Quem mexeu no meu estudo?

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Nesse texto eu gostaria de fazer uma reflexão inspirada no livro Quem mexeu no meu queijo?, escrito por Spencer Johnson. O livro conta a história de Sniff e Scurry (dois ratos) e Hem e Haw (dois duendes) que diariamente acordavam cedo, vestiam roupas de corrida e saíam correndo em busca de queijo dentro de um grande e estreito labirinto.

Com o passar do tempo, e mesmo usando de toda a disciplina e foco diário, os protagonistas não conseguiam encontrar o que procuravam. Porém, apesar de a rotina deles ser difícil e exigir grande dedicação, ela era cumprida integralmente, porque eles mantinham acesa a esperança de um dia encontrar o tão sonhado queijo, e essa esperança era tão forte e resistente que vencia a vontade de desistir. Enquanto corriam, sonhavam acordados com o dia em que teriam tanto alimento que não lhes faltaria mais nada.

Um belo dia, eles encontraram no Posto C do labirinto um queijo enorme, muito maior do que eles sonharam em seus melhores sonhos.

Com o passar dos meses, os duendes chegaram à conclusão de que não precisavam mais manter aquela rotina cansativa de acordar cedo e vestir o uniforme para correr. Aos poucos, foram mudando de hábitos, acomodando-se cada vez mais com a nova vida confortável e abundante. Pensavam eles que, já que o queijo era tão grande, duraria para sempre e, por isso, sentiam-se seguros e confortáveis, diferente de tempos anteriores, quando precisavam batalhar pelos seus sonhos.

Os duendes então se mudaram para mais perto do Posto C e começaram a realizar eventos no local e a convidar seus amigos, em particular, com a intenção de que todos vissem a grande façanha que eles tinham conquistado. Os ratos, por outro lado, mantiveram sua rotina marcial, mesmo tendo encontrado o mesmo queijo que os duendes no Posto C. Dessa forma, continuaram acordando cedo, colocando o uniforme e correndo no labirinto. Além disso, todos os dias inspecionavam e farejavam o queijo, percebendo que o depósito estava cada vez menor. Até que, depois de muitas festas, os duendes chegaram ao Posto C, e, para sua surpresa, não havia mais nada lá.

Os ratos, que já haviam percebido as mudanças que ocorriam no hangar, tão logo viram que a comida tinha acabado, voltaram a correr à procura de novos queijos no estreito labirinto. No entanto, os duendes não aceitaram o sumiço do queijo. Acreditavam que quem quer que tinha pegado o alimento iria devolvê-lo, afinal de contas, aquilo era muito injusto, pois foram eles que caçaram por vários dias a bendita comida e se consideravam os seus donos de direito.

Após vários dias, os ratos continuavam sua rotina correndo pelo labirinto em busca de novos queijos. No entanto, Hem e Haw permaneceram no Posto C, esperando que o velho queijo retornasse. Eles estavam tão acomodados que desenvolveram medo de voltar a correr no labirinto, e esse temor os paralisava tanto que não conseguiam avançar e nem se adaptar às mudanças. Ficaram apenas a murmurar sobre como a vida havia sido injusta com eles.

Com o passar tempo, a fome aumenta e a situação ficou cada vez pior para os duendes. Então, Haw percebeu que teria de fazer algo para mudar aquela situação, voltando a ter a coragem de outrora. Rapidamente, vestiu seu uniforme de corrida e dirigiu-se ao labirinto à procura de novos queijos. Mas Hem tomou outra atitude e não quis ir com ele. Acreditava que uma hora ou outra o queijo voltaria. Haw insistiu. Disse que as coisas haviam mudado e que eles deveriam mudar também. Não foi suficiente para Hem, e ele decidiu permanecer no Posto C.

Solitário, o duende Haw correu durante vários dias pelo labirinto sem que houvesse qualquer perspectiva de que encontraria outro queijo. Mas mesmo assim, não desistiu. Enfim, após alguns dias de busca, encontrou no Posto N um queijo muito maior do que aquele antigo. Para sua surpresa, os ratos já estavam usando aquele alimento havia muito tempo. Haw se sentiu realizado por ter superado seu medo e por ter conseguido se adaptar à necessidade. No entanto, Hem ficou preso no passado, não conseguindo mudar seus hábitos.

“O que isso tem a ver com meus estudos”, você pode se perguntar. Como qualquer outra rotina que nos colocamos, algumas vezes as mudanças não são apenas necessárias, e sim essenciais para conseguirmos alcançar os nossos objetivos. Como seres humanos, somos um pouco avessos às mudanças – resistentes soaria mais correto. Principalmente quando isso significa dizer que agimos de forma errada durante muito tempo.

Essa resistência é tão grande que algumas pessoas preferem fazer igual ao duende Hem, ficando estagnadas no erro, do que admitir suas limitações e aprender passos novos. Em minha experiência na área acadêmica e de desenvolvimento pessoal, já lidei com algumas pessoas desse tipo. Para elas, um conselho soa como uma ofensa. A razão disso é a resistência em mudar e a incapacidade de admitir a falha.

Como estudante eterno que me considero, apesar das conquistas acadêmicas e profissionais, ao enfrentar algo que não entendo ou tenho pouco conhecimento, sempre faço o exercício de esvaziar o copo (nesse caso, minha mente e ego) para estar apto a aprender coisas novas. Na vida de concurso, quando, por diversas vezes, somos confrontados com nossas falhas e limitações, o maior conselho que dou é: DEIXE O EGO ESCONDIDO NO ARMÁRIO!

A humildade e a capacidade de adaptação me possibilitaram conquistar as aprovações que obtive. Por diversas vezes, tive de perguntar a colegas sobre assuntos que cairiam em provas ou simplesmente pedir ajuda. Quando pedir auxílio, ouça de verdade e com atenção. Sem retrucar. Meu avô dizia que, para ouvir de verdade, temos de aprender antes a fechar nossas bocas, e ele está certo.

Aprenda a ouvir que você está errado sem retrucar, porque existe uma grande de que você realmente esteja errado. Eu mudei minhas estratégias de estudos várias vezes na base da experimentação e do erro. Gostaria que alguém tivesse me dito no começo como deveria fazer certo, mas infelizmente não tive. Porém, jamais conseguiria mudar se não estivesse pronto para aceitar que o que estava fazendo anteriormente era ineficaz. Jamais teria conseguido mudar sem pegar dicas em várias fontes de conhecimento, das mais simples às mais inesperadas.

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