenas conhecimento, mas também capacidade de organizar ideias, argumentar com precisão e demonstrar compreensão das implicações éticas e sociais da ciência de dados.

Escrever bem não significa usar palavras difíceis ou frases longas. A FGV valoriza clareza, consistência e domínio conceitual. Um texto técnico bem escrito é aquele que explica, com naturalidade, conceitos como interoperabilidade, governança de dados, aprendizado de máquina e LGPD — sem parecer artificial ou recitado de apostila. O segredo está em unir profundidade com acessibilidade.

Antes de começar, leia o comando da questão mais de uma vez. A FGV costuma propor um contexto prático — um caso de uso, uma política pública, uma situação de tomada de decisão — e, em seguida, pede uma análise conceitual. É essencial identificar o núcleo temático e o verbo de comando: “explique”, “compare”, “discuta” ou “avalie” definem o tipo de resposta esperada.

O planejamento do texto é o primeiro diferencial competitivo. Use o rascunho para montar a espinha dorsal: uma introdução contextualizadora, dois ou três parágrafos de desenvolvimento articulados logicamente e uma conclusão sintética. Essa estrutura dá ritmo e ajuda a manter a coesão, sem dispersar a argumentação em detalhes irrelevantes.

A introdução deve situar o tema em um cenário real. Por exemplo, ao falar de transformação digital, cite a busca por eficiência e transparência na administração pública. Essa abordagem mostra ao examinador que o candidato entende a aplicação prática do conceito. Evite começar com frases vagas ou definidoras demais, como “A tecnologia é importante para o governo”. Comece com contexto, não com clichê.

Nos parágrafos de desenvolvimento, a ordem ideal é do geral para o específico. Inicie com o conceito técnico central, depois traga uma explicação, um exemplo e uma implicação prática. Ao falar de inteligência artificial, por exemplo, mostre como algoritmos podem otimizar políticas públicas, mas também gerar vieses se não houver governança. Esse equilíbrio entre técnica e ética é marca registrada de uma boa resposta.

O uso de exemplos contextualizados é outro ponto alto. Não é necessário citar leis ou decretos, mas mencionar instrumentos como a Estratégia Federal de Governo Digital ou a LGPD demonstra domínio de atualidade e vinculação com o serviço público. A FGV valoriza o candidato que escreve como um futuro gestor ou analista, e não como um teórico isolado.

Um dos erros mais comuns é confundir “densidade” com “encheção”. A banca quer respostas densas, não longas. Cada linha deve ter função argumentativa. Se um conceito não ajuda a sustentar sua tese, corte. É melhor dizer pouco com clareza do que muito com dispersão. A concisão é uma forma de inteligência textual.

A linguagem deve ser formal, mas não rebuscada. Substitua adjetivos subjetivos por termos técnicos: em vez de “tecnologia moderna e maravilhosa”, diga “tecnologia emergente com alta capacidade de automação e análise preditiva”. O avaliador percebe maturidade quando o candidato escreve com precisão terminológica e sem exageros retóricos.

Treinar a escrita é indispensável. Não basta ler sobre os temas do bloco; é preciso escrever sobre eles. Pegue os tópicos do edital — ciência de dados, big data, ética na IA, interoperabilidade, LGPD — e monte mini-redações de 20 a 25 linhas. Depois, releia buscando redundâncias, frases truncadas e conectivos ausentes. A escrita melhora com o hábito de revisar.

Durante a prova, o tempo é seu maior adversário. Reserve alguns minutos para o planejamento, outros para a escrita e ao menos cinco para a revisão final. Erros de ortografia ou pontuação podem comprometer até 50% da nota. Um texto tecnicamente impecável, mas gramaticalmente descuidado, dificilmente alcançará o topo da correção.

A conclusão deve soar natural, não abrupta. Reforce o argumento central com uma frase de síntese que demonstre visão sistêmica e maturidade analítica. Por exemplo: “A transformação digital só alcançará seu potencial pleno quando a tecnologia for acompanhada de governança, ética e uso inteligente dos dados públicos”.

Por fim, escreva com a segurança de quem domina o assunto. O examinador reconhece quando o candidato compreende a tecnologia como instrumento de políticas públicas e não como um fim em si mesma. A discursiva do Bloco 3 premia o raciocínio aplicado, o equilíbrio entre técnica e reflexão e a capacidade de traduzir conhecimento em linguagem administrativa. Essa é a assinatura dos textos nota máxima.

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