A depreciação é um dos conceitos mais importantes da contabilidade, especialmente em concursos públicos, onde é frequentemente cobrada em questões teóricas e práticas. Ela representa a perda de valor de um ativo imobilizado devido ao uso, desgaste ou obsolescência, e seu correto cálculo é essencial para a elaboração das demonstrações financeiras.
Nos editais de concursos, a depreciação geralmente aparece como parte dos tópicos relacionados à contabilidade geral ou à contabilidade aplicada ao setor público. Os candidatos precisam dominar não apenas o conceito, mas também os métodos de cálculo e sua aplicação em diferentes cenários.
Os métodos de depreciação mais cobrados em provas são o método linear (ou da linha reta), o método da soma dos dígitos e o método das unidades produzidas. Cada um deles tem características específicas e é aplicável em situações distintas.
O método linear é o mais simples e amplamente utilizado. Ele consiste em distribuir o valor depreciável de um ativo de forma uniforme ao longo de sua vida útil. Por exemplo, se uma máquina custa R$100.000, tem um valor residual de R$ 10.000 e uma vida útil de 10 anos, a depreciação anual será de R9.000 -> Valor depreciável = Custo de aquisição – Valor residual.
Já o método da soma dos dígitos é um pouco mais complexo e menos utilizado na prática, mas ainda assim pode aparecer em provas. Ele acelera a depreciação nos primeiros anos de vida útil do ativo. Para calcular, soma-se os dígitos dos anos de vida útil (por exemplo, para 5 anos, a soma é 1+2+3+4+5 = 15) e aplica-se uma fração decrescente ao valor depreciável.
Depreciação Anual:
Ano 1: (5/15) × R$ 90.000 = R$ 30.000.
Ano 2: (4/15) × R$ 90.000 = R$ 24.000.
Ano 3: (3/15) × R$ 90.000 = R$ 18.000.
Ano 4: (2/15) × R$ 90.000 = R$ 12.000.
Ano 5: (1/15) × R$ 90.000 = R$ 6.000.
O método das unidades produzidas é utilizado quando a vida útil de um ativo está mais relacionada à sua capacidade de produção do que ao tempo. Nesse caso, a depreciação é calculada com base no número de unidades produzidas ou horas trabalhadas. Por exemplo, se uma máquina tem capacidade para produzir 1.000.000 de unidades e já produziu 200.000, a depreciação será proporcional a essa produção
Exemplo: (R$ 90.000,00 / 1.000.000) x 200.000 = R$ 18.000,00
Além de conhecer os métodos, é fundamental entender o conceito de valor residual, que é o valor estimado que o ativo terá ao final de sua vida útil. Esse valor não é depreciado e deve ser subtraído do custo do ativo antes de aplicar os métodos de depreciação.
Outro ponto importante é a vida útil do ativo, que pode ser definida em anos, horas de trabalho ou unidades produzidas, dependendo da natureza do bem. A escolha da vida útil influencia diretamente no cálculo da depreciação e, portanto, deve ser feita com critério.
Em concursos públicos, as questões sobre depreciação podem variar desde cálculos simples até situações mais complexas, como a aplicação de diferentes métodos em um mesmo ativo ou a análise do impacto da depreciação nas demonstrações financeiras.
Um exemplo clássico de como a depreciação é cobrada em provas é a seguinte questão: Uma empresa adquiriu um equipamento por R$ 50.000, com valor residual de R$ 5.000 e vida útil de 5 anos. Utilizando o método linear, qual será o valor da depreciação anual?
A resposta correta seria: (R$ 50.000 – R$ 5.000) / 5 = R$ 9.000,00.
Outra forma comum de cobrança é a análise do impacto da depreciação no resultado da empresa. Por exemplo, uma questão pode apresentar uma situação em que a depreciação foi subestimada e pedir ao candidato que identifique o efeito disso no lucro líquido e no balanço patrimonial.
Além disso, algumas provas podem exigir o conhecimento das normas contábeis relacionadas à depreciação, como as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e as normas internacionais (IFRS). Essas normas estabelecem diretrizes para o reconhecimento, mensuração e divulgação da depreciação.
Para se preparar adequadamente, o candidato deve praticar exercícios que envolvam diferentes métodos de depreciação e cenários variados. A resolução de questões de provas anteriores é uma das melhores formas de familiarizar-se com o estilo das perguntas e identificar possíveis dificuldades.
Além disso, é recomendável utilizar materiais didáticos específicos para concursos públicos, como livros, apostilas e videoaulas, que abordem o tema de forma clara e direcionada. Participar de grupos de estudo ou fóruns online também pode ser útil para tirar dúvidas e trocar experiências.
Em resumo, a depreciação é um tema essencial para muitos concursos públicos, especialmente aqueles que envolvem áreas fiscal, financeira e de controle. Dominar os métodos de cálculo e sua aplicação prática é fundamental para obter um bom desempenho nas provas.
Convido você a seguir comigo nessa viagem pelo mundo da contabilidade, explorando sua história, conceitos, aplicações e inovações, além de praticarmos questões já cobradas pelas principais bancas de concursos.
Espero que a leitura deste e dos próximos artigos seja útil para sua jornada. Um abraço e até nosso próximo encontro!
Nayara Mota – Professora de contabilidade. Graduada em Ciências Contábeis em 2015 pela UNOESC, com especialização em Administração Pública pela UFRGS e em Contabilidade e orçamento público pela Universidade Metropolitana.
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