No momento de pedir aquela pessoa amada em namoro, sentimos sempre um frio na barriga que nos tira os sentidos e também o bom português.
Mensurar a emoção nesses momentos é impossível, visto que os caminhos do coração são praticamente insanos. No entanto, eu ainda vejo a necessidade de seguir a tradição gramatical, ao iniciar uma relação amorosa.
Para isso, notamos que o verbo namorar é transitivo direto. Isto é, exige um complemento sem a presença de preposição.
Por exemplo:
João namora Maria.
Observe que “Maria” exerce a função de objeto direto do verbo namorar.
Talvez, por analogia aos verbos casar e noivar, acreditávamos que namorar seria verbo transitivo indireto; afinal, quem casa, casa com alguém ou quem noiva, noiva com alguém.
Enquanto ainda mantiver a condição de namoro, a pergunta certa será: “você quer me namorar?”. Nesta situação, o pronome oblíquo átono “me” exercerá a função de objeto direto do verbo.
Por fim, desejo-lhes um excelente Dia dos Namorados.
Lucas Gonçalves
Graduado em Letras – Português pela Universidade Católica de Brasília – UCB. O professor Lucas Gonçalves ministra aulas de gramática aplicada a textos, desde 2009, em tradicionais cursos preparatórios para concursos no DF e em outros estados. Como também é autor de dois livros de questões comentadas.Com sua metodologia prática e dinâmica, tem guiado seus alunos à reflexão e ao desenvolvimento da argumentação lógica dos aspectos linguísticos da língua portuguesa, o que, segundo eles, torna o aprendizado fácil, simples e objetivo.
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