Estudo pós-edital: erros que cometemos (parte 1)

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O edital chegou! E agora?

Quando começamos a estudar para concursos devemos ter em mente dois parâmetros básicos: definir qual o nosso objetivo (cargo, carreira) e criar um cronograma de estudos.

Estabelecer o estudo para o concurso com foco é essencial para que possamos direcionar toda nossa energia a um único ponto. Ficar “pulando” de edital em edital acaba por nos colocar estudando sempre de forma apressada e sem que consigamos planejar devidamente os passos a serem dados de acordo com a situação apresentada.

Construir o cronograma de estudos passa antes pela escolha do material. Feito isso, é preciso, então, de acordo com a metodologia escolhida (estática ou dinâmica), pensar, semana após semana, como avançar nos vídeos e apostilas para adquirir o conhecimento necessário ao sucesso almejado.

Mas eis que, ainda que tenhamos um bom planejamento, podemos ser “pegos de surpresa” com o lançamento do edital antes do esperado.

Foi isso que aconteceu comigo, Professor!!! O que eu faço?

Muita hora nessa calma! =)

Bem, há de se ter em mente que o estudo pré-edital, ainda que não se tenha esgotado tudo a que nos propomos, já é um baita “adianto”. No entanto, se não modificarmos nosso modo de agir no pós-edital, acabaremos por não alcançar o tão esperado cargo público. Vamos enumerar alguns erros e tentar evitá-los.

1º ERRO: não ler o edital

 

Sun Tzu, em “A arte da Guerra”, diz que, se não conhecermos nosso inimigo e nem a nós mesmos, iremos cair a cada batalha. De outra sorte, se o conhecermos e nos conhecermos, não será preciso temer o resultado de 100 batalhas.

O autoconhecimento é atingido à medida em que, com planejamento, executamos os estudos, controlamos a execução e avaliamos os resultados alcançados. E o conhecimento do nosso inimigo?

“A vitória ou a derrota pertencem aos deuses. Saudemos a competição.” (provérbio hindu)

 

Engana-se quem pensa que o inimigo está sentado ao nosso lado, o concorrente. Esse pensamento faz com que percamos o controle sobre nossos resultados. É mister assimilar que a prova é um teste pessoal. Preciso melhorar a cada dia e, no momento do certame, atingir o ápice, assim como os atletas profissionais que treinam para as olimpíadas.

Aceito não passar porque alguém foi melhor do que eu, mas nunca admitirei reprovar porquanto tenha sido negligente em minha preparação. Com isso em mente, fica claro que seu inimigo é a prova e nunca o concorrente.

O conhecimento da prova se faz, primeiro, com a leitura do edital. Ler detalhadamente as disposições é condição essencial para uma boa preparação. Além disso, é um fator motivacional de extrema validade. Lembro de quando li o edital da PRF pela primeira vez, falando sobre o treinamento, vi-me lá treinando e, cada vez que fraquejava, isso acontece com todos nós, voltava a ler e me imaginar sendo preparado para ser policial.

2º ERRO: não planejar os estudos

Já me peguei pensando sobre a preparação para escalar o Everest, a montanha mais alta do planeta. Dificilmente, para não dizer que é impossível, alguém terá sucesso se não estipular cada passo da sua caminhada.

 

O que isso tem a ver com concursos públicos?

Guardadas as devidas proporções, tem tudo a ver! Sem um bom planejamento, não se chega a lugar algum. Mais ainda, nos perdemos no meio da quantidade imensa de materiais disponíveis, na falta de organização do tempo para estudos e, principalmente, na não objetividade, ou seja, na falta de determinação dos recursos necessários para nos pormos na direção do sucesso.

Ah! Mas planejar toma muito tempo, e meu tempo tem que ser usado para estudar, Professor!

Esse é um pensamento perigoso.  A falta de planejamento, sem sombra de dúvidas, faz com que percamos muito mais tempo ao longo da caminhada, quer queira porque ficamos perdidos no meio dos materiais, quer queira pelo retrabalho associado, o fato de termos que verificar o que já é matéria vencida.

Dedicarmos um tempo para detalhar a forma como o objetivo será alcançado é a forma como os vencedores iniciam a trajetória de sucesso. Certa vez, vi um filme, do qual não me recordo o título agora, em que um CEO falava assim: se me passarem a tarefa de derrubar uma árvore gigantesca em uma semana, passarei metade do tempo amolando o machado.

Ora, não vamos dedicar meses preparando nossos recursos para estudar, mas alguns dias são essenciais. Ao invés de perder tempo, estamos, na verdade, poupando-o no futuro.

No próximo artigo, apresentarei mais erros que cometemos.

Já pensou em fazer coaching?

Vamos que vamos!!!

Um abraço.

Rodrigo Silva


Analista Legislativo da Câmara dos Deputados. Aprovado diversos concursos públicos, destacando-se o primeiro lugar na Polícia Rodoviária Federal, Banco do Brasil e Técnico de Controle Interno na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.


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