O documentário da Netflix foca, a cada episódio, em tenistas específicos. São seis episódios ao todo. Vale a pena cada minuto.
O que mais me chamou atenção foi o episódio 2. Este conta a trajetória do tenista em ascensão Matteo Berrettini, em janeiro de 2022, no torneio Aberto da Austrália.
O documentário se baseia nas estratégias que esse tenista utilizou para derrotar e, também, apresenta as falhas que fez com que ele fosse derrotado.
É muito bom poder ver o que aconteceu na vitória alcançada por ele em cima do jogador sensação na época: Carlos Alcaraz. Como ele foi capaz de lutar ponto por ponto. São minutos sensacionais do episódio.
Também é muito importante tirar as lições nas nossas derrotas. Acredito profundamente que são nas derrotas que as futuras conquistas são pavimentadas. No episódio, é exposto tudo o que passa na cabeça dele quando enfrenta, nas eliminatórias do torneio, o espanhol Rafael Nadal.
É importante demais, para você que está se preparando para concursos, entender que a pressão só acontece quando colocamos um objetivo grandioso na nossa cabeça.
Portanto, aqui vão algumas lições maravilhosas que pude aprender no episódio do tenista italiano Matteo Berrettini.
LIÇÃO I: QUEM ERRA MENOS É O VENCEDOR
Você contra a banca é o mesmo do que o campeão contra o adversário. Quem errar menos vencerá a partida e levantará o troféu.
É essa a grande semelhança. Quando não erramos ou erramos muito pouco, deixamos a responsabilidade para o outro lado, para o adversário.
No caso dos concursos, é igual. Errar menos significa identificar antecipadamente as cascas de banana e aquelas pegadinhas. O sensor para detectar que a banca quer te dar uma rasteira deve ser igual ao que um jogador de tênis tem ao perceber que a pressão não pode estar em cima dele. A pressão tem que ser passada para o adversário.
É preciso, além de saber onde estão as pegadinhas da banca, prestar atenção naqueles pontos que às vezes são inevitáveis perder. Seja por uma questão malfeita, seja porque não há consenso na literatura. Não adiante se estressar com questões mal elaboradas. Elas vão aparecer com alguma frequência nas provas.
Saiba que quem ganha não é aquele que acerta todas, mas aquele que sabe errar com consciência de campeão.
LIÇÃO II: A PLATEIA NÃO PODE TE DESCONCENTRAR
No tênis, há um código de conduta, o qual estabelece que a plateia não pode fazer barulho ou sons enquanto o ponto estiver sendo disputado (com sua permissão, vou chamar aqui os torcedores de plateia, porque considero uma partida de tênis o mesmo que um espetáculo).
Essa mesma regra tem que ser colocada em prática pelo concurseiro na hora da prova: nada pode tirar sua concentração. Ele tem que estar em um universo paralelo enquanto estiver lendo a questão e pensando na resposta correta.
Portanto, não dê atenção às distrações que ocorrem frequentemente na hora da prova. Pessoas conversando, barulho de caneta, tic tac do relógio na sala, carro de som passando próximo ao local etc.
Nada pode abalá-lo. Seja como um tenista profissional.
LIÇÃO III: É VOCÊ CONTRA VOCÊ MESMO
Assim como os grandes jogadores de tênis já sabem, a regra “você contra você mesmo” vale para grandes conquistas em esportes individuais.
O concurso é um “esporte” individual. Nele, mede-se a capacidade de uma pessoa perante um rol de conteúdos que uma banca organizadora propõe.
No esporte individual como o tênis, também é assim. Mede-se a força e a capacidade de um jogador perante um rol de adversários possíveis.
Mas será sempre ele contra ele mesmo, ou seja, ele contra suas angústias, seus medos, suas sombras.
São os aspectos da solidão que existem entre os dois que fazem toda a diferença quando se tem a devida consciência.
LIÇÃO IV: A MENTE BLINDADA É MAIS FORTE QUE UM FÍSICO IMBATÍVEL
O jogador de tênis pode ter um físico impecável, um verdadeiro atleta, uma máquina de músculos. Pode? Pode, sim. Eles sabem os fundamentos, como ninguém, dos golpes do tênis. Conseguem sacar forte, têm um forehand impecável, fazem slices na bola, smashs implacáveis.
Inclusive há alguns atletas no circuito que têm uma condição cardiorrespiratória de dar inveja para qualquer triatleta, ultramaratonista. Os caras são umas má-qui-nas! Mas não necessariamente são eles que vão levar os títulos no final.
