Vou começar este texto com a seguinte afirmação: não é meu desejo influenciar ninguém ou te dizer o que você deve fazer. Cada pessoa tem a capacidade de fazer a melhor escolha e é responsável pelo seu próprio futuro.
Dito isso, é bem sabido que, para fazermos as melhores escolhas, temos de ter todas as informações disponíveis, e o mais importante, temos de analisar fria e racionalmente a situação, não nos deixando levar por influências externas e, principalmente, pela nossa arqui-inimiga, a ansiedade. É justamente sobre esses pontos que quero tratar com você.
Existem vários fatores que nos levam a querer ser um servidor público. Pode ser um chamado vocacional, a perspectiva financeira, a estabilidade e a segurança, ou até desilusão com a iniciativa privada. Primeiro, gostaria de dar um banho de água fria dizendo que ninguém se torna rico sendo servidor público. Seu salário será estável, em regra, e existe certa dificuldade de haver aumentos, já que, para isso acontecer, deve-se passar por todo um procedimento próprio. Porém, faça chuva ou faça sol, seu dinheiro cai na conta. Essa certeza gera segurança e estabilidade. Você abrirá mão da riqueza, mas terá certeza. Além de que, os salários não são nada ruins (disse que não ficaria rico, não que deixaria de ganhar bem).
Mas não defina sua escolha apenas por dinheiro. Para quem for fazer concurso estadual, é preciso lembrar que o Brasil é um país continental, com diversas culturas e paisagens. Pode ser que você vá parar em um interior bem longe de onde sua família mora (como já fui). Além disso, o Brasil é um país ainda em desenvolvimento. Isso significa que nem toda região poderá ser tão desenvolvida ou ter tantos recursos como o lugar onde você mora. Essas diferenças devem estar em sua atenção, porque é preciso encará-las. Inclusive, eu já vi gente desistindo de um cargo após tomar posse justamente por não ter se adaptado ao local.
Outro fator que deve ser analisado é o cargo escolhido. Quem me conhece sabe que eu não pretendia ser Delegado de Polícia, mas acabei me encontrando nessa profissão. Dei sorte. Mas essa sorte não acontece com todos. Eu amo ser Delegado. Gosto da dinâmica e do ritmo da atividade, mas, para muitas pessoas, o sistema de plantão, ter de estar de sobreaviso, além da carga de trabalho, as operações, o risco à vida, não é agradável. Isso tudo deve ser pensando antes de fazer sua escolha, porque, do contrário, poderá ser um profissional frustrado ou ter de estudar novamente para conseguir mais uma aprovação. Não que isso seja ruim, mas leva tempo.
Ao estudarem, muitas pessoas se veem frente a um edital que acabou de sair ou foi autorizado, olham para o quantitativo de vagas e acreditam ser uma oportunidade. Pode não ser o concurso que desejam, às vezes é até um cargo com salário menor, mas ficam se coçando para fazer a prova. Isso, ao meu ver, é a ansiedade falando.
Uma das coisas em que mais acredito é que não existe concurso mais fácil ou mais difícil. Diversos alunos chegaram a mim querendo fazer um concurso X porque acreditavam que ele seria mais fácil do que o cargo dos sonhos deles. Isso não faz sentido algum. Você pode e deve buscar os seus sonhos. Além do que, esse assim dito “concurso mais fácil” envolve diversas áreas de experiência com as quais você nunca teve contato. Vou usar como exemplos os concursos para Agente da PC-DF e Delegado da PC-PR. Eles são uma grande oportunidade para quem quer seguir a carreira policial, porém, se, na minha condição e formação, tivesse de escolher entre estudar para o concurso de Agente da PC-DF e o concurso para Delegado da PC/PR, eu escolheria sem a menor hesitação o segundo.
A primeira razão para essa escolha é porque sou formado em Direito; o concurso para a carreira de Delegado tem mais foco em disciplinas jurídicas as quais, mesmo que tenha sido meio desleixado na faculdade, eu passei cinco anos estudando, e ainda tive de estudar para ser aprovado na OAB. Agora, se você pegar o edital de Agente da PC-DF, verá que é um concurso cujo conteúdo jurídico não é o tema principal. Não é à toa que é tratado no edital como “noções de Direito Penal”, “noções de Direito Administrativo”, e por aí vai.
Logo, percebe-se que esse é um edital voltado para áreas mais diversas, sendo que é exigido conhecimento em áreas que fogem da minha formação profissional, a exemplo de Matemática, Contabilidade, Estatística etc. Não seria horrível para mim estudar essas matérias, mas seria uma quantidade de informações que não seriam úteis para mim no concurso que visa o cargo de meus objetivos (além de ter certa dificuldade pessoal em algumas dessas matérias – sou péssimo em Matemática). Assim, eu te pergunto: é mais fácil para mim, formado em Direito, com certo grau de conhecimento jurídico, passar em um concurso de carreira jurídica ou um concurso que envolve outras áreas? A resposta confirma minha tese de que não existe concurso mais fácil ou mais difícil, e sim áreas de atuações diferentes.
Por isso quero sempre que você reflita. Essa é a resposta de como tomar a melhor decisão. Pense, com frieza e racionalidade, sobre todas as questões as quais envolvem o concurso público. Consiga o máximo de informações que puder sobre o cargo pretendido e o tipo de prova, avalie se esses fatores estão de acordo com toda sua jornada e experiência, tanto acadêmico-profissional quanto de vida. Não se deixe levar pelos barulhos externos e pela sua própria ansiedade. Não tenha medo dessa ou daquela prova. Todo concurso é possível, e todo mundo pode passar. Nas palavras de Alexandre Magno, “A sorte favorece os bravos”.
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