Caminhos para a preparação na 2ª Fase do Exame de Ordem

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Bom dia, doutores!!
Pelo que temos visto, muitos ainda não têm ideia de por onde começar, pois bem, vamos traçar um roteiro simples e prático que pode auxiliar neste “start”:
Na maioria das vezes optamos pela área a ser abordada na 2ª fase com base em nossas experiências ao longo da faculdade, em razão de estágios, pelo fascínio no assunto ou mesmo por certa facilidade em caminhar na área.
Grande equívoco, como sempre digo, optar por que “esta área é mais fácil que a outra” ou qualquer argumento do gênero (isso porque não existe área fácil ou difícil, tudo é relativo às suas experiências com ela).
Independentemente da maneira pela qual você chegou à opção da 2ª fase, a hora agora é de alinhas esforços para que seja mais uma etapa vitoriosa! Vamos lá:
1) O primeiro passo é decidir qual vai ser a “estrutura” da sua preparação: Curso preparatório? Estudo sozinho (em razão de trabalho, horários, dinheiro, tempo etc)? Estudo em grupo (muitos se unem e realizam verdadeiras oficinas de estudo).
Tomaremos como premissa o estudo através de um curso preparatório complementado pelo indispensável “Estudo Solitário” com uma obra de qualidade (a nomenclatura foi só pra dar um drama típico do momento. Trata-se das resoluções de questões, “treino de peças” e leitura de material, tudo realizado pelo próprio examinando) e o inseparável amigo Vade Mecum (ou simples código da área pretendida).
2) Escolhido o curso, de modo especial, destacamos o Curso de 2a fase para o Exame de Ordem do Projeto Exame de Ordem do Gran Cursos Online, curso desenvolvido, preparado e atualizado pelos melhores professores do mercado – conheçam nossos professores), deve ser escolhida a obra a ser utilizada como complemento (na ocasião do estudo solitário) e o inseparável Vade Mecum/Código, o passo seguinte é começar a colocar tudo pra funcionar o quanto antes.
Nas aulas do Projeto Exame de Ordem o aluno encontrará não apenas conteúdo expositivo mas também a consolidação da experiência profis sional e conhecimento da prova pelos professores, com abordagens pontuais sobre aspectos relevantes a se explorar na resolução das questões e peça prática.
Sistematicamente, após assistir às aulas, os alunos devem acompanhar (a medida que a matéria avança nas aulas) o conteúdo da obra + resolução de questões dissertativas e peça prática (quando for o caso, de acordo com o conteúdo programático das aulas).
3) Na preparação para a 2ª fase, além do prévio conhecimento dos assuntos pertinentes à área escolhida, é necessário muita repetição! Exatamente… repetição! Quanto mais peças escritas, estudadas, analisadas, examinadas (artigos legais que devem ser mencionados, argumentos intrínsecos, princípios relevantes a destacar etc) maior será sua capacidade de, no momento da prova, ao ler o enunciado, compreender a demanda, identificar a solução e a peça/resposta cabível.
4) Tanto a peça prática quanto as questões possuem importância equivalente, uma vez que, na prática, estamos sujeitos à interpretação de um examinador, não sendo possível (ou plausível) que reservemos todo o foco da preparação só para as questões ou só para a peça prática. É preciso que tenhamos uma preparação focada em ambos!
Muitas vezes o candidato é “salvo” por um décimo garantido nas questões ou na peça prática, a depender do caso (inúmeras situações foram relatadas pelos internautas, em todas as edições do Exame, sem exceção). Sendo assim, não deixe de trabalhar, de maneira equivalente, com questões e peça prática, as duas são importantes, cada uma na sua proporção! Você também pode ser aprovado por 1 décimo.
5) Outra postura muito interessante durante a preparação para a 2ª fase é conhecer as principais súmulas, súmulas vinculantes e jurisprudência consolidada das áreas. Não é necessário gastar horas buscando jurisprudência em sites, até porque as principais serão abordadas nas aulas ou no próprio livro. Alguns Códigos ou Vade Mecuns, específicos por área do direito (e editados em vistas ao Exame de Ordem) já possuem as súmulas organizadas pelo assunto, otimizando a busca na hora da prova e durante a preparação. Deem uma lida, “gaste” 1 hora ou mais por semana fazendo isso. Quando diante da situação aplicável ao que dispõe hipotética súmula, certamente se lembrará de ter lido algo a respeito. Importante destacar que em exames passados, considerável pontuação foi atribuída ao candidato que mencionasse simplesmente uma súmula, OJ ou súmula vinculante!
6) Resolva muitas provas, analise o que está sendo cobrado na questão/enunciado da peça. O Projeto Exame de Ordem do Gran Cursos Online disponibiliza os Simulados Online, onde o aluno terá suas correções feitas individualmente, em um contato muito próximo com os professores, sendo possível compreender o que está errado, o que está certo, onde é preciso melhorar etc.
