O concurso público da Polícia Federal – PF (Concurso Polícia Federal) que vai preencher 558 vagas de delegado e perito, cargos de nível superior não está na linha de corte entre os previstos pelo Ministério do Planejamento. Com a boa notícia, cresce a expectativa para a confirmação e futura divulgação de edital e demais informações. A remuneração inicial é de R$ 17.288,85, incluindo o auxílio-alimentação, de R$ 458.
Os requisitos para o ingresso no cargo de delegado são o bacharelado em Direito e três anos de experiência em atividade jurídica ou policial. Já para perito, é exigida formação superior, que varia conforme a área de atuação. Em ambos os casos, também é necessária a carteira de habilitação, na categoria B ou superior. As contratações são pelo regime estatutário, que prevê estabilidade. A PF abriu concurso concurso para delegado e perito pela última vez em 2012. E como acontece tradicionalmente, a seleção foi organizada pelo Cespe/UnB.
O processo que trata da demanda, protocolado no início do ano, chegou a ser devolvido ao Ministério da Justiça no fim de maio, para reavaliação. No entanto, poucos dias depois o processo voltou a tramitar no Planejamento e desde o dia 9 de junho está em uma coordenação do Departamento de Carreiras, Concursos e Desenvolvimento de Pessoas (DECDP) da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público (SEGRT) – veja abaixo.
A instituição tem, atualmente, um déficit de cerca de 5.000 Agentes Administrativos e 2.000 Agentes de Polícia Federal e Escrivães de Polícia Federal, além de cerca de 500 vagas para o cargo de Delegado de Polícia Federal e Perito. Como contratar 7,5 mil novos servidores é um projeto fora da realidade, mesmo com a propalada autonomia orçamentária e financeira (decreto 8.326/2014*), a Polícia Federal deve trabalhar com aquilo que efetivamente pode acontecer. Exemplo disso é que, de concreto até o momento, há a solicitação encaminhada ao Ministério do Planejamento, cujo objetivo é conseguir um parecer para preencher 558 vagas, das quais, 491 serão de Delegado e 67 para Perito.
Assim como no último concurso da Polícia Federal para estes cargos, o preenchimento das vagas será prioritariamente nos postos de fronteira e nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima, permitindo a remoção de servidores que já atuam nestas localidades. Obedecida estas condições, o preenchimento também pode ser feito em todos os estados, de acordo com as necessidades. As provas costumam ser aplicadas em todas as capitais e no Distrito Federal, exceto o exame oral, que ocorre somente em Brasília (DF).
Progressão: O candidato aprovado no próximo concurso para delegado ou perito da Polícia Federal (PF) terá as atribuições da terceira classe.
Os candidatos que ingressarem no postos de delegado e perito serão avaliados e caso isso ocorra de forma positiva, acontecerá a progressão para a categoria posterior. Ao final de alguns anos, os aprovados passarão de uma CATEGORIA para outra. Isso acontecerá até que se chegue ao último padrão, quando o servidor fará parte da Especial.
Evolução remuneratória: Consequentemente, os valores da remuneração aumentarão. Ganhando inicialmente R$ 17 mil, o servidor chega a classe especial com mais de R$ 23, conforme abaixo.
Jornada de Trabalho: Os novos delegados e peritos, e todos da carreira, exercem suas atribuições em jornada de 40h semanais. A distribuição desse quantitativo se dar em escala de serviço, realizada de forma que se trabalhe 24h seguidas com folga de 72h, ou seja, trabalha um e folga três dias.
Lotação: Os recém-concursados são lotados, prioritariamente, nas regiões de fronteiras. E a necessidade de reforçar a presença da PF nas fronteiras é outro fator que pode influenciar a abertura do concurso ainda em 2016. Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o efetivo do departamento na região é insuficiente para combater os crimes de fronteira, cujo prejuízo estimado é de R$ 100 bilhão aos cofres públicos anualmente.
Organizadora e etapas: Os concursos da PF são tradicionalmente realizados pelo Cespe/UnB, com as avaliações sendo aplicadas em todas as capitais. As seleções compreendem provas objetivas e discursivas, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova prática de digitação (apenas escrivão), avaliação de títulos, prova oral (apenas delegado) e curso de formação profissional.
Aplicação das provas: As provas do concurso costumam ser aplicadas em todas as capitais e no Distrito Federal. No caso das provas orais, essas são realizadas apenas em Brasília.
Necessidade de pessoal: Semelhante à PRF, a PF apresenta carência de servidores, e precisa desse concurso. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) evidenciou a necessidade extrema de recursos humanos enfrentada pela PF, apontando que as quase 500 vagas ociosas no cargo de delegado equivalem a cerca de 30% do efetivo. A ADPF já ressaltou que a realização desse concurso depende unicamente do ministério e da existência de orçamento.
Inicie seus estudos: Diante de todas as explanações, você conheceu um pouco da carreira. E agora, mais do que nunca, deve iniciar seus estudos, pois os concursos da PF sempre atraem um quantitativo alto de inscritos, no último, por exemplo, foram mais de 46 mil inscritos para o cargo de delegado, uma concorrência de 310 candidatos por vaga. Já o último concurso para perito registrou um total de 35 mil candidatos, uma média de 358 por vaga. O que pode te ajudar neste momento são os estudos pré-edital. Assim, todo conteúdo estará consolidado até a publicação do edital, sobrando tempo para revisar e aprofundar possíveis inclusões.
Detalhes:
- Concurso: Departamento de Polícia Federal (DPF)
- Banca organizadora: Em definição
- Cargos: delegado; perito
- Escolaridade: nível superior
- Número de vagas: 558 (expectativa)
- Remuneração: Até R$ 17 mil
- Situação: Previsto
- Previsão para publicação do edital: 2016-2017
- Link do último edital
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