Dúvida dos alunos – chave primária e chave candidata

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Olá, pessoal. Trago dessa vez mais um questionamento dos nossos alunos, dessa vez um bem interessante voltado ao entendimento da banca CESPE/CEBRASPE.

Um aluno mandou o questionamento a seguir:

“Olá, professor. Então, estudando pela doutrina de Navathe, a integridade referencial se refere à: chave primária de uma tabela faz referência a chave candidata ou chave primária da tabela de origem. Todavia, questões CESPE/CEBRASPE já trouxeram entendimentos em consonância com essa doutrina, mas a partir de 2015 podemos observar o entendimento de que a FK deve fazer referência necessariamente a PK da tabela de origem”.

Vejamos a seguir apenas para exemplificar a discussão:

Figura 1 – Imagem para ilustrar as chaves

 

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE – 2015 – TJ-DFT – Analista Judiciário – Analista de Sistemas

Um banco de dados permite à aplicação o armazenamento e a recuperação de dados com eficiência, o que garante segurança e integridade das informações. No caso de banco de dados relacional, os dados são armazenados em tabelas e os relacionamentos entre elas as tornam relacionais. A esse respeito, julgue o item que segue.

Em um banco de dados relacional, a chave estrangeira que existe em uma tabela DEVE ser chave primária em outra tabela.

Gabarito: CERTO.

O aluno então questionou:

“Vocês professores da área, chegam a um consenso do qual entendimento levar para a prova?”

Excelente pergunta e vamos aqui a uma explicação…

Já discuti isso com outros professores e não há um consenso, o CESPE não segue um padrão sem exceções, na maioria das vezes ele entende conforme sua análise. Mas veja o seguinte, temos que tentar entender como a banca cobra.

Nessa questão o item não está dizendo que não pode ser para a chave candidata, mas que deve ser a chave primária, então dificilmente o item seria considerado ERRADO, pois ele está CERTO.

A gente acaba ficando na dúvida pois, segundo Navathe, o estritamente correto seria DEVE ser a chave primária ou chave candidata, certo? Mas para o CESPE na maioria das vezes é apenas a chave primária. Se você procurar outras questões, poderá observar que em outros concursos, o CESPE já citou a referência a chave candidata (é raro, mas acontece).

Então, resumindo a história o padrão é o CESPE entender que a chave estrangeira (FK) só faz referência a chave primária (PK), mas não é 100% dos casos e entre os professores não há um consenso sobre o assunto.

O importante nesse caso, é entender a diferença. Já está claro que a banca, na maioria das vezes, considera apenas a chave primária, e se cair uma questão que cite chave candidata e/ou chave primária, conforme vimos com Navathe, dificilmente a banca vai dizer que esse item está ERRADO, nos outros casos que ela citar apenas a chave primária, como nesse caso do TJDFT, é muito mais provável que a banca vai entender como CERTO.

Infelizmente no CESPE tem coisas inexplicáveis, na minha aula de banco mesmo eu mostro uma questão de ACID que no gabarito oficial ele considera diferente do que eu expliquei na aula, e não tem lógica nenhuma…. e essa questão não foi anulada. :/

Vamos ver mais algumas questões sobre o tema da banca CESPE/CEBRASPE.

Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PA Prova: CESPE – 2016 – TCE-PA – Auxiliar Técnico de Controle Externo – Área Informática

No que concerne a banco de dados, julgue o item a seguir.

Em bancos de dados relacionais, chave estrangeira é aquela que permite uma ligação lógica entre duas tabelas — a chave estrangeira de uma tabela se liga logicamente à chave primária de outra tabela.

Gabarito: CERTO

 

Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PE Provas: CESPE – 2017 – TCE-PE – Auditor de Controle Externo – Auditoria de Contas Públicas

Acerca de aspectos diversos referentes a banco de dados relacional, julgue o item a seguir.

A chave estrangeira (foreign key) é o campo que estabelece o relacionamento entre duas tabelas de bancos distintos, sendo necessariamente chave primária na tabela de um dos bancos.

Gabarito: Errado, nesse caso o erro está em falar em bancos distintos.

 

Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUNPRESP-EXE Prova: CESPE – 2016 – FUNPRESP-EXE – Especialista – Tecnologia da Informação

Acerca dos modelos de dados relacional e dimensional em engenharia de software, julgue o item que se segue.

Em um modelo de dados relacional, a integridade referencial assegura que os valores dos campos presentes na chave estrangeira apareçam na chave primária da mesma tabela, a fim de garantir a integridade dos dados.

Gabarito: Errado, o erro está que fala da mesma tabela.

 

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Prova: CESPE / CEBRASPE – 2020 – Ministério da Economia – Tecnologia da Informação – Ciência de Dados

Julgue o item a seguir, a respeito de banco de dados relacionais.

Em um banco de dados relacional, a chave candidata a primária é formada por um ou mais atributos que identificam uma única tupla.

Gabarito: CERTO

 

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE – 2021 – TCE-RJ – Analista de Controle Externo – Especialidade: Controle Externo

Julgue o item que se segue, a respeito de bancos de dados relacionais.

Superchaves e chaves primárias são utilizadas para diferenciar de maneira única as instâncias de uma entidade, assim como para facilitar o processamento.

Gabarito: CERTO

 

Então pessoal, deu para perceber que o assunto é recorrente, mas em poucos casos temos questões polêmicas. O importante é ter o conteúdo fixado para na hora marcar com segurança.

Dessa forma encerro esse artigo e desejo sucesso!

Até mais!

Palavras-Chave: SQL, HAVING, BANCO DE DADOS, SGBD.

 

Professor Washington Almeida

Mestre em Engenharia de Software pelo Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife – C.E.S.A.R. Atualmente é Analista Judiciário na Justiça Federal (TRF1), Professor no Gran Cursos Online e na Cesar School no curso Métricas Ágeis.. Certificado ISF ISO/IEC 27002. Ocupou a Função de Diretor do Núcleo de Operação de Centros de Dados na Justiça Federal- TRF1. Exerceu o cargo de Coordenador-Geral de Sistemas (DAS 101.4) no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, servidor público ocupando o cargo de Analista em Tecnologia da Informação – ATI.

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