As provas do concurso PC RJ Inspetor para ingresso na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro foram aplicadas no dia 30 de janeiro de 2022 para todos os candidatos inscritos.
A organizadora Fundação Getúlio Vargas já divulgou o gabarito preliminar da prova objetiva.
Não concorda com o gabarito e padrão de resposta indicado? Faça seu recurso!
O candidato terá o prazo de 07 (sete) dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil subsequente ao da publicação no DOERJ para formalizar seu recurso, devendo acessar o site https://conhecimento.fgv.br/concursos/pcrj21, das 00h00min do primeiro dia às 23h59min do último dia, preencher sua argumentação fundamentada em formulário próprio disponibilizado para este fim, e encaminhar a FGV.
A divulgação do edital de resultado final nas provas objetivas ainda será definido pela banca organizadora.
Destaques: |
Confira abaixo os recursos elaborados por nossa equipe de especialistas:
***Esta matéria será atualizada conforme o recebimento dos recursos elaborados pelo nossos professores.
Disciplina Informática – Questão 100 (caderno tipo 2 – VERDE)
Recurso realizado pelo professor Jeferson Bogo
A questão solicita um local para fixar aplicativos frequentemente utilizados, porém, há entre as respostas, duas possibilidades: sendo possível fixar programas tanto na barra de tarefas, letra “C”, como no menu iniciar, letra “E”. Solicita-se, diante do exposto, a anulação da questão.
Referências:
Fixar aplicativos e pastas na área de trabalho ou na barra de tarefas (microsoft.com)
Fixar e desafixar aplicativos no menu Iniciar (microsoft.com)
Disciplina Língua Portuguesa – Questões 2, 5, 21, 28 e 30 (caderno tipo 2 – VERDE)
Recurso realizado pelo professor Márcio Wesley
Questão 2
Resposta preliminar da banca: C.
Nossa resposta preliminar: E.
Recurso: pedido de alteração.
Justificativa para anular: resposta apontada pela banca não atende ao enunciado.
Fundamentação
O enunciado informa que todas as frases possuem valor informativo. Em seguida, solicita a modificação que tornou a frase MENOS objetiva. Ora, essa solicitação pressupõe uma frase original com objetividade MAIOR do que a frase resultante, ou seja, a modificação feita deve REDUZIR o nível de objetividade. Na opção “C”, a frase original (O colégio recusou a matrícula de meu filho) exibe duas marcas de subjetividade: a presença de um agente explícito (o colégio) e a indicação de posse em primeira pessoa singular (meu filho). Nessa opção “C”, a nova redação elimina uma das marcas de subjetividade, ao tornar indeterminado o agente na forma verbal “recusaram”, mas mantém a primeira pessoa singular (meu filho). Assim, a modificação feita na frase original resultou em nova frase com MENOR subjetividade, o que implica enxergar um aumento da objetividade, em vez de redução da objetividade. Por outro lado, na opção “E”, a frase original (Consertou-se o carro dele e o conserto foi caro) exibe a objetividade na forma de impessoalizar o agente do processo verbal com a voz passiva sintética (consertou-se o carro), embora esteja presente o juízo de valor (subjetividade) em “o conserto foi caro”. Nessa opção “E”, a nova redação deixa o foco apenas no juízo de valor. Assim, demonstra-se a maior adequação da opção “E” para atender o enunciado do que a opção “C”. Portanto, este enunciado solicita alteração do gabarito preliminar para opção “E”.
ESCLARECIMENTO DA POSSÍVEL VISÃO DA BANCA (motivo para possível recusa do recurso)
Uma comparação de superioridade ou de inferioridade pressupõe o compartilhamento da característica indicada pelo adjetivo. Apenas o grau difere. Assim, o pedido “tornar a frase menos objetiva” pressupõe o ponto de partida em uma frase já com marca de objetividade. Ora, a opção “C” partiu de uma frase sem marca de objetividade (então não existe aqui objetividade para comparar a reescrita como menos objetiva; o que existe é a passagem de uma frase subjetiva para uma outra frase objetiva). Já a frase da opção “E” partiu de uma frase com marca de objetividade (impessoalidade na voz passiva sintética) para uma frase que retirou essa marca e manteve apenas o juízo de valor (subjetividade), e assim reduzindo o nível de objetividade.
Questão 5
Resposta preliminar da banca: E.
Nossa resposta preliminar: C.
Questão 61
Nossa resposta preliminar: B.
Justificativa para anular: duas respostas possíveis.
