Aprender dormindo

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3 de Julho de 2020

 

 

Recentemente eu li um artigo muito interessante na revista Scientific American Brasil e gostaria de compartilhá-lo aqui com você. De acordo com os pesquisadores, o aprendizado durante o sono se torna um realidade; eles abordaram técnicas experimentais as quais demonstram como fortalecer memórias quando nossos cérebros estão “desligados”. As pesquisas feitos pelos cientistas mostram o potencial do sono para reforçar memórias, combater vícios e acelerar o ganho de novos conhecimentos.

Sabemos que aprendemos melhor quando estamos bem descansados, mas a maioria das pessoas descarta de antemão a noção de aprendizagem durante o repouso. No entanto, um conjunto de novos achados neurocientíficos contradiz essa ideia ao mostrar que uma parte crítica da aprendizagem ocorre enquanto dormimos: memórias recentemente formadas ressurgem durante a noite, e essa reprodução pode ajudar a reforçá-las, permitindo que pelo menos algumas delas sejam lembradas pelo resto da vida.

Alguns estudos até exploraram se o sono poderia ser manipulado para melhorar a aprendizagem. Eles revelam que um programa de sono responsável por tornar as memórias do dia mais fortes pode ser impulsionado se utilizados sons e odores. As experiências agora indicam que é possível mexer com as memórias enquanto uma pessoa está imersa nas profundezas do sono, criando a base para uma nova ciência da aprendizagem enquanto se dorme.

Houve uma época na qual muitos cientistas tentaram evitar o tópico do aprendizado durante o descanso, embora alguns pesquisadores tenham investido em responder se o sono nos ajuda a lembrar de novas informações. Um protocolo de estudo típico investigava se a privação do sono à noite afetava a memória no dia seguinte ao aprendizado de algo novo; outro analisava se a lembrança de um fato após um pequeno intervalo melhorava se uma pessoa dorme ou não.

Vários fatores podem interferir nesses estudos, por exemplo, o estresse da privação de sono pode prejudicar funções cognitivas que, então, reduzem a recuperação da memória. Por fim, os neurocientistas cognitivos começaram a lidar com esses desafios ao juntar provas vindas de múltiplos métodos de pesquisa. Uma base substancial de evidências gradualmente começou a confirmar que o repouso noturno é um meio de processar memórias adquiridas durante o dia, reabrindo a relação entre sono e memória como uma área legítima de estudo científico.

Resumo:

O sono permaneceu por muito tempo como um mistério, e a possibilidade de usá-lo para aprender coisas novas é menosprezada – se o cérebro adormecido está “desligado”, segundo o raciocínio vigente, nada importante pode acontecer. Porém, nossos cérebros permanecem altamente ativos durante o sono, de maneiras que podem alterar o armazenamento da memória. De fato, resultados recentes demonstram que memórias específicas são reativadas durante esse período.

O controle experimental do processo de reativação da memória tem permitido a investigação de como a aprendizagem pode melhorar durante períodos de inatividade à noite. Estudos futuros que ampliam esse trabalho podem examinar maneiras de promover a resolução de problemas relacionados ao sono, eliminar pesadelos ou talvez um dia obter controle sobre nossos sonhos.

Portanto, o sono é fundamental para garantir o aprendizado. Esse artigo reforça a ideia de que, além de estudar, é preciso dormir bem.

Bons estudos e sucesso!

 

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Um abraço!

 

Yuri Moraes

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3 de Julho de 2020