Framework Spring Boot

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Olá, querido(a) aluno(a)!
Neste artigo vamos compreender o framework Spring Boot, tecnologia essencial para o desenvolvimento de aplicações Java modernas e presença constante em editais de concursos de TI. O conhecimento de seus conceitos, funcionalidades e vantagens é indispensável tanto para resolver questões de prova quanto para atuar profissionalmente em equipes que desenvolvem sistemas corporativos.

O Spring Boot é um projeto do ecossistema Spring que tem como principal objetivo simplificar a criação e configuração de aplicações Java. Antes de sua criação, o desenvolvimento com Spring exigia configurações extensas em arquivos XML ou anotações espalhadas, o que aumentava a complexidade inicial de qualquer projeto. O Spring Boot surgiu como resposta a esse problema, trazendo convenções, configuração automática e ferramentas que aceleram o ciclo de desenvolvimento.

Um dos pilares do Spring Boot é o conceito de “opinionated defaults”, ou seja, padrões de configuração previamente definidos que atendem à maioria dos cenários comuns de desenvolvimento. Isso permite que o desenvolvedor comece rapidamente sem precisar decidir todos os detalhes de configuração desde o início.

Outro recurso fundamental é a configuração automática (auto-configuration). O Spring Boot é capaz de detectar bibliotecas presentes no classpath e ativar automaticamente as configurações necessárias. Por exemplo, se o projeto inclui o Spring Data JPA e um driver de banco de dados, o Boot já configura o EntityManager, o DataSource e a conexão.

O Spring Boot também introduziu o conceito de “starters”, dependências pré-configuradas que agrupam bibliotecas frequentemente usadas em conjunto. Um exemplo é o spring-boot-starter-web, que inclui tudo o que é necessário para criar uma aplicação web com suporte a REST.

No que se refere à execução, o Spring Boot proporciona aplicações standalone, ou seja, que podem ser executadas diretamente com o comando java -jar, sem a necessidade de implantar o artefato em um servidor de aplicação externo. Isso é possível graças ao uso embutido de servidores como Tomcat, Jetty ou Undertow.

A integração com Spring Actuator também é um diferencial. Esse módulo adiciona endpoints prontos para monitoramento e métricas, permitindo observar saúde da aplicação, métricas de uso, logs e configurações em tempo real, fundamentais em ambientes corporativos.

Outro ponto importante é o suporte à integração contínua e implantação em nuvem. O Spring Boot foi projetado para trabalhar bem em plataformas de contêineres como Docker e orquestradores como Kubernetes, além de se integrar facilmente com serviços de nuvem como AWS, Azure e GCP.

Do ponto de vista arquitetural, o Spring Boot é utilizado como base para a construção de microsserviços. Sua leveza, rapidez de inicialização e facilidade de integração com o Spring Cloud tornam-no uma escolha natural em projetos distribuídos.

Em concursos, questões sobre Spring Boot geralmente cobram seus principais conceitos: starters, auto-configuration, Actuator, execução standalone e relação com microsserviços. Estar atento a esses pontos garante maior segurança na hora da prova.

Referências essenciais

Walls, C. Spring Boot in Action. Manning, 2016.

Spring Framework Documentation: https://spring.io/projects/spring-boot

NIST SP 800-204A: Building Secure Microservices-based Applications Using Service-Mesh Architecture

Vamos ver como este conteúdo já foi cobrado?

1. (FCC – 2023 – TRT-15 – Analista Judiciário – Tecnologia da Informação)
Um Técnico utilizou o Spring Boot para criar e implantar microsserviços em Java. Para definir um ponto de entrada para os microsserviços, gerenciando o tráfego, autenticando usuários e roteando solicitações para os serviços corretos, este Técnico deve utilizar uma escolha comum para essa finalidade, que é o Spring
a) Route WebFlux.
b) Cloud Gateway.
c) Cloud Function.
d) Cloud Stream.
e) Integration.

Gabarito: letra b
Comentário: O Spring Cloud Gateway é o componente do ecossistema Spring usado como gateway em arquiteturas de microsserviços. O Spring Boot serve como base para criar o microsserviço, mas o gerenciamento do tráfego é função do Gateway.

Prof. Jósis Alves
Analista de TI no Supremo Tribunal Federal
Instagram: @josisalvesprof @aprovati

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