Fundamentação do recurso
O enunciado pede a modificação que suprime termo preposicionado do início da frase e altera o sentido original. Na opção “C” (Em suas cartas, revela-se toda a sua generosidade / Suas cartas comprovam toda a sua generosidade), foi corretamente suprimido o termo preposicionado inicial mediante a modificação da estrutura para que se iniciasse a oração com o sujeito “suas cartas”. Não obstante, a substituição de “revela-se” por “comprovam” altera sim o sentido, em conformidade com o que pede o enunciado. Portanto, a opção “C” é uma resposta condizente com o enunciado. Pode-se verificar a alteração de sentido ao conferir os significados de “revelar”: mostrar algo, tornar algo conhecido; confidenciar; deixar algo transparente; fazer conhecer algo por inspiração divina (Dicionário Michaelis: Revelar | Michaelis On-line (uol.com.br)). Já o significado de “comprovar” pode ser: afirmar sem deixar dúvidas, reunir provas, tornar uma verdade evidente (mediante provas, demonstrações). Nota-se aí que o verbo “revelar” não equivale em significado a “comprovar”: enquanto “revelar” traz o campo semântico de trazer à luz algo que estava oculto e não era conhecido, “comprovar” traz o campo semântico de demonstrar com provas aquilo que já se conhece embora não tenha sido ainda comprovado. Por seu turno, a opção “E” também comporta distinção de significado, além de manter a correção gramatical na reescrita sem termo inicial preposicionado. O sentido original em “há cinco povoados importantes” pode ser compreendido como a existência de cinco povoados importantes entre outros não importantes na mesma região, ou pode ser compreendido como a existência de uma totalidade de cinco povoados na região cuja importância se verifica em relação a povoados de outras regiões distintas. Após a reescrita, o novo sentido pode ser a existência de exatos cinco povoados na região, sem haver outros não importantes, e essa importância se dá relativamente a outros povoados de regiões distintas. Sendo assim, a frase original comporta ambiguidade, e a nova redação opta por um sentido único; isso configura alteração de sentido e também atende ao enunciado da questão. Portanto, fica demonstrado que a questão possui duas respostas possíveis, o que leva ao pedido de sua anulação.
Questão 21
Resposta preliminar da banca: C.
Nossa resposta preliminar: A.
Recurso: pedido de alteração de gabarito.
Justificativa para alteração: ambiguidade e falta de elementos que determinem resposta precisa na direção aparentemente pretendida pela banca.
Fundamentação
Em que pese haver pressuposto teórico, a exemplo de Irandé Antunes (Análise de Textos: fundamentos e práticas. Editora Parábola, p. 69-70), para que se leve em consideração a finalidade ou propósito como elemento fundador da intencionalidade comunicativa, falta à questão a informação da exata situação comunicativa, como seria o caso de aduzir a fonte de onde se extraiu o texto ou de mostrar interação contextual entre emissor e receptor. Essa falta deixa o estudante com a liberdade para levar em conta apenas elementos textuais, na ausência de elementos pré-textuais informados. Ora, ao levar em conta apenas os dados fornecidos, o estudante depara com a predominância de um relato em primeira pessoa acerca de um percurso de dor e superação. Somente a última linha do texto apresentou referência a um produto e sua marca comercial (joelheira Ultra K). Caso a banca informasse a fonte do texto a partir de uma peça publicitária ou a partir de um sítio da web destinado a promover vendas da citada joelheira etc., assim haveria elementos para compreender a finalidade do texto como divulgação de um produto comercial. Porém, assim como se encontra o texto, sem referência a uma situação comunicativa específica, sem alusão a uma fonte nem a um contexto, o estudante fica limitado a depreender a finalidade com base apenas nos elementos textuais de um relato em primeira pessoa. Com base nesses elementos disponíveis, a resposta condizente só pode ser a opção “A” (dar um depoimento pessoal). Portanto, este recurso solicita alteração do gabarito preliminar de opção “C” para o gabarito definitivo como opção “A”.
Questão 28
Resposta preliminar da banca: A.
Nossa resposta preliminar: E.
Recurso: pedido de alteração de gabarito.
Justificativa para alteração: outra opção, que não a apontada pelo gabarito preliminar, atende melhor ao comando enunciado.
Fundamentação
O enunciado informa que todas as frases mostram linguagem figurada. Em seguida, o enunciado pede a frase que mostra expansão da figura inicial, com o emprego de outra expressão figurada. É importante compreender precisamente esse enunciado: a resposta deve ter uma figura inicial que outra figura (mesma figura ou diferente? – Não fica claro pelo enunciado), e essa outra figura deve expandir a primeira. Ora, a opção “A” trouxe frase com figura inicial (metáfora: felicidade é um lugar) que outra figura posterior (antítese e metáfora combinadas: lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho); no entanto, essa segunda figura não expande a primeira, pois, na verdade, limita, restringe a noção da felicidade como um lugar: esse lugar permite pousar, mas não permite fazer ninho (podemos estar felizes por pouco tempo, não podemos permanecer felizes). Já a opção “E” trouxe frase com figura inicial (metáfora: a felicidade é um bem, isto é, um patrimônio, mas não material) que outra figura posterior (antítese: um bem que se multiplica ao ser dividido); essa outra figura da opção “E” (antítese entre multiplicar e dividir) amplia a noção metafórica de felicidade como um bem ao estender a multiplicação da felicidade por meio de seu contrário (a divisão). Fica demonstrado que a opção “E” atende melhor ao pede precisamente o enunciado. Portanto, este recurso solicita alteração do gabarito preliminar de opção “A” para opção “E”.
