O concursando e o poder da repetição

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20 de outubro3 min. de leitura

tamanho-quadradoE não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo colheremos, se não houvermos desanimado. (Gálatas 6.9)

Olá querido leitor.

Desde a mais tenra idade, aprendemos que não devemos repetir os mesmos erros, pois isso atrapalha e dificulta o crescimento na vida.

Interessante o quanto a repetição pode nos ser benéfica ou maléfica, a depender da ótica pela qual a observamos.

Veja!

Às vezes, encontramos pessoas que dominam determinadas áreas do saber com tanta maestria que, abismados, ficamos nos questionando se são pessoas com um “QI” diferenciado. Na verdade, além de muita dedicação e persistência, essas pessoas repetiram, repetiram, repetiram.

Deixa eu te contar rapidamente uma pequena experiência pessoal. Quando eu comecei a estudar para concursos, era tudo tão novo para mim que, confesso, pensei não ia conseguir. E pasmem: uma das matérias em que eu tinha mais dificuldade era o Direito Constitucional. Eu, àquela época, dizia: quero conseguir entender (e decorar), pelo menos, o artigo 1º. Comecei de forma bem modesta, né? (rsrs) Como era uma matéria fundamental para o alcance de minhas metas, fui para o ataque. Enfrentei meu “gigante”. Eu estudava assim: lia o artigo, anotava, fazia questões. Lia novamente, anotava mais alguma coisa, fazia mais questões. Repeti isso diversas vezes. Certa vez, estudando com um grupo de amigos, surgiu uma discussão acerca desse artigo. Eu, de forma quase automática, citei o texto do artigo, falei da doutrina e da jurisprudência, e ainda comentei algumas questões que já tinham sido exploradas em provas. Meus amigos ficaram meio surpresos… e eu mais ainda!!! Ali eu percebi que as  coisas estavam mudando.

O tempo foi passando, o Direito Constitucional foi ficando, a cada dia, mais palpável e apaixonante. Comecei a repetir esse processo de leitura, anotações e exercícios com os demais artigos. O processo deu tanto certo que me tornei professor, apaixonado pela matéria que era a minha maior dificuldade.

Temos que pensar nos estudos como um processo cíclico, no qual, de tempos em tempos, precisamos voltar e repetir alguns passos anteriores para que possamos continuar avançando.

Esse é um lado positivo da repetição, entretanto, temos que evitar a repetição dos mesmos erros. Isso é extremamente prejudicial. O concursando que fica repetindo os mesmos erros nos concursos paga um preço muito alto. E não estou me referindo a questões financeiras. Refiro-me, mais especificamente, ao tempo que se levará para alcançar a aprovação.  Dependendo do tipo de erro que esteja sendo repetido, é possível que a aprovação nem chegue.

Nestes mais de 10 anos envolvido com o mundo dos concursos públicos, tenho visto muitas pessoas repetindo os mesmos erros. Veja alguns exemplos:

– pessoas que fazem todos os concursos que são abertos, independentemente, da área (saiu concurso? Ela  faz…). Isso não é bom!

– pessoas que não estudam;

– pessoas que leem, assistem a vídeo-aulas, mas não anotam uma letra sequer. Acreditam que possuem uma mente tão poderosa que os farão  lembrar tudo o que ouviram, na hora da prova;

– pessoas que, com um olho assistem à aula, e com o outro estão  antenadas em todas as redes sociais; (não sou contra as redes sociais. Mas penso que há hora para cada atividade.)

– pessoas que não fazem exercícios dos temas que foram estudados;

– pessoas que não possuem planejamento de estudos…

Enfim, poderíamos listar diversos itens. Mas acredito que já deu para entender. E destaco novamente: eu não estou compartilhando com você algo que li em livros ou que me falaram. Não! Neste exato momento em que escrevo este texto, (às 23:48h) eu estou mostrando para você a triste realidade de muitas pessoas que não perceberam que estão caminhando como certa música diz: ‘deixa a vida me levar, vida leva eu”…

Você não precisa repetir esses erros!

Augusto Cury diz que “uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros”.

O melhor caminho é refletir acerca das atitudes diárias. O que é bom deve ser repetido. O que é ruim, abandonado.

Decida repetir atitudes vencedoras. Repita a disciplina.  Repita a persistência. Repita a autoconfiança. Repita. Repita…

Por fim, lembre-se: pela lei da semeadura, tudo o que plantamos, nós colhemos. Então, analise o que você está colhendo nesse exato momento. Talvez esteja na hora de mudar “’a semente”, para que se mudem os frutos.

 

Sucesso.

Até a próxima.

Wellington Antunes

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Wellington Antunes
wellington-antunesProfessor de Direito Constitucional, Licitações, Contratos e Convênios. Servidor Efetivo do MPU. Aprovado para Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados/2014 (aguardando nomeação) Aprovado para Analista de Finanças e Controle da CGU (aguardando nomeação). Graduado em Administração Pública. Pós-Graduado em Direito Administrativo no IDP (Especialista). Instrutor interno do MPU (atuante na área de Licitações e Contratos, entre outras funções – pregoeiro, elaboração de Editais, Projetos Básicos e Termos de Referência, instrução de processos de dispensa e de inexigibilidade)”.

 

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