Curiosidades em Análises Clínicas:PSA em mulheres e beta hCG em homens, sim!

O artigo aborda a dosagem de PSA em mulheres e beta hCG em homens, desafiando padrões clínicos tradicionais.

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Olá, pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas. Faço parte da equipe do Gran Concursos e não, eu não errei no título deste artigo; eu realmente vou falar sobre a dosagem do hormônio PSA em mulheres e do hormônio Beta hCG em homens. Ficou curioso(a)? Então vem comigo entender essa novidade!

Antes de iniciar, quero lembrar que este é o segundo artigo da série “Curiosidades em Análises Clínicas”, em que pretendo abordar assuntos de fato curiosos! No primeiro deles, intitulado “Descubra a relação entre vampiros, Bioquímica e Genética” (https://blog.grancursosonline.com.br/curiosidades-em-analises-clinicas-descubra-a-relacao-entre-os-vampiros-a-genetica-e-a-bioquimica/), eu trouxe um assunto muito interessante sobre a porfiria, uma doença genética que explica o mito do vampirismo. Não deixe de conferir; você vai gostar!

Agora vamos ao tema do presente artigo. Para começar, eu sei que você sabe, mas não custa repetir que as análises clínicas desempenham um papel crucial na detecção e monitoramento de diversas condições de saúde. Embora certos marcadores sejam frequentemente associados a um sexo específico, existem exceções que desafiam essa regra! É o caso do PSA em mulheres e do beta hCG em homens. A seguir, vou falar um pouquinho de cada um deles para você relembrar.

PSA é a sigla para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pela glândula prostática que, até onde se sabia, só estaria presente, portanto, no sangue dos homens. Sua principal função é ajudar a liquefazer o sêmen, facilitando a mobilidade dos espermatozoides. Assim, a dosagem do PSA em pacientes do sexo masculino sempre foi realizada com o objetivo de auxiliar na detecção do câncer de próstata, bem como para monitorar a doença em pacientes já diagnosticados.

Beta hCG é a sigla para hormônio gonadotrófico coriônico humano, uma glicoproteína produzida pela placenta durante a gravidez que, até onde se sabia, só estaria presente, portanto, no sangue das mulheres e cujo aumento seria indicativo de gravidez em curso. Sua principal função é sustentar o corpo lúteo, garantindo a produção de progesterona e, assim, mantendo o ambiente uterino adequado para o desenvolvimento do embrião.

Porém, como já adiantei, ambos os marcadores têm implicações clínicas que vão além de seus papéis tradicionais!

Quanto ao PSA, ao contrário do que o nome sugere, não se trata de uma proteína específica da próstata nem exclusiva do sexo masculino. Estudos recentes mostram que cerca de 38% das mulheres apresentam níveis séricos de PSA extremamente baixos, porém detectáveis por testes ultrassensíveis, que variam conforme as flutuações hormonais do ciclo menstrual.

Observou-se ainda que este exame de sangue, historicamente usado para detectar câncer de próstata em homens, pode também ser utilizado como um novo teste para detectar câncer de mama em mulheres, uma vez que foi demonstrada a elevação do PSA em mulheres com lesões tanto benignas quanto tumorais de mama. As pacientes com câncer de mama demonstram concentrações mais altas de PSA quando avaliadas no período pré-operatório, com diminuição após a cirurgia.

Assim, embora a expressão de PSA no soro não seja capaz de distinguir lesões malignas e benignas de mama, pode ser valiosa na triagem e no acompanhamento da doença.

Quanto ao beta hCG, hormônio amplamente conhecido por sua importância na gravidez, como já mencionado, sua dosagem em homens pode oferecer insights valiosos! Níveis elevados de beta hCG em homens podem indicar a presença de tumores, especialmente tumores de testículo, cujas células neoplásicas passam a produzir a glicoproteína, favorecendo seu uso para acompanhamento do tratamento e prognóstico da doença.

Além disso, medicamentos à base de hCG podem ser ferramentas úteis no tratamento da infertilidade masculina, você sabia? O hCG pode ser usado em terapias de reposição hormonal para homens com níveis baixos de testosterona. Ao estimular as células de Leydig nos testículos, o hCG pode aumentar a produção de testosterona e melhorar a qualidade espermática.

Em resumo, espero que você tenha percebido como as análises clínicas, a interseção de marcadores biológicos e suas aplicações em populações do sexo oposto podem surpreender e desafiar expectativas! Esse olhar inovador pode, no futuro, levar a diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes, beneficiando pacientes de todos os gêneros, não é mesmo?

Ficamos por aqui! Espero que tenha gostado do conteúdo! Um forte abraço e bons estudos, com a equipe do Gran Concursos, claro!


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