Questão 30
Resposta preliminar da banca: E.
Nossa resposta preliminar: E (com observação para possível pedido de anulação).
Recurso: pedido de anulação.
Justificativa: duas respostas possíveis.
Fundamentação
A opção “E”, de fato, atende ao que pede o enunciado: frase em que a troca de posição dos segmentos mostra inadequação (embora não tenha ficado clara que espécie de inadequação a banca pretende verificar): a rotina pressupõe mesmo uma sequência imutável ou pouco flexível; além disso, a própria frase já informa que “é sempre a mesma”; assim, a primeira ação prioritária é “tomar café” como pressuposto de sujar aquilo que depois será lavado; surge desse contexto de rotina imutável a inadequação da troca de posição como “lavo a louça e tomo café” – essa nova posição, em outros contextos (sem a ideia de rotina imutável), ainda seria viável como uma situação em que seria preciso primeiro lavar o que já estivesse sujo para depois poder tomar café. Não obstante, a opção “C” também atende ao enunciado, pois a troca de posição pode acarretar ambiguidade, e ambiguidade prejudica o sentido. Vejamos: o original (o que sabemos fazer aprendemos fazendo) deixa claro que o aprendizado precede o ato de fazer e prossegue como aprendizado simultâneo e contínuo juntamente com a prática; no entanto, a troca de posição (aprendemos fazendo o que sabemos fazer) permite a leitura com interação semântica e sintática entre “fazendo” e o pronome “o”, de modo a surgir a ambiguidade com traços de incoerência: aprendemos fazendo algo que já sabemos fazer (fica incoerente, porque implica aprender algo que já se sabe). Assim, para preservar o sentido com essa troca na opção “C” seria preciso esforço e boa vontade que fechasse os olhos para a ambiguidade resultante de nova interação semântica e sintática entre regente e regido na ordem direta. Portanto, fica claro que duas opções satisfazem o enunciado. Assim, este recurso solicita anulação da questão.
Disciplina Direito Constitucional – Questão 34 (caderno tipo 2 – VERDE)
Recurso realizado pelo professor Aragonê Nunes Fernandes
A Banca indicou a letra E como resposta esperada, mas a questão comporta anulação. Isso porque o comando da questão foi claro ao dizer que “do alcance desse comando foram
excepcionados apenas os deputados estaduais”. Feito esse delineamento, é importante lembrar que o que diz o § 12 do artigo 37, na redação dada pela EC 47/05, prevê o seguinte:
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Fica claro o descompasso entre o que diz o texto constitucional e o teor da emenda à Constituição Estadual do Estado Alfa. A consequência é a inconstitucionalidade do ato normativo, por fundamento não contemplado em nenhuma das alternativas nem mesmo a indicada na alternativa E. Frise-se: no comando da questão deixou-se de excepcionar também os vereadores, cujo subsídio é pago nos moldes do artigo 29, VI, da CF, não sendo alcançados pela emenda referida. Tal o cenário, há necessidade de anulação do item.
Questões 61, 63 , 67.
Questão 61
Nossa resposta preliminar: B.
Recurso: pedido de alteração de gabarito.
Fundamentos: Conforme entendimento doutrinário, essa é uma situação com difícil solução, não sendo pacífico o posicionamento dos estudiosos. O professor Guilherme Nucci em sua obra Código Penal Comentado, 2020, página 1026 afirma que “A polêmica é de difícil solução, embora esteja concentrada no significado a ser dado à expressão “logo depois de subtraída a coisa” (art. 157, § 1.º, CP). Se entendermos que tal expressão quer dizer o mesmo que furto consumado, naturalmente não se pode aceitar a ocorrência da tentativa de roubo impróprio, uma vez que a coisa já saiu da esfera
de disponibilidade e vigilância da vítima. Não teria cabimento supor que, encontrado o autor longe do lugar da retirada do bem e ingressando em luta com o ofendido, a quem está agredindo quando é detido, está-se falando de tentativa de roubo impróprio. O que temos é um furto consumado em concurso com um crime violento contra a pessoa. Entretanto, se dermos à expressão a simples conotação de “retirada da coisa” da vítima, sem necessidade de se exigir a consumação do furto, então podemos cuidar da tentativa de roubo impróprio. Analisando a questão percebemos que o furto já havia sido consumado, com a inversão da posse, e a agressão para garantir a fuga se deu em momento diverso. O STJ em sua jurisprudência afirma que “Conforme a pacífica jurisprudência desta Corte Superior, consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada” (6ª Turma: AgRg no REsp 1.894.347/SP, j. 07/12/2020).