Pense o mesmo para concursos: existem concurseiros que são uma enciclopédia. Sabem tudo, revisaram tudo, têm tudo na ponta da língua. Possuem um repertório de dar inveja ao Google, mas isso não é garantia de vitória.
Há uma coisa que desestabiliza esse tipo de jogador e de concurseiro: a mente blindada.
Se esse competidor deixar o adversário “entrar na cabeça” dele, todo esse conteúdo pode não valer de nada.
Jogadores que deixam se levar pela mente ou colocam o psicológico abaixo do ideal são capazes de pôr tudo a perder numa final.
O mesmo vale para concurseiros altamente preparados. Cuide da sua parte psicológica, como fazem os grandes campeões.
LIÇÃO V: NÃO BAIXE A GUARDA POR EXCESSO DE CONFIANÇA
Existem alguns momentos, quando estamos realizando a prova, em que baixamos a intensidade. São nesses momentos que você tem que ter atenção para fazer isso de maneira a não atrapalhar sua concentração.
Não se deve “baixar a guarda” no meio da prova e achar que o nível de acerto está alto e, por isso, você pode se dar o direito de errar questões.
Nunca faça isso.
Quando um jogador de tênis está na final e acha que já ganhou, que é questão de tempo até ele levar a partida, é aí que mora o perigo.
O adversário cresce. Ele dá esperança ao adversário.
Portanto, sempre vá com o objetivo de humilhar a banca, de fazer o placar mais desfavorável possível para que a banca saia humilhada de tantos acertos que você será capaz de fazer na prova. Entre com o intuito de gabaritar a prova. Sem pensar em nenhum minuto em desacelerar e perder o ritmo.
LIÇÃO VI: A TAL DA SUPERAÇÃO INTERNA
Não tem como passar numa grande prova e atingir seu objetivo máximo na carreira de concurseiro, passando no cargo dos seus sonhos, sem haver a superação interna.
Tem um provérbio japonês que diz: “Caia sete vezes e levante-se oito.” É exatamente disso que se trata.
Em uma eliminatória de Grand Slam, por exemplo, os jogadores podem ir do céu ao inferno em questões de segundos em uma partida. Não raras as vezes que isso acontece 4, 5 ou 6 vezes dentro de uma partida.
A prova vai exigir o máximo de você. Vai estressar toda sua capacidade e sua tomada de decisão. Aqui o que vale é se superar internamente, buscar forças de onde você não tem.
CONCLUSÃO
Estar preparado para alcançar o cargo é tão importante quanto alcançá-lo, de fato. A conquista não chega para amadores.
Existe um jogador chamado Stanislas Wawrinka, que é um tenista profissional suíço. Durante muito tempo, foi o segundo melhor tenista suíço, depois de Roger Federer. Iniciou sua carreira no ano de 2002 e, somente em 2014, conquistou seu primeiro título de Grand Slam. Detalhe: ele entrou no top 10 do ranking mundial no ano de 2008, o que é um feito interessante e abre caminho para conquistas grandes, como Grand Slams.
Então, Wawrinka precisou batalhar muito e ter paciência na sua caminhada de aproximadamente 6 anos (2008 a 2014) para atingir o ápice da carreira no Aberto da Austrália e alcançar o ranking de número 1 do mundo.
A sua luta pode ser árdua, mas, assim como fez o jogador suíço, treino, repetição e paciência são necessários para se alcançar os títulos nessa jornada.
Espero que tenha gostado do texto e que esteja conseguindo manter o foco durante esse período difícil em que vivemos.
Não perca a oportunidade de entrar em contato com a nossa equipe de GranXperts para que possamos te auxiliar nesse processo e para que cada batalha seja vencida.
Foco na missão, guerreiro!
Você é capaz.
.
…
…..
Para quem não me conhece: Sou Bruno Pimentel, Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) do Tesouro Nacional.
Realizo coaching no Gran. Sou da equipe de estrelas do GranXperts. Sou membro da Sociedade Latino Americana de Coach (SLAC) e certificado em coaching, a certificação Professional Coach Certification (PCC®).
Tenho 12 anos de experiência como servidor público federal, logrando êxito em diversos cert
certames federais e estaduais com as bancas: Cespe/Cebraspe, FCC, FGV e ESAF.
Possuo mestrado e sou especialista em discursivas com foco em Estudos de Caso e em Peças Técnicas: elaboro temas, corrijo textos e dou consultoria no tema.
Clique nos links abaixo:
Receba gratuitamente no seu celular as principais notícias do mundo dos concursos!
Clique no link abaixo e inscreva-se gratuitamente:
Participe da conversa