Leia isto antes de estudar!

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O mundo de business acerca de concursos é recente – recente em relação à expectativa de vida do mercado financeiro. Quando eu me formei, em meados de 2010, não existiam tantos especialistas nesse assunto, e o concurso público era trabalhado de maneira um tanto não profissional. Vou me explicar: a maioria dos cursinhos preparatórios focavam suas práticas no processo de aprendizado, e não na prova. Claro que a tecnologia ajudou muito o desenvolvimento e a propagação do conhecimento. Até pouco tempo atrás, nossa única fonte de informação de jurisprudência era um compilado dos principais julgados que saía no final do ano. Eram tomos e tomos de decisões. A Internet e o sistema push mudaram isso.

Mas o que quero dizer sobre focar no conhecimento, e não na prova?

Os cursos preparatórios eram mais extensões da faculdade. Tentava-se preencher o vazio que a faculdade havia deixado e dar uma educação, por assim dizer, superior ao que a Academia havia entregado, completando as lacunas de aprendizado. Não é surpresa para ninguém que a faculdade, especialmente a de Direito, deixa a desejar no processo de aperfeiçoamento e esgotamento do conhecimento, mas isso é assunto para outro artigo. O importante aqui é que a prova de concurso não era trabalhada do jeito que deveria ser nos preparatórios.

Uma prova de concurso não é igual a uma prova de faculdade, e nunca será. Nesse tipo de prova, temos o conjunto de várias disciplinas trabalhando em caráter conjunto ao longo de (em média) quatro horas ininterruptas de prova, isso tudo sob o jugo do cansaço, da fome e da ansiedade. É por isso que não se passa em um concurso com apenas meses de preparação (o aluno médio). Mesmo assim, a nossa primeira iniciativa é querer copiar o método de estudo da faculdade e levá-lo para o concurso. Foi nisso que muita gente errou no início dos anos 2000.

Eu acredito que a primeira pessoa que trabalhou o concurso público sob a ótica da prova foi William Douglas. Esse grande mestre escreveu um livro que realmente enfrentou o dilema entre candidato e prova e traçou os parâmetros que foram seguidos por muitos cursinhos preparatórios anos depois, inclusive hoje. Mas o que ele fez de tão diferente? Simples.

Se o concurso público é uma prova interdisciplinar, não tem por que o aluno encará-lo como se fosse uma preparação única. Assim, o método mais saudável de estudar vários conteúdos ao mesmo tempo não é pelo esgotamento repetitivo de uma disciplina por vez, pois, dessa forma, sua mente mal se recordará do que estudou três meses atrás. O método de estudo mais adequado é o mesmo que trabalhamos desde nossa primeira série do colégio: o ciclo de estudos.

Pensando também nas provas, visualizou-se que nenhuma preparação será perfeita, a não ser que se preencham os demais temas exigidos no concurso, quais sejam: leitura de lei e resolução de questões.

Grande parte das bancas cobra de maneira muito acentuada a letra seca de lei, por isso é muita inocência acreditar que sua preparação estará completa sem esse requisito. Eu sei que existem leis que são mais “acessíveis” que outras, mas não há muito o que se pensar sobre isso.

Segue um resumo de como fazer a leitura adequada de lei. Primeiro, pense: o que significa a expressão “lei seca”? Lei seca é o próprio texto da lei, sem quaisquer comentários. Ler lei seca é fazer a leitura do texto normativo, sem destaques, anotações, comentários. Quando você pega seu Vade Mecum e decide ler o Código Penal, você está fazendo a leitura da lei seca.

 

“Onde consigo o texto da lei para ler?”

