Para começar o artigo deste mês, em primeiro lugar, gostaria de deixar claro o seguinte aspecto: tudo começa com a consciência de sabermos o que não sabemos, ou seja, ter a capacidade de entender a própria humildade intelectual. Todos nós deveríamos ser capazes de fazer uma grande lista de habilidades em que somos ignorantes.
No meu caso, por exemplo, poderia citar artes, química, física, astronomia… O reconhecimento das próprias fraquezas abre o caminho para a dúvida. Quando a compreensão atual é questionada, acabamos por nos interessar em descobrir informações daquilo que não sabemos. Essa procura nos leva a novos horizontes, que, por sua vez, perpetuam nossa humildade no sentido de se dedicar ao quanto ainda temos que aprender.
Quem nunca ouviu aquela máxima: “Conhecimento é poder”? Se conhecimento é poder, saber o que não sabemos é sabedoria! Os grandes filósofos da humanidade sempre apregoaram sua preferência entre humildade e orgulho, dúvida e certeza, curiosidade e conclusão.
O orgulho, a vaidade e a soberba geram convicção em vez de dúvida. A pessoa acaba sendo vítima da “síndrome do filho de pai rico”, descansando tranquilamente sobre os louros ao invés de colocar-se à prova. As convicções excessivas e o receio sobre o novo podem criar limitações ao desenvolvimento e ao aprendizado intelectual – o que trará impactos negativos na evolução dos estudos.
Lembro perfeitamente que, quando comecei a estudar para concursos, nos idos de 2002 e 2003, foquei quase que exclusivamente em uma única ferramenta: livros com resumos das matérias. Era mais fácil. Alguém já havia feito o trabalho duro. Bastava eu me debruçar sobre aquele material que me sairia bem nas provas. Acreditava sinceramente que conseguiria conquistar uma vaga no serviço público estudando dessa forma. Resultado: reprovações!
Quebrei muito a cabeça para entender que deveria assistir aulas presenciais (na época era a única forma de ter acesso aos professores) e realizar infinitas sessões de exercícios. Enfim, quando percebi meu erro de planejamento e o corrigi, tive uma evolução fantástica.
A “praga” do conhecimento absoluto é que ele encerra a nossa mente para aquilo que não sabemos. A condição de abrir a cabeça e a vontade de fazê-lo é o que nos dará discernimento. Repensar, rever velhas práticas/certezas e reorientar a bússola de nossas navegações são hábitos cada vez mais importantes.
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