A ideia da conversão no dia da sua prova

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11 de fevereiro3 min. de leitura

Olá, tudo bem? Você deve estar se perguntando: “que negócio é esse de ´conversão´?”, acertei? Fique tranquilo, pois explicarei em detalhes a ideia da conversão para você. Esse é um conceito matador e que te possibilitará adotar uma estratégia muito mais pragmática e orientada a resultados na sua preparação.

Por incrível que pareça, o dia da prova é negligenciado pela maioria dos concurseiros. Esquecem de se preparar para o grande dia. No entanto, atenção! De nada adianta uma preparação fenomenal se você não conseguir converter tudo isso em acertos e pontos no dia da sua prova. Pode até parecer injusto pensar que, por qualquer deslize, você pode jogar fora a sua aprovação.

Certa vez, fiz uma espécie de pesquisa informal com colegas e alunos que chegaram naquela situação de “quase passar”, aquele ponto de não ter passado realmente por um pequeno detalhe, e a conclusão que tirei foi incrível. A grande maioria dos motivos das “não aprovações por pouco” não se devia à ausência de estudo, mas a aspectos das mais variadas naturezas. Vocês nem acreditariam nos motivos. Até uma garrafinha de água que estava muito cheia entrou nesse rol a que me refiro. Nesse caso, quando a candidata foi abrir a garrafinha, derramou um pouco no cartão de respostas e isso abalou totalmente seu emocional durante a prova.

Deixe-me te perguntar algumas coisas que poderão elucidar um pouco mais o que quero chamar atenção.

– Você já imaginou como será a distribuição de questões no dia de sua prova? Digo, quantas de cada matéria?

– Você sabe por qual matéria começar? Sabe em que momento irá para a discursiva?

– Você passará para o gabarito de uma vez no final ou aos poucos ao longo da prova?

– Você já treinou o dia da prova (simulados)? Quantas vezes?

– Como está a questão do tempo para você? Quatro horas e meia de prova é suficiente? É possível fazer a prova com calma e atenção nesse tempo?

– Você tem treinado a discursiva? Tem um esquema pronto para a discursiva? Quantas você fez para sua próxima prova? Sabe aquelas palavrinhas que a gente sempre esquece na hora da dissertação, como “além disso”, “assim”, “dessa forma”, “de início”, “por outro lado” etc.? Já fez sua lista delas?

– Você é o tipo de pessoa que fica nervosa durante a prova? Isso te atrapalha nas questões? Se sim, o que você tem feito para se preparar nesse sentido?

– Fisicamente você está bem para o dia da prova? Já treinou a postura de prova por 3, 4 horas seguidas? Já tem um planejamento dos momentos de se alongar, mexer sua cabeça, ir ao banheiro?

– Já leu completamente o seu edital para não ser surpreendido com besteiras? Por exemplo, levar caneta azul e na sua prova só ser permitido caneta preta.

– Sabe o que vai comer na véspera e no dia da prova?

Eu te digo com toda certeza: a maioria dos candidatos que foram aprovados nos concursos públicos jamais se perguntou – ou tinham respostas – para tudo isso. Então, relaxa. Não é para ficar preocupado nem com pânico de todas as infinitas possibilidades.

O importante é visualizar o dia de sua prova. E, a partir daí, analisar o que realmente é relevante para você e treinar esses aspectos, pois o que é importante para um candidato não é necessariamente ponto de destaque para outro.

Algumas pessoas têm problema com o tempo. Eu, por exemplo, sempre tive esse tipo de problema. Sempre acabei minhas provas nos últimos dez minutos. Então, esse ponto para mim era destaque e eu definitivamente precisava treinar e buscar dominar o tempo. Precisava desenvolver uma precisa noção de tempo por questão / item para não me perder ao longo da prova.

Alguns candidatos têm problema com a questão emocional. Não dormem na véspera, por exemplo. Outros, por sua vez, têm muita dificuldade com dissertação. Outros nunca fizeram sequer uma prova nem simulado antes de sua prova-alvo. E por aí vai.

Meu objetivo com esse artigo é apenas te mostrar que você deve buscar ao máximo converter toda a sua preparação para “pontos no dia da prova”. É isso que colocará seu nome no Diário Oficial. Reforço que muitos concurseiros se preparam muito bem sob os mais diversos aspectos, mas não conseguem render tudo isso no dia do concurso.

Por isso, pense no dia da sua prova. Reflita mesmo, invista um certo tempo nisso: “no meu caso, o que pode me atrapalhar?”. A partir da resposta a essa pergunta, treine e prepare-se para superar esses obstáculos.

Desejo uma excelente preparação para você e até a próxima oportunidade.


Sérgio Portilho

Analista Legislativo do Senado Federal. Figurou na lista dos aprovados também nos concursos do TCU e do TJDFT. Antes de tomar posse no Senado, exerceu o cargo de Analista Judiciário do TJDFT, ocasião em que passou em 2º lugar no concurso de 2008. Desde 2012, orienta candidatos individualmente a se prepararem para provas de concursos público.

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