Você consegue através do site do Planalto. Basta jogar o nome do dispositivo legal desejado na pesquisa do Google – o link para o site http://planalto.gov.br, em regra, será o primeiro da pesquisa. Lembrando que, pelo site do Planalto, o conteúdo estará totalmente atualizado, além de ser gratuito. Outra fonte para acesso de lei é através de compêndios próprios para esse tipo de leitura. O mais famoso é o Vade Mecum. Esse manual é formado pela junção de várias legislações em único livro para facilitar a vida de estudantes (em especial os de Direito). Existem vários modelos dele fornecidos por diversas editoras, e eu sugiro sempre que você vá a uma biblioteca e confira alguns desses modelos antes de comprar um, até para você ver se gosta do material. Outra recomendação importante é você se atentar para sempre adquirir um material atualizado.

 

“Como melhoro meus estudos da lei?”

Evite fazer a leitura de leis extensas de uma vez só. Estude mais de uma matéria por dia para evitar a fadiga mental. Reparta o material em partes pequenas para ler cada uma delas durante um tempo e “casar” a leitura com outros conteúdos. Também faça apontamentos. Destaque os trechos mais importantes da legislação. Faça links com os outros assuntos relacionados ao que está estudando. Volte à leitura quando se deparar com alguma questão que tenha referência. Grife, abuse de marca-textos, faça anotações, o melhor que puder para que o conteúdo se torne cada vez mais familiar a você. Depois determine um tempo máximo de três minutos por página na primeira leitura (não se deve desperdiçar tempo no primeiro contato com a lei).  Por último, crie o hábito de ler lei seca. O hábito vence o medo, o cansaço e o desespero, e o maior aliado dele é a repetição. Reserve um tempo de seu estudo para leitura de lei seca e honre esse compromisso.

 

“E como me preparo para resolver questões?”

A primeira dica é: reserve um tempo em seu cronograma apenas para fazer questões. Você pode traçar isso de duas formas: a) resolvendo provas anteriores (eu apenas recomendo isso quando você já tiver vencido um conteúdo adequado); b) montando simulados com as disciplinas e matérias já estudadas. Dessa forma, você pode listar no seu horário todas as disciplinas que já estudou, estudar alguma que elegeu como “a do dia” ou escolher um horário para cada uma. A forma é livre. Vale a pena também selecionar as disciplinas e matérias estudadas mais recentemente e resolver questões sobre elas no formato simulado.

Estabeleça um mínimo adequado de questões para o tempo que irá utilizar para resolver essa tarefa e sempre, sempre, SEMPRE faça questões utilizando o estudo reverso.

 

“Por onde posso fazer questões?”

Existem vários repositórios onde você pode encontrar um acervo de questões apto para a sua prática. Para você que é assinante do Gran Cursos Online, nós temos o Gran Questões, onde você terá acesso a mais de 1.000.000 de questões; a plataforma é atualizada com 13.000 novas questões por mês e tem o selo de qualidade Gran Cursos Online, além de ter mais de nove anos de mercado. Lá você também terá acesso a mais de 50.000 questões comentadas!

Mais do que saber a resposta correta da questão resolvida, é preciso saber exatamente os motivos pelos quais as outras alternativas estão erradas. Os nossos professores (alguns já até participaram de bancas examinadoras) esclarecem tudo para você! Contamos ainda com um sistema que apresenta a quantidade de questões resolvidas, monitora erros e acertos e apresenta exatamente as disciplinas e assuntos que precisam de mais atenção. Depois, é só clicar no assunto para montar um simulado específico, baseado no que você precisa melhorar no seu desempenho, eliminando o que está puxando sua pontuação para baixo nas provas.

No Gran Questões, você também pode aplicar um filtro com o qual você poderá buscar exatamente as questões relacionadas ao conteúdo que precisa para alcançar o cargo dos seus sonhos. Filtre as questões separadamente por disciplina, assunto, palavra-chave, banca examinadora, nível de escolaridade, ano, nível de dificuldade, órgão, cargo, esfera administrativa, estado e diversas outros critérios para acelerar o seu treino. Basta clicar aqui e conhecer mais sobre essa incrível ferramenta.

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