Técnicas de estudo: Saiba o que fazer na hora de estudar!

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Quando o objetivo é a provação em certames públicos, é necessário adotar uma técnica que permita que o conhecimento fique armazenado por um longo tempo. A preparação exige muitas horas de dedicação, mas mais importante que isso é a qualidade do estudo. Um estudo eficaz é aquele que leva à verdadeira aprendizagem, ou seja, é aquele que resulta em uma carga de conhecimentos, não só adquiridos como bem armazenados.

Uma boa forma para melhorar seus estudos é a utilização de técnicas. Existem diversas técnicas de estudo disponíveis, apresentadas em livros, palestras e internet, mas é preciso entender que a técnica a ser adotada deve ser adequada às necessidades e potencialidades de cada candidato e, principalmente, à finalidade que se deseja.

Para o professor José Wilson Granjeiro, uma técnica pode ser boa para um estudante e não funcionar de jeito nenhum para outro. Nesse assunto, cada qual desenvolve o próprio método. Mas é certo que há alguns truques que comprovadamente funcionam bem para a grande maioria das pessoas.

Segundo o especialista vencer o desafio de passar em um concurso, três requisitos são fundamentais: muito estudo, muita disciplina e muita dedicação. Ao somar esses três fatores, o candidato já terá 50% de chances de aprovação. Para que ele complete com sucesso a preparação, precisa saber estudar, a fim de não desperdiçar esforços com técnicas que não produzam os melhores resultados.

Dica

É importante que o candidato realize o “Estudo em Camadas”. Ela se baseia no princípio de se fazer um aprofundamento gradual do conteúdo, de forma que o conhecimento seja interiorizado por etapas, de uma maneira consistente e sequencial. É como se estivesse descascando as várias camadas de uma cebola, até se chegar ao centro.

A técnica consiste no seguinte:

VISÃO GLOBAL DO CONTEÚDO

Antes de tudo é necessário visualizar o conteúdo, de forma que algumas informações sejam “pinceladas” e criem o ambiente ideal para a absorção da matéria. Essa visão global deve ser feita com uma leitura rápida do que se está começando a estudar. Alguns autores chamam isso de “leitura em diagonal”.

Os olhos devem passar por todo o conteúdo, mas devem se deter em algo que chame a atenção, em alguma palavra que se destaque ou, simplesmente, em algum ponto que considere, no primeiro momento, importante. O fato é que essa leitura, apesar de ser rápida, deve resultar em algumas informações para o cérebro. Funciona como se a mente estivesse “cravando estacas” para demarcar o território. Isso ajuda de forma significativa nas leituras mais detalhadas que serão feitas posteriormente.

Vá em frente

Apenas como referência, considere que a “leitura em diagonal” (visão global) do artigo 5º da Constituição Federal possa ser feita em 10 ou 15 minutos. Observe que não é tão rápido como se poderia imaginar inicialmente, pois neste tempo é possível reter importantes informações sobre o mencionado artigo.

Essa técnica pode ser aplicada para o estudo de qualquer matéria, inclusive as de base matemática onde pode haver fórmulas ou gráficos que naturalmente se destacam do texto corrido e, portanto merecem ali uma paradinha durante a leitura.

DIVISÃO DO CONTEÚDO EM PEQUENOS PACOTES

A etapa seguinte é a separação da matéria em pequenos pacotes. Se possível, procure manter dentro do mesmo pacote assuntos correlatos e que pareçam ter alguma semelhança, embora isso não seja obrigatório.

ESTUDO DETALHADO DE UM PACOTE

Esta fase é o momento de estudar detalhadamente o pacote.

O pacote funciona como um verdadeiro invólucro do qual você só pode sair depois de ter entendido o conteúdo de forma consistente. A regra é transitar livremente dentro do pacote, para cima e para baixo e de um lado para o outro. Além disso, é importante que se faça a interligação de assuntos e a contextualização dos tópicos, o que significa tentar vincular o conteúdo, de alguma forma, ou a situações reais ou mesmo a um desenho, música, história, sequência de palavras ou a qualquer outra coisa que possa ter um elo com o assunto estudado. Isso ajuda muito na memorização de longo prazo.

Pode-se também buscar relação entre os itens do próprio pacote, o que os torna mais fáceis para memorizar. Dessa forma, textos saem do papel e se tornam ideias, imagens ou perguntas, se transformando em conhecimento.

FOLHA DE RESUMOS

Após compreender bem o conteúdo é hora de trabalhar a matéria no sentido inverso, ou seja, da cabeça para o papel, elaborando um resumo. Fazer resumos é uma “arte” que exige algum treino, mas alguns princípios podem ajudar.

–           Antes de tudo é preciso que a matéria já tenha sido aprendida. Não deixe para aprender com o resumo, esta não é a finalidade dele.

–           Não reescreva simplesmente trechos da apostila, procure escrever com as suas próprias palavras, e não deixe de usar setas, quadros e qualquer elemento que tenha apelo visual.

–           Não escreva coisas que possam ser deduzidas ou raciocinadas.

–           Lembre-se que o resumo precisa ser compreendido quando lido sem o auxílio da apostila.

Na elaboração do resumo você perceberá de maneira clara se o conhecimento foi bem formado ou não. Caso perceba alguma fragilidade, não deixe para depois, reforce imediatamente a parte que não tiver compreendido bem.

ESTUDO FREQUENTE DOS RESUMOS, COM A CORREÇÃO DOS PONTOS QUE NÃO ESTIVEREM CLAROS.

Os resumos feitos durante o estudo terão papel muito importante no processo de aprendizagem, pois sua leitura posterior permite não só que a matéria seja frequentemente revisada como possibilita que sejam detectadas falhas na compreensão de algum ponto. Para isso, os resumos devem ser corrigidos sempre que algo não pareça muito claro durante a leitura.

Para corrigir um resumo recorra à apostila ou ao livro para ter certeza que ele ficará coerente com o conteúdo estudado.

Esta técnica é utilizada por muitos estudantes, mas lembre-se: técnicas de estudos precisam ser adequadas à realidade e às especificidades de cada um. Mas seja qual for a técnica escolhida, o ingrediente que não pode faltar a nenhuma delas é a dedicação.

 

 

 

 

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