Em outra oportunidade, conversamos a respeito de Inteligência Emocional – IE – e concursos públicos. Estudar sobre IE nos faz perceber que dominar conteúdo de edital não é suficiente para a aprovação. Precisamos de técnicas. É exatamente a respeito disso o assunto deste artigo.
Iniciei os estudos para concursos públicos aos 18 anos. De lá para cá, houve mudanças significativas a respeito do que e como estudar. Nessa trajetória, consegui estabelecer técnicas e, por meio de um planejamento de carreira, tornou-se possível a aprovação no cargo almejado. Porém, “bati muito cabeça”. Isso não se faz mais necessário, caro leitor. Explico:
- Temos uma gama de material, de qualidade, à disposição – observe, por exemplo, a assinatura ilimitada do Gran Online (videoaulas e PDFs autossuficientes). É possível acessar tudo em qualquer lugar e a qualquer momento;
- Há sítios especializados em ofertar questões anteriores de provas. Possuem uma vasta base de dados. Pode-se: selecionar provas, bancas, matérias, assuntos, anos. Veja, como possibilidade, o Rota dos Concursos;
- É possível, ainda, compreender o comportamento das bancas em provas anteriores. Qual o percentual cobrado, por tópicos dos editais (ajudando, consideravelmente, na hierarquização dos pontos a serem estudados dentro do planejamento);
- Há estudos sobre a forma como os conteúdos são cobrados – conforme as bancas. Pode-se verificar se fazem uso da norma seca ou se exploram a doutrina e a jurisprudência. Busque, por exemplo, o Quebrando a Banca;
- É possível, ainda, buscar assessoria de profissionais de mentoring/coaching para concursos. Temos uma equipe de coaches no Gran Online.
Tudo isso é fantástico, não é mesmo? Caso seja bem utilizado, amigo leitor! De nada valerá tanto recurso, inexistindo uma técnica de articulação e utilização dele. E como isso funciona?
- Estudo;
- Produção de material próprio para revisão;
- Resolução de exercícios;
- Retroalimentação do processo.
Expliquemos cada tópico:
Estudo
É necessário aprender a aprender: definir uma área de atuação; compreender as motivações para ingresso e eleger o concurso foco daquela ocasião; criar planejamento com distribuição de tempo proporcional ao domínio em cada matéria e seu peso equivalente no edital e quantidade de material a ser estudado; escolher material adequado, de qualidade, atualizado.
Ressalta-se a importância de ter local apropriado, postura e estabelecimento de uma rotina de estudos. Essa é dureza! Iniciar um novo hábito é fácil, difícil mesmo é persistir nele, promovendo a efetiva mudança de comportamento. Phillippa Lally, psicóloga britânica na Universidade College, em Londres, foi responsável por uma pesquisa na qual orientou alunos a adotar um novo hábito.
Qual seria o hábito? Incluir, após o almoço, uma fruta na refeição ou praticar exercícios físicos, por 15 minutos, repetida e diariamente, por doze semanas. A pesquisadora publicou os resultados do estudo na European Journal of Social Psychology. Eles demonstraram que a naturalização/constância do hábito se efetivou, em média, após 66 dias.
Diante disso, é possível verificar que, para estimular-se a persistir e naturalizar um hábito, recompense-se, constantemente, por sua meta cumprida, uma a uma, uma por vez.
Revisão
Produzir o próprio material de revisão é ter aprendizagem ativa. Ler não é apreender. Há meios ativos, como os resumos, marcações, explicação a si mesmo, flashcards, quadro comparativo, entre outros. Particularmente, os mapas mentais me são, disparadamente, mais atrativos. Entretanto, não há fórmula mágica, caro leitor. É preciso experimentar e, quando descobrir o mais agradável para si, verá sua produtividade melhorar consideravelmente.
Resolução de questões
É preciso aplicar seu conhecimento. Como? Resolvendo questões anteriores –preferencialmente elaboradas pela banca responsável pelo certame escolhido por você. Isso é unânime! É improvável uma aprovação sem apropriação da linguagem, da forma como as bancas cobram os conteúdos. Posso explicar!
Certa vez, comecei a estudar por um material impecável, de um dos mais conhecidos professores daquela disciplina. Fiz meu material de revisão e, ao resolver questões da banca, acertei apenas 40% delas. Algo estava estranho. Porém, percebi que, para aquela disciplina, a banca organizadora focava na norma seca. Refiz o processo, estudei novamente, produzi novo material de revisão e… 80% de acerto. Ou seja, conheça seu “inimigo”, e terá a técnica correta para “abatê-lo”.
Em continuidade, monitore seu desempenho. Acompanhe sua evolução, verifique o aumento na quantidade de seus acertos. Essas atitudes o ajudarão a percorrer o caminho da aprovação. Eleve o sarrafo, persiga atingir acertos acima de 90% de sua bateria de exercícios. É possível, acredite!
Retroalimentação
Ao resolver questões, é natural surgir algum ponto não visto na etapa do estudo, e, por consequência, também ausente no material de revisão. Retorne, leia, acrescente ao material elaborado por você e refaça as questões. Retroalimentar é confirmar, corrigir, complementar, constantemente, as etapas da técnica apresentada. Para isso, aja, movimente-se, naturalize seus estudos a ponto de sentir falta de sua rotina – seu sucesso será certeiro!
Vamos à tarefa? Acrescente um hábito novo e persista em sua automatização. Pensemos em uma meta somente. Pode ser, para um iniciante, comprometer-se a estudar uma hora por dia. Para quem já iniciou um ritmo, podemos pensar em acrescentar, diariamente, uma hora na rotina de estudos ou pôr a técnica do artigo em prática. Vamos agir? Vamos comprovar o resultado da pesquisa de Phillippa Lally? A bola está contigo!
Bons estudos, boa prova e boa posse!
Coach Glauber Marinho
Pedagogo, graduado pela Universidade de Brasília (2006). Especialista em Docência Superior e Gestão de Pessoas. Atua, desde 2008, como Analista Judiciário – Pedagogia no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Possui experiência em Educação não – formal (Treinamento, desenvolvimento e educação em organizações e trabalho e Prevenção ao uso indevido de drogas) e Gestão de Pessoas. Professor em cursos preparatórios para concursos desde 2008.
Referência
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/como-nasce-um-habito/70496/
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