As fases do RUP

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15 de agosto3 min. de leitura

Olá meu(minha) amigo(a) concurseiro(a), na postagem de hoje vamos continuar nosso estudo sobre o processo de desenvolvimento de software RUP, desta feita abordando as suas fases.

A primeira de todas é a fase de concepção ou iniciação. Ela tem como objetivo principal identificar os “objetivos do ciclo de vida”, ou seja, o que se espera do próprio software. Ela termina quando esses objetivos são conhecidos.

Os objetivos principais dessa fase são:

  • Entender o que será construído (determinar a visão, o escopo e as partes interessadas no sistema).
  • Identificar funcionalidades chaves do sistema (decidir que casos de uso são mais críticos).
  • Determinar uma solução possível (identificação de uma arquitetura candidata).
  • Entender os custos, cronograma e riscos associados ao projeto.
  • Determinar o processo a seguir e as ferramentas que serão utilizadas.

Os principais documentos associados a fase são: 

  • Documento de visão (descrição em alto nível do software, incluindo benefícios, problemas a serem resolvidos, partes interessadas e alguns requisitos não funcionais chaves).
  • Modelo de casos de uso (apenas os casos de usos críticos para o sistema).
  • Ao menos uma arquitetura candidata do sistema (cobrindo os casos de usos críticos e resultando em possíveis protótipos para uma avaliação inicial da arquitetura).
  • Documento de Caso de Negócio (elenca o retorno esperado do sistema, sendo utilizado para mobilização de fundos para construção do software).
  • Plano de Desenvolvimento de Software, com todas as informações necessárias ao desenvolvimento do projeto.

O marco da fase de concepção é alcançar os objetivos do ciclo de vida, o que significa que as partes interessadas concordam com o escopo inicialmente planejado, bem como com as estimativas iniciais de custo e cronograma. Além disso, os requisitos principais foram identificados e os riscos principais mitigados.

A segunda fase do RUP é a Elaboração, que visa construir uma baseline para a arquitetura do sistema a ser desenvolvido, trazendo estabilidade para as próximas fases do RUP (construção e transição).

Seus objetivos principais são:

  • Obter um entendimento mais detalhado dos requisitos (incluindo daqueles que não foram aprofundados na fase de Concepção e implementando parcialmente os requisitos principais).
  • Desenhar, implementar, validar e definir a arquitetura do software (apesar de ser um esqueleto do sistema, ela deve ser executável).
  • Mitigar riscos e definir estimativas de tempo e cronograma mais confiáveis.

Precisamos saber também quais são os principais artefatos da fase:

  • Modelo de casos de uso detalhado.
  • Protótipos (utilizados para validar requisitos e a arquitetura).
  • Arquitetura executável.
  • Plano de Projeto atualizado (com as novas estimativas de custos e prazos).

O marco da fase é a definição da arquitetura do ciclo de vida, onde temos os documentos de visão, requisitos e arquitetura estáveis e protótipos que demonstraram que os riscos foram tratados. Um plano das próximas iterações também é definido e aprovado pelas partes interessadas.

O foco da fase de Construção é o detalhamento do design, bem como a implementação e os testes para entrega do sistema planejado. 

Os objetivos da fase são: minimizar os custos de desenvolvimento com algum grau de paralelismo; e desenvolver iterativamente um produto que estará pronto para transição (beta release).

Os principais produtos dessa fase são: o sistema, os planos de implantação e os conjuntos de testes.

O marco é a capacidade operacional inicial, com a entrega de um produto maduro e estável suficiente para ser entregue à comunidade.

A fase de Transição é a última do RUP e seu foco é a disponibilização do software para o usuário final. Tem como objetivos:

  • Realizar testes beta para validação do software.
  • Treinar usuários.
  • Preparar o hardware e as bases de dados.
  • Preparar pacotes de instalação.
  • Alcançar o OK das partes interessadas acerca dos critérios acordados inicialmente para o software (em outras palavras, validação do software).
  • Anotar lições aprendidas.

Os principais artefatos da fase são as notas de release (que descrevem as versões dos softwares), os pacotes de instalação e o material de treinamento.

O lançamento do produto é o marco da fase, o que inclui verificar a satisfação dos clientes e se as estimativas iniciais do projeto foram fidedignas (resultando em possíveis lições aprendidas).

Com isso, completamos as quatro fases do RUP e vamos, antes de terminar, dar uma olhadinha em uma questão recente que cobre esse tema:

Prova: CESPE/TÉCNICO PROGRAMAÇÃO/STM/2018

Julgue o seguinte item, relativo a processo unificado. 

O produto de software é desenvolvido em iterações; o final de cada iteração é marcado por um ponto de verificação e disponibilização de artefatos que representem o atingimento do marco.

Gabarito: Errado.

Comentário: A questão está errada quando fala que, ao término de cada iteração, temos o atingimento de um marco. Como aprendemos hoje, quem apresenta marcos são as fases e não as iterações.

Abraços e até a próxima!


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