Olá, pessoal! Hoje vamos falar sobre funções de ativação. Se você está estudando machine learning ou deep learning, provavelmente já ouviu falar delas. As funções de ativação são fundamentais para o funcionamento das redes neurais, e são responsáveis por garantir a não-linearidade das operações realizadas pelas camadas da rede.
Vamos começar explicando o que é uma função de ativação. Em termos simples, é uma função matemática que é aplicada a um conjunto de dados na saída de uma camada da rede neural. Essa função é responsável por introduzir a não-linearidade na rede, o que permite que ela seja capaz de aprender e modelar relações complexas nos dados.
Existem vários tipos de funções de ativação disponíveis para uso em redes neurais. Alguns exemplos incluem a função sigmóide, a função ReLU, a função tangente hiperbólica e a função softmax. Cada uma dessas funções tem suas próprias propriedades e é mais adequada para diferentes tipos de tarefas.
A função sigmóide, por exemplo, é uma função que mapeia qualquer valor de entrada para um valor entre 0 e 1. É frequentemente usada em tarefas de classificação binária, mas tem a desvantagem de que, quando usada em camadas profundas, pode causar o problema de desvanecimento do gradiente.
A função ReLU, por outro lado, é uma função muito popular em deep learning. Ela retorna o valor de entrada se este for positivo e zero se for negativo. A função ReLU é computacionalmente eficiente e tem um bom desempenho em tarefas de classificação e de regressão.
A função tangente hiperbólica, ou tanh, é semelhante à função sigmóide, mas mapeia os valores de entrada para um intervalo entre -1 e 1. É frequentemente usada em redes neurais para modelar relações não lineares em tarefas de classificação e regressão.
A função softmax é frequentemente usada em tarefas de classificação multiclasse. Ela transforma um conjunto de valores de entrada em uma distribuição de probabilidade, o que significa que a soma de todas as saídas da função softmax é igual a 1. Isso permite que a rede neural atribua uma probabilidade a cada classe possível.
Além dessas funções, existem muitas outras disponíveis para uso em redes neurais. Algumas dessas funções são menos conhecidas, mas podem ser úteis em situações específicas. Por exemplo, a função ELU é uma variação da função ReLU que tenta mitigar o problema do desvanecimento do gradiente em camadas profundas.
Quando se trata de escolher a função de ativação certa para uma tarefa específica, é importante levar em consideração vários fatores. Um deles é o tipo de tarefa que está sendo realizada – por exemplo, uma tarefa de classificação pode exigir uma função de ativação diferente de uma tarefa de regressão. Além disso, é importante considerar a arquitetura geral da rede neural e as propriedades específicas de cada função de ativação.
Um ponto importante a ser lembrado é que as funções de ativação não são as únicas responsáveis pelo desempenho da rede. Existem muitos outros fatores que afetam o desempenho, como a taxa de aprendizagem, o número de camadas da rede, o tamanho do conjunto de dados de treinamento e o número de neurônios em cada camada. No entanto, as funções de ativação desempenham um papel fundamental na garantia da não-linearidade da rede, o que é essencial para sua capacidade de modelar relações complexas nos dados.
Uma coisa importante a se lembrar é que diferentes funções de ativação podem levar a resultados diferentes. Por exemplo, em algumas tarefas de classificação, a função ReLU pode levar a uma precisão mais alta do que a função sigmóide. É importante experimentar diferentes funções de ativação e ajustar outros hiperparâmetros da rede para encontrar a configuração ideal para uma determinada tarefa.
Além disso, é importante observar que as funções de ativação são uma das muitas ferramentas disponíveis para modelar redes neurais. À medida que a pesquisa em deep learning avança, novas técnicas e abordagens são desenvolvidas, e as funções de ativação podem não ser a melhor opção em todas as situações. No entanto, por enquanto, as funções de ativação são uma parte importante do arsenal de ferramentas disponíveis para desenvolver redes neurais eficazes.
Por fim, é importante observar que, embora as funções de ativação sejam uma parte fundamental do processo de treinamento de redes neurais, elas podem ser complexas e difíceis de entender. Se você está apenas começando com deep learning, pode ser útil experimentar com diferentes funções de ativação em uma rede simples e examinar os resultados para entender como elas afetam o desempenho da rede.
Agora vamos ver dois exemplos de como elas podem ser cobradas em concursos:
Prova: CESPE / CEBRASPE – 2022 – Petrobras – Ciência de Dados
As funções de ativação são elementos importantes nas redes neurais artificiais; essas funções introduzem componente não linear nas redes neurais, fazendo que elas possam aprender mais do que relações lineares entre as variáveis dependentes e independentes, tornando-as capazes de modelar também relações não lineares.
Gabarito: C
Comentários: a questão acerta em falar da introdução da não linearidade nas redes neurais artificiais em decorrência do uso de funções de ativação.
Prova: CESPE / CEBRASPE – 2022 – Petrobras – Ciência de Dados
Em RNA formada unicamente de perceptron, uma pequena alteração nos pesos de um único perceptron na rede pode ocasionar grandes mudanças na saída desse perceptron; mesmo com a inserção das funções de ativação, não é possível controlar o nível da mudança, por isso, essas redes são voltadas para a resolução de problemas específicos, tais como regressão e previsão de séries temporais.
Gabarito: E
Comentário: as funções de ativação modulam as entradas dos perceptrons, trazendo uma saída de certa forma controlada. Por exemplo, a função sigmóide, não importando a entrada de dados, vai sempre retornar um valor entre 0 e 1. Assim, as funções de ativação controlam o nível da mudança na saída dos perceptrons e a questão está errada.
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