Gestão de Processos para a DATAPREV – Geral

Saudações concurseiras! DATAPREV à vista…

Em meu post anterior (https://blog.grancursosonline.com.br/gestao-de-processos-para-a-dataprev/) me comprometi a preparar uma série de 3 posts para apoiar sua preparação em BPM para a DATAPREV. Começo com este, que batizei de “Geral”.

O teor deste post, seus conceitos e as questões resolvidas e analisadas, abordam o conteúdo “Conceitos de gestão de processos e modelagem de processos de negócio usando BPMN” cobrado nos cargos 1, 7, 11, 14, 16, 19 e 20 do Edital da DATAPREV.

Conceitos

Mas, afinal, o que é BPM? BPM é uma abordagem de gerenciamento disciplinada para identificar, projetar, executar, documentar, medir, monitorar e controlar processos de negócio, tanto automatizados como não automatizados, para alcançar resultados consistentes e direcionados, alinhados aos objetivos estratégicos da organização.

Ainda, BPM envolve a definição deliberada, colaborativa e, cada vez mais assistida por tecnologia, melhoria, inovação e gerenciamento de processos de negócio de ponta a ponta que direcionam resultados de negócio, criam valor para os clientes e permitem que uma organização atinja seus objetivos de negócio com mais agilidade.

Vejamos como o CEBRASPE cobra esse conteúdo de você. Temos uma questão da APEX Brasil, do ano de 2022:

Seguindo com os conceitos, a imagem a seguir, extraída do BPM CBOK, nos ajuda a conhecer os mais relevantes conceitos de BPM e a fazer uma revisão geral deles:

Figura 2.1 – Processos orquestrando atividades

Primeiramente, vale explicar a divisão entre visão lógica (processo) e visão física (função). Vimos mais acima que BPM trata do processo de ponta a ponta, perpassando por diversas áreas funcionais – daí que processo e subprocesso têm esse viés de visão lógica, pois se preocupam com todo o trabalho (“o que”), ponta a ponta, independente de quais áreas funcionais estão envolvidas na sua execução.

Para conseguirmos decompor (ou descrever) um subprocesso, precisamos adentrar nas áreas funcionais (aqui chamadas de função de negócio), para isso, precisamos de uma visão física – de como o trabalho é executado. A partir deste ponto, da função de negócio, atividade, tarefa, cenário e passo, estamos, sempre, na visão física, buscando descrever “como” o trabalho é realizado.

Vejamos uma questão recente sobre o tema, para a PETROBRAS, do ano de 2023:

Vamos, por partes, analisar essa afirmação da banca. Atividades são compostas por tarefas – daí que são conceitos diferentes. E tarefa é uma decomposição da atividade em um conjunto de passos (ou PROCEDIMENTOS) necessárias para realizar um trabalho. Percebe como o CEBRASPE misturou os conceitos?

Para finalizarmos esse primeiro post, preciso apresentar a você a divisão dos tipos de processos. Segundo o BPM CBOK, existem três tipos de processos de negócio: primários (ou finalísticos), de suporte (ou de apoio) e os gerenciais (ou de gerenciamento e gestão).

Os processos primários são processos multifuncionais de ponta a ponta, que entregam valor diretamente aos clientes. São geralmente chamados de processos principais, pois representam as atividades essenciais que a organização executa para cumprir sua missão.

Já os processos de suporte são projetados para apoiar os processos primários; geralmente gerenciando recursos e/ou infraestrutura exigidos pelos processos primários. A principal diferença entre os processos de suporte e os primários, é que os de suporte não entregam valor diretamente para o cliente.

Por fim, os processos de gerenciamento são usados para medir, monitorar e controlar atividades de negócio. Os processos de gerenciamento garantem que um processo primário ou de suporte atenda às metas operacionais, financeiras, regulatórias e legais.

Os processos de gerenciamento não agregam valor diretamente aos clientes, mas são necessários para garantir que a organização opere de maneira eficaz e eficiente.

Vejamos uma questão recente do CEBRASPE, cobrando esse tipo de conhecimento. Prova do TCE-SC, para o cargo de auditor fiscal de controle externo:

Pela análise da afirmativa do CEBRASPE, você percebe claramente uma “confusão” entre esses conceitos e a tipologia dos processos de negócio. Se o processo de tecnologia da informação, de acordo com a questão, é estratégico, ele não pode ser classificado como de apoio. Faço aqui uma ressalva: na “vida real”, normalmente, os processos de TI (assim como outros que gerenciam recursos ou infraestruturas) são classificados como de apoio.

Com isso, fechamos esse primeiro “resumão”. No próximo post, vou abordar o conteúdo para o cargo 3, ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – PERFIL: ANÁLISE DE NEGÓCIOS.

Vamos juntos e conte comigo para apoiar a sua aprovação!

Bons estudos!

Fernando Escobar

Doutorando em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho, em Portugal, com pesquisas relacionadas a gestão de projetos/processos, transformação digital e blockchain aplicados ao setor público.

Mestre em Computação Aplicada pela Universidade de Brasília (UNB), com linha de pesquisa em Gestão de Riscos. Também possui Especialização em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Entre 05/2010 e 07/2016, como Servidor Público Federal, foi Analista em Tecnologia da Informação, vinculado à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Desde 08/2016, é Servidor da Justiça Federal, do cargo de Analista Judiciário, especialidade Informática, do quadro do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1a Região.