Como já tínhamos o furto consumado e posteriormente tivemos a lesão corporal sofrida por Kratos, o gabarito a ser considerado deve ser a letra B, furto simples e lesões corporais leves. Se assim a banca não entender, solicitamos a anulação do item já que trata de tema divergente entre a doutrina e jurisprudência.
Questão 63
Resposta preliminar da banca: D
Recurso: pedido de anulação.
Fundamentos: O examinador trouxe como gabarito a alternativa D, que afirma que é necessário que a “tia de consideração” seja aparentada do autor do feminicídio, o que não é verdade quando olhamos o disposto no artigo 5° da Lei Maria da Penha (que trata sobre a violência doméstica). Vejamos: Art. 5°, II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; Sendo assim, pedimos a douta banca que a questão seja anulada.
Questão 67
Resposta preliminar da banca: D
Nossa resposta preliminar: E.
Recurso: pedido de alteração de gabarito.
Fundamentos: O examinador foi claro ao afirmar que Hades entregou a arma devidamente municiada para Ares, “fazendo-o acreditar que se trata de arma cenográfica, sem potencial de efetuar disparos”.
Mais a frente, o examinador afirma que Hades queria a morte de Atena e por isso fez a troca da arma. Ocorre que o Código Penal quando trata de erro sobre os elementos do tipo no artigo 20, afirma em seu §2° que responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Temos aqui um erro inevitável já que Ares acreditava se tratar de uma arma cenográfica, sem nenhum potencial de efetuar disparos, sendo assim, deve ser excluído o dolo e a culpa.
Desse modo, o gabarito deve ser alterado de D para E.
Resumo do Concurso PC RJ
Concurso Polícia Civil RJ | Polícia Civil do Rio de Janeiro |
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Situação atual | edital publicado |
Banca organizadora | Fundação Getúlio Vargas |
Cargos |
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Escolaridade | Níveis fundamental, médio e superior |
Carreiras | Policial e outras |
Lotação | Rio de Janeiro |
Número de vagas | 350 vagas |
Remuneração | R$ 4.606,29 a R$ 9.924,06 |
Inscrições | entre 27 de setembro a 26 de outubro de 2021 |
Taxa de inscrição | Variada |
Data da prova objetiva |
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Leis Especiais…
Questão 67, da prova azul, tipo 4- feminicídio e maria da penha.
Errado o gabarito tb.
Certa, pra mim, é:
LETRA B) violência na unidade doméstica. a fugacidade e eventualidade do convívio ñ excluem sua configuração.
A proteção dada à mulher, por esta lei, independe da coabitação, do convívio, da fugacidade deste. Fugaz é rápido, ligeiro, veloz. Perceba:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
A questão do time foi eliminado/time não foi campeão também tem duas corretas. O gabarito da banca é do filme que aborrece/ não agrada. Nota-se que não se trata de uma conversão bilateral, onde a primeira implica a segunda, assim como a segunda implica a primeira. Explico: Se um filme me aborrece, é logico que ele nao me agrada. Mas se ele não me agrada, não necessariamente me aborrece, pois posso ficar meramente impassivel (“estoico”). O mesmo se da com a opção do time, é verdade. Se um time não é campeao, nao necessariamente foi eliminado, pois pode ter chegado à final. No entanto se um time é eliminado, ele não pode ter sido o campeão, uma vez que ele é desclassificado da competição, é retirado do conjunto, como diz a definição do dicionario.
Outra que eu suspeito é a que afirma que a passagem que indica que “reforço de efetivo” nao significa qualitativo, dado que o contexto diz que diminuiram os casos de homicidio.
Mais uma, enfim, é a da arvore que tomba, de velha. Tombar indica que é um acidente. A velhice é natural da arvore.
O gabarito da questão 85 da prova branca sobre o uso de algemas ao meu ver deve ser alterado da opção B para a opção A. A Súmula Vinculante 11 do STF diz que “Só é lícito o uso de algemas em casos de RESISTÊNCIA e de FUNDADO receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
Não é fundamentado o risco à integridade física dos policiais e de terceiros. O enunciado deixa claro que os agentes obedecem às ordens dos policiais militares e não oferecem resistência. Sendo assim não há o que se falar em periculosidade por haver armas escondidas no forro do veículo, já que os únicos agentes armados na situação apresentada na questão são os policiais militares. Logo deve ser alterado o gabarito da opção B para a opção A.