7) A caligrafia é importante na prova? Claro que sim! Afinal, será o meio de comunicação entre você e o examinador. “Ah, desde os 7 anos minha letra é assim… não vou caprichar na letra.” Sinto dizer que, se sua intenção é a aprovação na 2a fase, é melhor começar a caprichar na letra.
Uma letra legível é indispensável à compreensão da sua prova. Não se trata estritamente de estética literária, mas de necessidade de comunicação. Não se sinta solitário, se este é seu caso, eu entendo bem como é. Foi difícil transformar minha caligrafia da fonte “resultado de eletrocardiograma” para algo legível. Foi só para a prova… hoje ela voltou ao que era.
A questão é a seguinte: é preciso que treinemos as tais letras legíveis. Não é preciso aquela letra de convite de casamento, apenas que seja possível LER e ENTENDER. Ok?
8 ) É importantíssimo observar o que pode ou não pode na hora de escrever a peça prática. Não devem ser utilizados sinais que identifiquem sua prova, então, por mais tentador que seja, não assine a peça, não indique número fictício de OAB… seja humilde, ainda que as aulas/professores/obras pareçam, no início, algo “Ahhhh isso eu sei”, ouça, leia, entenda… não há informação inútil quando estamos diante de profissionais e uma obra feita com total dedicação e experiência no exame de ordem. Humildade, o caminho pro seu sucesso em tudo na vida, até mesmo no exame de ordem! Pense nisso.
9) Infelizmente, o exame de ordem deixa sempre claro que não cumpre com sua função, que seria atestar se o bacharel está ou não apto a atuar na vida profissional, mas sim exigindo do examinando TÉCNICA e CONHECIMENTO. Técnica de resolver a prova dentro dos moldes exigidos pela banca e Conhecimento a ser aplicado de forma moldada à Técnica necessária. Muitos já habituados à verdadeira vida prática de um advogado (Estagiários na ativa) se decepcionam na hora da preparação para a segunda fase, principalmente quando na divulgação do gabarito e das atribuições de pontos. Já foi o caso de verificarmos que se um candidato errasse a peça, o prazo, o endereçamento, mas utilizasse referido fundamento legal (citar um artigo, por exemplo) conseguiria os pontos necessários para a aprovação.
É por isso que dizemos, “dancemos conforme a música toca”, já que nossa proposta não é simplesmente discutir a eficácia/eficiência do Exame, mas dominar a técnica e o conhecimento necessários à aprovação!
Treinem as questões e peças, leiam enunciados para se habituarem às pegadinhas (toda informação descrita tem alguma função na prova: atenção às datas, condições da vítima/réu/contribuinte, localidade, pertinência da matéria, competência do assunto etc)
Atenção para os sintomas de desespero, COMPLETAMENTE NATURAL, durante sua preparação:
“Ah eu não sei nada, vou pular da ponte!” Calma filho… não precisa tudo isso! Chega uma hora que essa é a sensação, por mais bem preparado que esteja, muitos têm essa sensação. Isso não é fruto do despreparo, mas da pressão, da ansiedade, do medo. Confie na sua preparação, nos seus esforços até aqui!
“Ahh eu fiz 60 pontos, não vou estudar pra segunda fase. O cara que gabarita a prova, esse cara sou eu!” Isso, muito bem! É por isso que, se você pensa assim, vai ter que ir bem na 1ª fase de novo… no próximo exame! Como escrevi acima, seja humilde! Não importa se você fez 300 pontos ou se ficou por 01 ponto e passou com a anulação. Filho de Deus, o que importa é estar na 2ª fase, e aí sim, brigar por cada ponto! Como diria um amigo “o importante é fazer o gol, não importa se de trivela ou de bico. Gol é gol” e isso é a mais pura verdade. Então, se você tem aquele amigo “pavão”, que gosta de sair por aí com aquele orgulho em demonstrar sua pontuação, não ligue, seja humilde, concentre-se na sua prova e saiba que ser aprovado na 1a fase com 40 ou 80 pontos, dá na mesma, vocês vão junto para a 2a fase “zerados”.
“Não vou caprichar na minha letra, esse cara não sabe de nada” – Querido, acesse o site da OAB/FGV e inscreva-se no próximo exame. Repito, humildade, foco e determinação em alcançar o seu resultado pretendido. Não estamos fazendo um favor à OAB ao proceder com a inscrição no Exame, estamos buscando um sonho, encerrando um ciclo acadêmico.
“Eu quero é ser juiz/promotor, não quero ser advogado… vou fazer de qualquer jeito a prova pois minha meta é outra!” – Ótimo, carreiras fantásticas assim como a advocacia. Mas sinto dizer que sem a OAB, este sonho não se concretizará (não na atual conjuntura). Sendo assim, mesmo que estes concursos sejam sua meta final, mire nas necessárias fases até que sua caminhada chegue ao final.
Espero que, de forma simplificada e superficial, possa ter contribuído com esta organização inicial e planejamento a curto prazo para sua aprovação no Exame!
Vamos à luta!
Bons Estudos a todos!

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